"Existe hoje uma preocupação mundial em termos da preservação do ecossistema, no sentido de oferecer uma qualidade de vida sustentável ao homem. Esta preocupação inclui também perceber e discutir os impactos causados pela agricultura convencional.
A agricultura nos moldes atuais tem causado sérios problemas ao meio ambiente: arações contínuas e profundas, a erosão, muitas vezes causada pela monocultura, a poluição devido às queimadas, ao uso de agrotóxicos, que pode causar a contaminação de alimentos, e a não utilização racional dos recursos naturais.
Semelhante ao que ocorre na indústria, também a agricultura ganhou em desenvolvimento tecnológico, diminuindo o ciclo da produção das culturas e visando alcançar maiores lucros, contudo permitir o avanço de um artificialismo.
Na natureza tudo se relaciona com tudo, e as alterações efetuadas em alguns de seus componentes alteram todo o ecossistema, como por exemplo: a mecanização intensiva pressupõe grandes monoculturas que significam radical simplificação do ecossistema agrícola, o que pode comprometer a qualidade do produto final. Além disso as únicas utilizadas recentemente são inadequadas às condições tropicais da agricultura brasileira.
Mudar é essencial para que o futuro da agricultura possa garantir não só a sobrevivência do homem, com alimentos saudáveis, mas principalmente, garantir a qualidade de vida das gerações futuras."
A agricultura convencional é aquela agricultura que se baseia na monocultura e na utilização de agrotóxicos. Essa agricultura prejudica a natureza, e se não tomarmos cuidado pode vir a causar doenças.
Com a utilização de agrotóxicos nos alimentos, a água da chuva arrasta-os, penetrando na terra que vai para os rios e assim contaminando-os. Ela também causa a degradação do meio ambiente e a redução de mão-de-obra, deixando assim desempregados.
O certo seria a agricultura orgânica, mas seu custo é em média 40% maior que os produtos convencionais.
Com a produção orgânica o lençol freático passa a ser poupado da contaminação por produtos químicos que correm na água utilizada para a irrigação da lavoura convencional. Há mais empregos, pois se utiliza muito a mão-de-obra e seu manuseio não causa danos ao solo e à natureza. Ela também não traz riscos de doenças, pois é mais saudável.
'Numa terra que se planta é preciso saber o que, como se planta e principalmente o que se come'."
A monocultura de eucalipto está contribuindo para alguns fenômenos de desequilíbrio ambientais verificados no Estado. Na avaliação do membro do Centro de Estudos Ambientais (CEA) de Pelotas, Luis Rampazzo, a grande quantidade de agrotóxico utilizado pelas monoculturas intensifica fenômenos como a infestação de besouros em Bagé e o sumiço de abelhas em várias cidades gaúchas.
Para ele, a monocultura do eucalipto aumenta os efeitos já causados pelo plantio em larga escala de outras culturas, como a soja, e alguns reflexos das mudanças climáticas, como a estiagem. Rampazzo cita o caso do eucalipto, que é cortado sete anos depois do seu plantio. Durante o período de crescimento, as mudas recebem pelo menos cinco aplicações de herbicidas e formicidas de grande impacto.
“Toda e qualquer prática da monocultura, ainda mais pela grande utilização de agrotóxicos, os chamados venenos agrícolas, tem causado, de uma forma ou outra, grandes desequilíbrios ambientais. Não só pela infestação de besouros que nós temos visto aí nas monoculturas de eucalipto, de pinus, e de acácia negra. Mas sinal desse desequilíbrio também é a mortandade de abelhas, que isso é uma coisa que tem nos preocupado”, diz.
A infestação de besouros, conhecidos como cascudos, se iniciou em Bagé no ano passado, quando a população desses insetos chegou a dobrar. Já o sumiço das abelhas tem sido registrado em várias cidades da região sul, como Nonoai, Erechim e São Borja, onde existe plantação de eucalipto. No entanto, o sumiço dos enxames também foi constatado em locais da região norte, onde há plantação de acácia negra, outra espécie usada nas monoculturas para produção de celulose. Além disso, o uso de agrotóxicos prejudica especialmente o agricultor, que não costuma usar equipamentos de proteção pessoal.
O ambientalista lembra, ainda, que as monoculturas devem acelerar as mudanças climáticas, como o regime dos ventos. Ele explica que as mudas vão funcionar como barreiras, impedindo a circulação do vento, o que poderia modificar a distribuição das chuvas. Para ele, isso mostra que os prejuízos das monoculturas vão além do aspecto ambiental.
“O ambiental nunca vem sozinho. Quando há um desastre ambiental, com certeza, nós vamos ter problemas sociais e econômicos muito grandes também, porque essa monocultura do eucalipto da forma como está avançando ela começa, cada vez mais, a diminuir a quantidade de possibilidade de terras para reforma agrária, para assentamento de famílias, para plantios”, diz.
De acordo com Rampazzo, o uso de terras para a produção comercial de eucalipto vai encarecer o preço de vários produtos agrícolas, pois diminui o espaço destinado à produção de alimentos. No Rio Grande do Sul, um milhão de hectares devem ser usados para a produção de mudas para celulose.
A monocultura é um dos mais graves crimes contra a lei da natureza, observe áreas onde não existe ações antrópicas(Causadas pela humanidade), verás a diversidade de espécies que naturalmente compartilham um ambiente equilibrado. E que junto com a monocultura veio uma infinita ordem de doenças em função do desequilibrio natural do meio.
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Espero poder ajudar.
"Existe hoje uma preocupação mundial em termos da preservação do ecossistema, no sentido de oferecer uma qualidade de vida sustentável ao homem. Esta preocupação inclui também perceber e discutir os impactos causados pela agricultura convencional.
A agricultura nos moldes atuais tem causado sérios problemas ao meio ambiente: arações contínuas e profundas, a erosão, muitas vezes causada pela monocultura, a poluição devido às queimadas, ao uso de agrotóxicos, que pode causar a contaminação de alimentos, e a não utilização racional dos recursos naturais.
Semelhante ao que ocorre na indústria, também a agricultura ganhou em desenvolvimento tecnológico, diminuindo o ciclo da produção das culturas e visando alcançar maiores lucros, contudo permitir o avanço de um artificialismo.
Na natureza tudo se relaciona com tudo, e as alterações efetuadas em alguns de seus componentes alteram todo o ecossistema, como por exemplo: a mecanização intensiva pressupõe grandes monoculturas que significam radical simplificação do ecossistema agrícola, o que pode comprometer a qualidade do produto final. Além disso as únicas utilizadas recentemente são inadequadas às condições tropicais da agricultura brasileira.
Mudar é essencial para que o futuro da agricultura possa garantir não só a sobrevivência do homem, com alimentos saudáveis, mas principalmente, garantir a qualidade de vida das gerações futuras."
A agricultura convencional é aquela agricultura que se baseia na monocultura e na utilização de agrotóxicos. Essa agricultura prejudica a natureza, e se não tomarmos cuidado pode vir a causar doenças.
Com a utilização de agrotóxicos nos alimentos, a água da chuva arrasta-os, penetrando na terra que vai para os rios e assim contaminando-os. Ela também causa a degradação do meio ambiente e a redução de mão-de-obra, deixando assim desempregados.
O certo seria a agricultura orgânica, mas seu custo é em média 40% maior que os produtos convencionais.
Com a produção orgânica o lençol freático passa a ser poupado da contaminação por produtos químicos que correm na água utilizada para a irrigação da lavoura convencional. Há mais empregos, pois se utiliza muito a mão-de-obra e seu manuseio não causa danos ao solo e à natureza. Ela também não traz riscos de doenças, pois é mais saudável.
'Numa terra que se planta é preciso saber o que, como se planta e principalmente o que se come'."
A monocultura de eucalipto está contribuindo para alguns fenômenos de desequilíbrio ambientais verificados no Estado. Na avaliação do membro do Centro de Estudos Ambientais (CEA) de Pelotas, Luis Rampazzo, a grande quantidade de agrotóxico utilizado pelas monoculturas intensifica fenômenos como a infestação de besouros em Bagé e o sumiço de abelhas em várias cidades gaúchas.
Para ele, a monocultura do eucalipto aumenta os efeitos já causados pelo plantio em larga escala de outras culturas, como a soja, e alguns reflexos das mudanças climáticas, como a estiagem. Rampazzo cita o caso do eucalipto, que é cortado sete anos depois do seu plantio. Durante o período de crescimento, as mudas recebem pelo menos cinco aplicações de herbicidas e formicidas de grande impacto.
“Toda e qualquer prática da monocultura, ainda mais pela grande utilização de agrotóxicos, os chamados venenos agrícolas, tem causado, de uma forma ou outra, grandes desequilíbrios ambientais. Não só pela infestação de besouros que nós temos visto aí nas monoculturas de eucalipto, de pinus, e de acácia negra. Mas sinal desse desequilíbrio também é a mortandade de abelhas, que isso é uma coisa que tem nos preocupado”, diz.
A infestação de besouros, conhecidos como cascudos, se iniciou em Bagé no ano passado, quando a população desses insetos chegou a dobrar. Já o sumiço das abelhas tem sido registrado em várias cidades da região sul, como Nonoai, Erechim e São Borja, onde existe plantação de eucalipto. No entanto, o sumiço dos enxames também foi constatado em locais da região norte, onde há plantação de acácia negra, outra espécie usada nas monoculturas para produção de celulose. Além disso, o uso de agrotóxicos prejudica especialmente o agricultor, que não costuma usar equipamentos de proteção pessoal.
O ambientalista lembra, ainda, que as monoculturas devem acelerar as mudanças climáticas, como o regime dos ventos. Ele explica que as mudas vão funcionar como barreiras, impedindo a circulação do vento, o que poderia modificar a distribuição das chuvas. Para ele, isso mostra que os prejuízos das monoculturas vão além do aspecto ambiental.
“O ambiental nunca vem sozinho. Quando há um desastre ambiental, com certeza, nós vamos ter problemas sociais e econômicos muito grandes também, porque essa monocultura do eucalipto da forma como está avançando ela começa, cada vez mais, a diminuir a quantidade de possibilidade de terras para reforma agrária, para assentamento de famílias, para plantios”, diz.
De acordo com Rampazzo, o uso de terras para a produção comercial de eucalipto vai encarecer o preço de vários produtos agrícolas, pois diminui o espaço destinado à produção de alimentos. No Rio Grande do Sul, um milhão de hectares devem ser usados para a produção de mudas para celulose.
Abraços e paz.
A monocultura é um dos mais graves crimes contra a lei da natureza, observe áreas onde não existe ações antrópicas(Causadas pela humanidade), verás a diversidade de espécies que naturalmente compartilham um ambiente equilibrado. E que junto com a monocultura veio uma infinita ordem de doenças em função do desequilibrio natural do meio.
Principais problemas: Desgaste do solo e erosão!