Os órgãos de mídia dizem que os políticos estão perplexos diante das manifestações dos últimos dias. Na verdade eles sabem como o movimento chegou aonde chegou. Mas na política nem sempre se pode vir a público falar o que esta acontecendo. O DNA destas manifestações começou a partir de um erro do governo. Em janeiro o governo federal acordou com prefeituras o represamento dos aumentos dos ônibus em razão da inflação, tradicionalmente alta no começo do ano, puxada por gastos escolares e entressafra do hortifrúti. Junho ficou parecendo o mês do dissídio das tarifas de ônibus, todas as capitais aumentaram a tarifa ao mesmo tempo. O que gerou uma situação no mínimo estranha. Como foi possível aos prefeitos segurarem o aumento por meio ano? Aproveitando o desconforto gerado e sabendo da renovação dos contratos por 15 anos das companhias de ônibus em São Paulo que se avizinha, um grupo que defende a anos passagem a custo zero para os ônibus começou em redes sociais a propor manifestações inspiradas no movimento marqueteiro de Ocupe Wall Street e em outros mais sérios como das Praças Tahir e Taksim. A manifestação aconteceu, sem a UNE já que agora ela é Chapa Branca. Mas a polícia de São Paulo, comandada há quase 20 anos pelo PSDB, sempre truculenta, fez barbaridade e acabou ferindo gravemente repórter da Folha de São Paulo. Com o apoio do jornal o movimento que se apoiava no absurdo aumento R$ 0,20 na tarifa em São Paulo, já que a tal passagem grátis nos ônibus os lideres do movimento desconversam nas entrevistas para não caírem no ridículo, ficou de lado e entrou a bandeira do direito de expressão. Na mesma semana se inicia a Copa das Confederações e a presidenta Dilma é vaiada aos moldes do que ocorreu com Lula nos Jogos Panamericanos. As mídias não falam, mas a cada eleição os presidentes brasileiros superam seus antecessores com as maiores votações que um individuo já teve na face da terra. Lula foi votado por mais de 52 milhões de Brasileiros e Dilma foi eleita com mais de 55 milhões. Portanto se o Estádio Mané Garrincha inteiro vaiasse Dilma teriam sido apenas 73 mil uma gota no oceano. (e essa gota pagou caro para ver o jogo de estreia do Brasil o que os eleva a categoria de membros da elite). Os movimentos em São Paulo continuaram com muitas bandeiras do PSTU e do PSOL. As mídias viram uma oportunidade de “sangrar” Dilma e passaram apoiar o movimento. Grupos de donas de casas, mães e avós se juntaram pelas redes sociais e passaram a acompanhar filhos e netos para inibir uma ação da polícia truculenta de São Paulo. O movimento ficou cada vez mais político os partidos passaram a esconder as bandeiras e seus militantes passaram a ombrear com os demais manifestantes. E os movimento começaram a ficar agressivos, para Rede Globo é como se tivesse dois turnos das 5hs às 8:01 participam os manifestantes do bem. A partir das 8:02 entram os manifestantes do mal. As propostas caem no vazio, vão de melhorias a saúde e a educação. Não há propostas claras. Não se fala em redução da maioridade penal, fiscalização externa do judiciário, eficiência investigativa das polícias, extinção da polícia militar, e controle externo dos órgãos de mídia e propaganda. O movimento abre uma janela de oportunidade. No passado existiram os Caras Pintadas apoiados pela mesma mídias de agora. A rapaziada ganhava sanduiche e coca-cola durante as passeatas era lindo! Mas em 1997 eles foram protestar com suas caras pintadas contra a venda da Vale do Rio Doce. Aí foram recebidos no porrete e arrastados para fora do prédio da Bolsa de Valores de São Paulo. A maioria que participou das manifestações criticando os gastos com a Copa das Confederações Irá torcer pelo Brasil contra o México sem nem pensar na pauta de anteontem. Sejamos sérios boicotemos o jogo. Quem comprou rasgue o ingresso em protesto. No Brasil tudo é tratado como em um Carnaval é muito OBA OBA. O pessoal parece o Itamar Franco “É para o Fantástico?” Loucos para aparecer na Globo e em jornais estrangeiros. Até os brasileiros que estão em Nova Iorque estão protestando contra os tais R$ 0,20 (É a síndrome Big Brother Brasil, Facebook etc.) É preciso mais seriedade, o pessoal tem que se reunir entrar para um partido ou fundar um. Lutar pelo voto distrital, pelo financiamento público de campanha se candidatar e propor a redução dos salários de deputados para apenas uma ajuda de custo. Mas o bom é que o primeiro passo, saber que se pode, foi dado. suoto
Comments
Os órgãos de mídia dizem que os políticos estão perplexos diante das manifestações dos últimos dias. Na verdade eles sabem como o movimento chegou aonde chegou. Mas na política nem sempre se pode vir a público falar o que esta acontecendo. O DNA destas manifestações começou a partir de um erro do governo. Em janeiro o governo federal acordou com prefeituras o represamento dos aumentos dos ônibus em razão da inflação, tradicionalmente alta no começo do ano, puxada por gastos escolares e entressafra do hortifrúti. Junho ficou parecendo o mês do dissídio das tarifas de ônibus, todas as capitais aumentaram a tarifa ao mesmo tempo. O que gerou uma situação no mínimo estranha. Como foi possível aos prefeitos segurarem o aumento por meio ano? Aproveitando o desconforto gerado e sabendo da renovação dos contratos por 15 anos das companhias de ônibus em São Paulo que se avizinha, um grupo que defende a anos passagem a custo zero para os ônibus começou em redes sociais a propor manifestações inspiradas no movimento marqueteiro de Ocupe Wall Street e em outros mais sérios como das Praças Tahir e Taksim. A manifestação aconteceu, sem a UNE já que agora ela é Chapa Branca. Mas a polícia de São Paulo, comandada há quase 20 anos pelo PSDB, sempre truculenta, fez barbaridade e acabou ferindo gravemente repórter da Folha de São Paulo. Com o apoio do jornal o movimento que se apoiava no absurdo aumento R$ 0,20 na tarifa em São Paulo, já que a tal passagem grátis nos ônibus os lideres do movimento desconversam nas entrevistas para não caírem no ridículo, ficou de lado e entrou a bandeira do direito de expressão. Na mesma semana se inicia a Copa das Confederações e a presidenta Dilma é vaiada aos moldes do que ocorreu com Lula nos Jogos Panamericanos. As mídias não falam, mas a cada eleição os presidentes brasileiros superam seus antecessores com as maiores votações que um individuo já teve na face da terra. Lula foi votado por mais de 52 milhões de Brasileiros e Dilma foi eleita com mais de 55 milhões. Portanto se o Estádio Mané Garrincha inteiro vaiasse Dilma teriam sido apenas 73 mil uma gota no oceano. (e essa gota pagou caro para ver o jogo de estreia do Brasil o que os eleva a categoria de membros da elite). Os movimentos em São Paulo continuaram com muitas bandeiras do PSTU e do PSOL. As mídias viram uma oportunidade de “sangrar” Dilma e passaram apoiar o movimento. Grupos de donas de casas, mães e avós se juntaram pelas redes sociais e passaram a acompanhar filhos e netos para inibir uma ação da polícia truculenta de São Paulo. O movimento ficou cada vez mais político os partidos passaram a esconder as bandeiras e seus militantes passaram a ombrear com os demais manifestantes. E os movimento começaram a ficar agressivos, para Rede Globo é como se tivesse dois turnos das 5hs às 8:01 participam os manifestantes do bem. A partir das 8:02 entram os manifestantes do mal. As propostas caem no vazio, vão de melhorias a saúde e a educação. Não há propostas claras. Não se fala em redução da maioridade penal, fiscalização externa do judiciário, eficiência investigativa das polícias, extinção da polícia militar, e controle externo dos órgãos de mídia e propaganda. O movimento abre uma janela de oportunidade. No passado existiram os Caras Pintadas apoiados pela mesma mídias de agora. A rapaziada ganhava sanduiche e coca-cola durante as passeatas era lindo! Mas em 1997 eles foram protestar com suas caras pintadas contra a venda da Vale do Rio Doce. Aí foram recebidos no porrete e arrastados para fora do prédio da Bolsa de Valores de São Paulo. A maioria que participou das manifestações criticando os gastos com a Copa das Confederações Irá torcer pelo Brasil contra o México sem nem pensar na pauta de anteontem. Sejamos sérios boicotemos o jogo. Quem comprou rasgue o ingresso em protesto. No Brasil tudo é tratado como em um Carnaval é muito OBA OBA. O pessoal parece o Itamar Franco “É para o Fantástico?” Loucos para aparecer na Globo e em jornais estrangeiros. Até os brasileiros que estão em Nova Iorque estão protestando contra os tais R$ 0,20 (É a síndrome Big Brother Brasil, Facebook etc.) É preciso mais seriedade, o pessoal tem que se reunir entrar para um partido ou fundar um. Lutar pelo voto distrital, pelo financiamento público de campanha se candidatar e propor a redução dos salários de deputados para apenas uma ajuda de custo. Mas o bom é que o primeiro passo, saber que se pode, foi dado. suoto
Até lá todo mundo ja esqueceu isso.