Criação do mundo de acordo com a teoria nipônica?
Eu preciso saber como foi a " criação do mundo" por meio da teoria nipônica, como foi o surgimento do mundo.
Update:só que eu queria mais especificamentee,
tipo fulano criou a agua e tal!
Eu preciso saber como foi a " criação do mundo" por meio da teoria nipônica, como foi o surgimento do mundo.
Update:só que eu queria mais especificamentee,
tipo fulano criou a agua e tal!
Comments
Origens do Céu e da Terra
No mais antigo dos tempos, o céu e a terra estavam grudados, como se tivessem sido unidos, ao longo dos séculos, em uma matéria informe. Repentinamente, o silêncio que imperava foi quebrado, com sons estranhos, cuja origem era o movimento das partículas. Assim, a luz e as partículas mais céleres se elevaram, mas nem todas puderam seguir a luz em sua ascensão. Dessa forma, a luz acumulou-se na parte superior do universo, e abaixo dela as partículas formaram em primeiro lugar as nuvens, depois um paraíso chamado de Takamagahara (fenda do alto firmamento). E muito abaixo as partículas permaneciam em uma massa informe, que foi chamada de terra.
Naqueles tempos, em que nasceram o céu e na terra, surgiram divindades em Takamagahara. Eram chamados: Ame-no-mi-naka-nushi-no-Kami (Senhor do esplêndido Centro do Céu), Taka-mi-musushi-no-Kami (Divindade da Esplêndida Energia Vital), e Kami-musushi-no-Kami (Deus da Energia Vital). Todas essas três divindades formadas espontaneamente se ocultaram. De outro lado, enquanto o mundo movia-se como uma medusa, surgiu algo parecido com um broto de bambu: Umashi-ashi-kabi-hikoji-no-kami (Antigo Príncipe do encantado broto de Bambu) e Ame-no-toko-tachi-no-kami (o que se mantêm eternamente no céu).
Estas duas divindades, apesar de formadas espontaneamente, também vieram a ocultar-se. Com as outras três mencionadas, formam as "Divindades Celestiais Independente" primordiais.
As sete gerações divinas
Os nomes das divindades que se formaram em seguida foram: Kuni-no-toko-tachi-no-kami (o que permanece eternamente sobre a terra) e Toyo-kumo-un-no-kami (Senhor Justo). Estas divindades também se ocultaram. Em seguida, vieram a se formar U-hiji-ni (Senhor do limo da terra), e logo sua irmã-esposa, a deusa Su-hiji-ni (Senhora do limo da terra); logo o deus Tsunu-guhi (O que integra as origens), e sua irmã-esposa Iku-guhi (A que integra a vida); e o par seguinte, o deus Ô-to-no-ji (O ancestral da grande região), e sua irmã e consorte Ô-to-no-be (A ancestral da grande região); logo o Deus Omo-Daru (O perfeitamente formoso) e sua jovem irmã-esposa, a deusa Aya-kashiko-ne (a venerável). E o par O Venerável Izanagi-no-Miko (O primeiro homem, o grande varão) e sua jovem irmã e consorte A Venerável Izanami-no-Mikoto (A grande mulher, a primeira mulher). Esses deuses, desde Kuni-no-koto-tachi, até a Venerável Izanami-no-mikoto são conjuntamente chamadas de sete gerações divinas.
A criação do Arquipélago e o par primordial
Então os deuses se reuniram e deliberaram longamente sobre a terra, que continuava sendo a mera mescla de águas e terras, informe e plana. Decidiram por enviar um par deles para organizar a terra, e assim O Venerável Izanagi e a Venerável Izanami receberam um Grande Mandamento, que dizia: "Regulai e consolidai a terra em movimento". Assim ordenando, foi a eles confiada a ordem e a lança celestial, Ama-no-Nukobo, que estava coberta de pedras preciosas; então as divindades, estando sobre a ponte flutuante do céu - talvez um arco-íris - desceram a lança lentamente, e, girando-a, coalharam a água salgada, quando subiram a lança havia uma ilha, que foi chamada de Onogoro (espontaneamente coagulada).
Descendo, então, do céu, e indo para a ilha, em pouco tempo erigiram um Sagrado Altar, Yashidono, uma Sacra Coluna, Ama-no-mi-hashira, o Sagrado Pilar do Céu, e um Salão Santo, com oito braças.
Então questionou o Venerável Izanagi a sua irmã: "De que modo formou-se seu corpo?", ao que ela respondeu: meu corpo está completamente formado, mas há uma parte que não cresceu e está selada. E disse o Venerável Izanagi: "Também o meu corpo está totalmente formado, mas há uma parte que cresceu em excesso. Logo, se inserirmos a parte que me cresceu em demasia e criaremos terras”."Que solução melhor do que procriar?" A Venerável Izanami retorquiu: "Certamente está bem assim”.E O Venerável Izanagi disse: "Andemos em volta dessa Sagrada Coluna Celeste, e quando encontramo-nos do outro lado, haveremos de nos unir”.
Assim falaram, e entraram em acordo. Ele disse: "Tu para me encontrar, deves ir pela direita; eu, para encontrar-te, irei pela esquerda". Quando deram a volta, tal como tinha combinado, a Venerável Izanami foi a primeira a exclamar: "oh, na verdade tu és um jovem belo e amável!” E logo o Venerável Izanagi "Oh, mas que jovem bela e amável!". E depois de falarem, ele disse a sua companheira: "Não está bem que seja a mulher a primeiro falar”.
Não obstante, uniu-se em um leito e tiveram um filho, Hiru-ko, (menino sanguessuga). Eles o depositaram em uma canoa de juncos, para que a correnteza o levasse, pois era grotesco. Depois, nasceu Awa Shima, a ilha da espuma, que sequer contaram como descendente. Disse O Venerável Izanagi:
"Os filhos que até esse momento nos tivemos não são bons. Devemos subir ao céu, e questionou as grandes divindades o motivo do acontecimento. Essas disseram, reunidas em Grande Oráculo:” Como a mulher falou primeiro, as coisas não vão bem.”Então eles partiram de novo, e na Sagrada Coluna do Céu repetiram o processo anterior, mas dessa vez foi O Venerável Izanagi a falar primeiro. De sua união, nasceu à ilha de Awaji, o caminho da espuma”.
Da mesma maneira, as demais ilhas do arquipélago, Honshu, Shikoku, Kyushu, as ilhas gêmeas de Oki e Sado, e, finalmente, a ilha de Iki. Logo também conceberam uma série de deuses e deusas, entre os quais os do vento, das montanhas, e das árvores.
Este é um trecho de um texto originariamente escrito por Daniel Vital mas que encontra-se fora do ar, então não dá para por o link para ele.
A mitologia japonesa explica o surgimento dos deuses, como o mundo foi criado e a origem dos imperadores japoneses. Estas histórias estão em dois livros: o kojiki e o nihonshoki.