Talvez a maneira mais forte de definir o conceito de paradigma seja dizer que ele representa os conteúdos de uma visão de mundo. Isso significa que as pessoas que agem de acordo com os axiomas de um paradigma estão unidas, identificadas ou simplesmente em consenso sobre uma maneira de entender, de perceber, de agir, a respeito do mundo.
Talvez a maneira mais forte de definir o conceito de paradigma seja dizer que ele representa os conteúdos de uma visão de mundo. Isso significa que as pessoas que agem de acordo com os axiomas de um paradigma estão unidas, identificadas ou simplesmente em consenso sobre uma maneira de entender, de perceber, de agir, a respeito do mundo.
CAPRA (1982b) nos relata que a imagem do mundo como uma máquina perfeita, que tinha sido introduzido por descartes era então considerada um fato comprovado, e Newton tornou-se o seu sÃmbolo
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O paradigma cartesiano passou a definir como real tudo que podia ser explicado
ou analisado mediante um conjunto de procedimentos
Talvez a maneira mais forte de definir o conceito de paradigma seja dizer que ele representa os conteúdos de uma visão de mundo. Isso significa que as pessoas que agem de acordo com os axiomas de um paradigma estão unidas, identificadas ou simplesmente em consenso sobre uma maneira de entender, de perceber, de agir, a respeito do mundo.
Loi
Talvez a maneira mais forte de definir o conceito de paradigma seja dizer que ele representa os conteúdos de uma visão de mundo. Isso significa que as pessoas que agem de acordo com os axiomas de um paradigma estão unidas, identificadas ou simplesmente em consenso sobre uma maneira de entender, de perceber, de agir, a respeito do mundo.
Os que partilham de um determinado paradigma aceitam a descrição de mundo que lhes é oferecida sem criticar os fundamentos Ãntimos de tal descrição. Isto significa que o olhar deles está estruturado de maneira a perceber só uma determinada constelação de fatos e relações entre esses fatos. Qualquer coisa que não seja coerente com tal descrição passa desapercebida; é vista como elemento marginal ou sem importância.
Quer um exemplo? Até alguns anos atrás energia elétrica não era problema para o Brasil nem para os brasileiros. A única coisa que um cidadão comum sabia sobre o assunto era que ligando o interruptor da sala, a luz acendia. VivÃamos com a idéia de que a natureza nos forneceria energia para sempre. A natureza era vista, então, com um grande supermercado cujas mercadorias nunca acabariam. Bastava pegar um pouco de energia na prateleira e pagar por ela. Se precisássemos de mais, bastava pegar e pagar. Este era o paradigma que orientava nossa visão de mundo com relação ao consumo de energia, e ninguém imaginava que pudesse ser diferente. Neste cenário, ninguém dava importância, por exemplo, para lâmpadas mais econômicas, ou para banhos de chuveiro mais curtos, ou para aquecedores solares. Eles existiam, mas não eram vistos como importantes, pois o nosso paradigma os descartava. Não precisávamos deles. De repente, tudo mudou. Surgiu o risco de um apagão. Descobrimos que estávamos enganados, e que a energia é finita. Se não soubermos trabalhar adequadamente com a natureza, ficaremos sem energia. Isso significou uma mudança em alguns de nossos paradigmas, e, de uma hora para a outra, as lâmpadas econômicas sumiram dos supermercados. Todo mundo queria comprá-las, todos foram atrás de aquecedores solares e começaram a contar os minutos do banho no chuveiro. O que aconteceu? O mundo mudou? Não, mas o paradigma que o descrevia sim. Da descrição de um mundo com energia infinita, passamos a uma outra descrição. Mudaram nossos paradigmas.
De acordo com CAPRA (1982a), a origem do paradigma cartesiano remonta do século XV, pois antes de 1500 a visão do mundo predominante na Europa era orgânica, caracterizada pela relação de interdependência e não de dominação como ocorre na estrutura cientÃfica contemporânea. Essa visão de mundo assentava-se em duas autoridades: Aristóteles e a Igreja.
A partir do século XV com o renascimento e a revolução cientÃfica, essa concepção de um universo orgânico, vivo e espiritual foi substituÃda pela noção de como sendo uma máquina (CAPRA, 1982a).
De acordo com o autor citado, essa mudança que viria substituir a concepção orgânica da natureza, pela metáfora do mundo como uma máquina foi completada por Descartes e Newton no século XVII.
René Descartes via o universo e a natureza como uma máquina onde não havia propósito, vida e espiritualidade na matéria. Encantado com a revolução cientÃfica e com as várias máquinas engenhosas "como que dotadas de vida própria" que estavam sendo inventadas com seus movimentos aparentemente espontâneo, semelhantes ao homem, descartes passou a conceber o organismo humano como análogo a elas (CAPRA, 1982b).
Com Newton é feita uma sÃntese da ciência mecanicista de Copérnico, Galileu, e Kepller que de acordo com BRENNAN (1997a), suas leis sustentaram firmemente a idéia do tempo e do espaço absolutos e dos fenômenos fÃsicos rigorosamente causas da natureza e que a matéria era composta por unidades fundamentais indivisÃveis chamadas de átomos.
CAPRA (1982b) nos relata que a imagem do mundo como uma máquina perfeita, que tinha sido introduzido por descartes era então considerada um fato comprovado, e Newton tornou-se o seu sÃmbolo