Na cidade de Campinas, nada menos que 70% das unidades básicas de saúde pública são coordenadas ou supervisionadas por enfermeiros, uma situação que se repete em vários municípios brasileiros onde aumenta, a cada ano, o número de enfermeiros convidados a assumir cargos de organização e administração em serviços públicos e em instituições privadas.
Portanto, a imagem do profissional de enfermagem, associada única e exclusivamente à assistência ao paciente em espaços tradicionais como hospitais e centros de saúde, cede lugar à imagem de um profissional versátil e pronto a assumir as mais variadas funções na área de saúde.
Além dos cargos administrativos, hoje é possível encontrar enfermeiro oferecendo atendimento personalizado a pacientes em seu próprio domicílio, colaborando em projetos de construção de hospitais e gerenciando instituições para atendimentos especializados como berçários e clínicas para a terceira idade. Há também profissionais atuando em espaços não-convencionais como empresas de áreas distintas, escolas, asilos e indústrias farmacêuticas. Nesses locais, o enfermeiro pode se dedicar a práticas educativas e também realizar consultas de enfermagem.
O curso de Enfermagem oferecido pela Unicamp está atento a essa diversificação dos campos de trabalho. Por esse motivo, em 1997 o currículo foi remodelado com o fim de preparar o aluno não apenas para ingressar em um novo mercado mas principalmente para se constituir em um agente transformador desse mercado.
"Pela formação ampla e variada que recebem, nossos alunos têm condições de diversificar o papel do enfermeiro dentro de qualquer instituição", destaca a coordenadora-associada do curso de graduação, professora Eliete Maria Silva. E completa: "Embora a assistência ao paciente continue sendo o foco principal de nossa profissão, temos que ter em mente nosso papel educacional, gerencial e administrativo. Tudo isso é inerente ao trabalho do enfermeiro".
Com o intuito de formar profissionais autônomos e com capacidade crítica, o curso investe na formação generalista. Além das disciplinas específicas da profissão - como enfermagem fundamental, enfermagem na saúde da criança e do adolescente, saúde da mulher e saúde do adulto e idoso, enfermagem em saúde coletiva e saúde mental, administração da assistência de enfermagem e exercício profissional, assistência de enfermagem a clientes de alto risco, organização e gerência nas unidades de enfermagem - o aluno deverá cursar matérias básicas como nutrição, anatomia, fisiologia, genética, imunologia, microbiologia, patologia, ciências sociais e humanas, ética, psicologia, farmacologia, epidemiologia, saneamento, metodologia científica, estatística e semiologia.
Essa diversidade de disciplinas, aliada à descoberta de que havia um leque enorme de opções profissionais para o enfermeiro, dissiparam as angústias que a aluna Eliana Nogueira Castro de Barros trazia dentro de si quando chegou ao curso em 1999. A possibilidade de restringir sua atuação profissional a um hospital a angustiava. As dúvidas começaram a desaparecer quando Eliana passou a ter um contato maior com as práticas de enfermagem a partir do segundo ano do curso. Hoje, a futura enfermeira está prestes a começar um projeto de iniciação científica na área de Saúde do Trabalho e não tem intenção de parar por aí. O mestrado e o doutorado fazem parte dos planos da estudante.
Alunos de Enfermagem usam recursos do teatro em curso de Educação em Saúde nas escolas municipais
Enfermeiras preparam coleta de sangue de doadores no Hemocentro da Unicamp
Do hospital ao centro de saúde, da organização ao gerenciamento de serviços públicos, da empresa ao atendimento em domicílio
Patrícia não tem
medo de desafios
Formada pelo curso de Enfermagem em 1987, Patrícia Carneiro Pessoa está de volta às salas de aula da Unicamp para prosseguir com seus estudos em nível de mestrado.
Patrícia iniciou sua carreira profissional como enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Vera Cruz, em Campinas, permanecendo nessa unidade por oito anos. Foi seu interesse pela área de saúde coletiva e saúde do trabalho que a levou, ainda durante a graduação, a sugerir a montagem de um serviço de saúde do trabalhador dentro do Vera Cruz. A direção do hospital acatou a idéia e Patrícia, em conjunto com um profissional médico, implantou o Serviço de Saúde Ocupacional e foi convidada a atuar nesta nova unidade.
Ao relatar essa experiência em um congresso, a enfermeira chamou a atenção de um grupo de profissionais da Suécia. Interessados no relato de Patrícia, eles a convidaram a participar de um projeto que tinha por objetivo levar profissionais da área de saúde do terceiro mundo para conhecer a dinâmica do serviço de saúde ocupacional sueco e incentivá-los a desenvolver melhorias em seus
Patrícia: "sinto-me profissionlmente gratificada"
próprios locais de trabalho.
Como parte do programa, que teve duração de dois anos, Patrícia fez um estágio de 30 dias na Suécia e depois foi enviada a Cartagena de Las Indias, na Colômbia, e a Florianópolis (SC) para investigar a realidade do serviço de saúde ocupacional nesses locais. Todas essas experiências funcionaram como alavancas para que Patrícia montasse um Programa de Qualidade de Vida para os Funcionários no Hospital Vera Cruz, hoje reconhecido em todo o Brasil por sua qualidade e pioneirismo.
À frente de todas as ações do Serviço de Saúde Ocupacional do hospital, Patrícia sentiu que era hora de voltar à Universidade para dar prosseguimento a seus estudos em nível de mestrado e doutorado. Sua meta? Envolver-se ainda mais com os desafios da profissão. "Por tudo o que vivenciei, posso afirmar que a Enfermagem é uma carreira apaixonante. Eu me sinto completa profissionalmente", garante.
Fonte: reedição da Revista do Vestibulando de 2002.
Oi Garota Tímida, Este seu querido amigo é muito sábio, ecu mesma já senti isso. Nunca devemos perder a esperança. O que hoje é dor e sofrimento, amanhã ou depois pode se tornar alegria. Bjs e boa tarde.
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Pesquisa - Área de Biológicas - Enfermagem
Mercado busca o enfermeiro versátil
Na cidade de Campinas, nada menos que 70% das unidades básicas de saúde pública são coordenadas ou supervisionadas por enfermeiros, uma situação que se repete em vários municípios brasileiros onde aumenta, a cada ano, o número de enfermeiros convidados a assumir cargos de organização e administração em serviços públicos e em instituições privadas.
Portanto, a imagem do profissional de enfermagem, associada única e exclusivamente à assistência ao paciente em espaços tradicionais como hospitais e centros de saúde, cede lugar à imagem de um profissional versátil e pronto a assumir as mais variadas funções na área de saúde.
Além dos cargos administrativos, hoje é possível encontrar enfermeiro oferecendo atendimento personalizado a pacientes em seu próprio domicílio, colaborando em projetos de construção de hospitais e gerenciando instituições para atendimentos especializados como berçários e clínicas para a terceira idade. Há também profissionais atuando em espaços não-convencionais como empresas de áreas distintas, escolas, asilos e indústrias farmacêuticas. Nesses locais, o enfermeiro pode se dedicar a práticas educativas e também realizar consultas de enfermagem.
O curso de Enfermagem oferecido pela Unicamp está atento a essa diversificação dos campos de trabalho. Por esse motivo, em 1997 o currículo foi remodelado com o fim de preparar o aluno não apenas para ingressar em um novo mercado mas principalmente para se constituir em um agente transformador desse mercado.
"Pela formação ampla e variada que recebem, nossos alunos têm condições de diversificar o papel do enfermeiro dentro de qualquer instituição", destaca a coordenadora-associada do curso de graduação, professora Eliete Maria Silva. E completa: "Embora a assistência ao paciente continue sendo o foco principal de nossa profissão, temos que ter em mente nosso papel educacional, gerencial e administrativo. Tudo isso é inerente ao trabalho do enfermeiro".
Com o intuito de formar profissionais autônomos e com capacidade crítica, o curso investe na formação generalista. Além das disciplinas específicas da profissão - como enfermagem fundamental, enfermagem na saúde da criança e do adolescente, saúde da mulher e saúde do adulto e idoso, enfermagem em saúde coletiva e saúde mental, administração da assistência de enfermagem e exercício profissional, assistência de enfermagem a clientes de alto risco, organização e gerência nas unidades de enfermagem - o aluno deverá cursar matérias básicas como nutrição, anatomia, fisiologia, genética, imunologia, microbiologia, patologia, ciências sociais e humanas, ética, psicologia, farmacologia, epidemiologia, saneamento, metodologia científica, estatística e semiologia.
Essa diversidade de disciplinas, aliada à descoberta de que havia um leque enorme de opções profissionais para o enfermeiro, dissiparam as angústias que a aluna Eliana Nogueira Castro de Barros trazia dentro de si quando chegou ao curso em 1999. A possibilidade de restringir sua atuação profissional a um hospital a angustiava. As dúvidas começaram a desaparecer quando Eliana passou a ter um contato maior com as práticas de enfermagem a partir do segundo ano do curso. Hoje, a futura enfermeira está prestes a começar um projeto de iniciação científica na área de Saúde do Trabalho e não tem intenção de parar por aí. O mestrado e o doutorado fazem parte dos planos da estudante.
Alunos de Enfermagem usam recursos do teatro em curso de Educação em Saúde nas escolas municipais
Enfermeiras preparam coleta de sangue de doadores no Hemocentro da Unicamp
Do hospital ao centro de saúde, da organização ao gerenciamento de serviços públicos, da empresa ao atendimento em domicílio
Patrícia não tem
medo de desafios
Formada pelo curso de Enfermagem em 1987, Patrícia Carneiro Pessoa está de volta às salas de aula da Unicamp para prosseguir com seus estudos em nível de mestrado.
Patrícia iniciou sua carreira profissional como enfermeira do Serviço de Neonatologia do Hospital Vera Cruz, em Campinas, permanecendo nessa unidade por oito anos. Foi seu interesse pela área de saúde coletiva e saúde do trabalho que a levou, ainda durante a graduação, a sugerir a montagem de um serviço de saúde do trabalhador dentro do Vera Cruz. A direção do hospital acatou a idéia e Patrícia, em conjunto com um profissional médico, implantou o Serviço de Saúde Ocupacional e foi convidada a atuar nesta nova unidade.
Ao relatar essa experiência em um congresso, a enfermeira chamou a atenção de um grupo de profissionais da Suécia. Interessados no relato de Patrícia, eles a convidaram a participar de um projeto que tinha por objetivo levar profissionais da área de saúde do terceiro mundo para conhecer a dinâmica do serviço de saúde ocupacional sueco e incentivá-los a desenvolver melhorias em seus
Patrícia: "sinto-me profissionlmente gratificada"
próprios locais de trabalho.
Como parte do programa, que teve duração de dois anos, Patrícia fez um estágio de 30 dias na Suécia e depois foi enviada a Cartagena de Las Indias, na Colômbia, e a Florianópolis (SC) para investigar a realidade do serviço de saúde ocupacional nesses locais. Todas essas experiências funcionaram como alavancas para que Patrícia montasse um Programa de Qualidade de Vida para os Funcionários no Hospital Vera Cruz, hoje reconhecido em todo o Brasil por sua qualidade e pioneirismo.
À frente de todas as ações do Serviço de Saúde Ocupacional do hospital, Patrícia sentiu que era hora de voltar à Universidade para dar prosseguimento a seus estudos em nível de mestrado e doutorado. Sua meta? Envolver-se ainda mais com os desafios da profissão. "Por tudo o que vivenciei, posso afirmar que a Enfermagem é uma carreira apaixonante. Eu me sinto completa profissionalmente", garante.
Fonte: reedição da Revista do Vestibulando de 2002.
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Oi Garota Tímida, Este seu querido amigo é muito sábio, ecu mesma já senti isso. Nunca devemos perder a esperança. O que hoje é dor e sofrimento, amanhã ou depois pode se tornar alegria. Bjs e boa tarde.