O último dos grandes reis da Assíria, seu reinado coincidiu com o máximo esplendor político e cultural do império assírio. Guerreiro dotado de notável sensibilidade e inteligência, envolveu-se em guerras constantes, o que não o impediu de fomentar as artes e as ciências em seu reino. Era filho de Asaradão e subiu ao trono (668 a. C.) após a morte do pai, continuando a guerra iniciada pelo pai contra os rebeldes egípcios e destruiu a cidade de Tebas (663 a. C.), mas foi expulso do país pelo faraó Psamético II (654 a. C.), porém o comércio entre os dois países permaneceu. Nos anos seguintes, enfrentou a sublevação da Babilônia, encabeçada pelo próprio irmão, Shamash-shun-Ukin, e empreendeu a conquista do Elam, cuja capital, Susa, foi arrasada. Os combates e guerras que desgastaram o império não impediram o trabalho cultural do rei assírio. O palácio de Nínive, onde morreu e foi enterrado, tornou-se famoso pela imponência de seus relevos, e pela biblioteca com milhares de tijolos, gravadas em caracteres cuneiformes, que guardavam todo o saber mesopotâmico. Seus sucessores, Assur-etil-Ilani e Sin-shar-Ishkun, não puderam evitar a desagregação do império. A maior pressão foi da parte dos velhos inimigos da Assíria, como os babilônicos. Contando com a ajuda de outro povo de origem semita, os Medes, auxiliados pelos babilônicos, liderados por Nabuplassar, conquistaram a capital assíria de Nínive, incendiando-a completamente, desta forma acabando para sempre com o grande império Assírio. Em meados do século XIX, foi feita a primeira grande descoberta da era moderna sobre as civilizações assírias: a biblioteca do imperador assírio, na antiga cidade de Nínive. Iniciava-se, então, a redescoberta das grandes civilizações antigas da Mesopotâmia, através das tábuas de argila com os escritos em sinais denominados cuneiformes. A partir de então começou a se conhecer a história real de civilizações de qual até então, o pouco que se conhecia era através dos escassos e pouco reveladores livros da Bíblia, diretamente relacionados com a história religiosa do povo hebreu. Essas descobertas deram início a chamada corrida ao ouro bíblico, onde os arqueólogos buscavam através das sagradas escrituras, novas descobertas e provas reveladoras de suas veracidades. Muitas das descobertas abriram precedentes para o questionamento da veracidade dos textos bíblicos. E assim outros sítios foram escavados e novas ruínas importantes descobertas, como as de Uruk, Ur e Nipur, trazendo mais inscrições reveladoras sobre o passado do Oriente Próximo. No trabalho de decifração da escrita cuneiforme, destacou-se o arqueólogo britânico George Smith.
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Assurbanipal, para os gregos Sardanapalos
O último dos grandes reis da Assíria, seu reinado coincidiu com o máximo esplendor político e cultural do império assírio. Guerreiro dotado de notável sensibilidade e inteligência, envolveu-se em guerras constantes, o que não o impediu de fomentar as artes e as ciências em seu reino. Era filho de Asaradão e subiu ao trono (668 a. C.) após a morte do pai, continuando a guerra iniciada pelo pai contra os rebeldes egípcios e destruiu a cidade de Tebas (663 a. C.), mas foi expulso do país pelo faraó Psamético II (654 a. C.), porém o comércio entre os dois países permaneceu. Nos anos seguintes, enfrentou a sublevação da Babilônia, encabeçada pelo próprio irmão, Shamash-shun-Ukin, e empreendeu a conquista do Elam, cuja capital, Susa, foi arrasada. Os combates e guerras que desgastaram o império não impediram o trabalho cultural do rei assírio. O palácio de Nínive, onde morreu e foi enterrado, tornou-se famoso pela imponência de seus relevos, e pela biblioteca com milhares de tijolos, gravadas em caracteres cuneiformes, que guardavam todo o saber mesopotâmico. Seus sucessores, Assur-etil-Ilani e Sin-shar-Ishkun, não puderam evitar a desagregação do império. A maior pressão foi da parte dos velhos inimigos da Assíria, como os babilônicos. Contando com a ajuda de outro povo de origem semita, os Medes, auxiliados pelos babilônicos, liderados por Nabuplassar, conquistaram a capital assíria de Nínive, incendiando-a completamente, desta forma acabando para sempre com o grande império Assírio. Em meados do século XIX, foi feita a primeira grande descoberta da era moderna sobre as civilizações assírias: a biblioteca do imperador assírio, na antiga cidade de Nínive. Iniciava-se, então, a redescoberta das grandes civilizações antigas da Mesopotâmia, através das tábuas de argila com os escritos em sinais denominados cuneiformes. A partir de então começou a se conhecer a história real de civilizações de qual até então, o pouco que se conhecia era através dos escassos e pouco reveladores livros da Bíblia, diretamente relacionados com a história religiosa do povo hebreu. Essas descobertas deram início a chamada corrida ao ouro bíblico, onde os arqueólogos buscavam através das sagradas escrituras, novas descobertas e provas reveladoras de suas veracidades. Muitas das descobertas abriram precedentes para o questionamento da veracidade dos textos bíblicos. E assim outros sítios foram escavados e novas ruínas importantes descobertas, como as de Uruk, Ur e Nipur, trazendo mais inscrições reveladoras sobre o passado do Oriente Próximo. No trabalho de decifração da escrita cuneiforme, destacou-se o arqueólogo britânico George Smith.
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