Lembranças!!!!!!!!!?

Quais as lembraças da sua infância?

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OPS: Lembranças!!!!!

Comments

  • Algumas boas , outras más. As melhores são aquelas ligadas aos meus melhores amigos na época: os gatos.

  • que saudade da infancia.

  • A épocas do natal certamente são minhas melhores lembranças...

  • Alegria, saúde e fé.

  • muito criancinha...tinha uma vizinha de mesma idade...eramos apaixonados um pelo outro e muitas vezes fizemos promessas de amor, de fugir...etc...mas ai ela mudou de cidade....eu so sabia de alguma coisa pq minha familia tinha amigos em comum com a familia dela.....hoje ....solteiro e com 38 anos,....posso ainda sentir saudade dela.....eh como se eu pudesse ouvi-la ainda.....curioso!!!

  • Das férias no sítio do meu avô quando toda familia aparecia para se divertir todos juntos hoje cada um foi para seu lado fazer o que as coisas mudam o ser humano vive em uma constante movimento

  • Todas! Eu tive uma infância maravilhosa, subi em árvores, aprumei pipa, fiz arapuca, andei na enxurrada, acreditei em Papai Noel, ouvi contos de fadas,torci para a princesinha encontrar o seu príncipe encantado. Tenho pena das crianças de hoje, que vivem apenas da tecnologia.

  • que eu soltava pipa e bricava de Barbie

  • Tem umas boas. Outras nem tanto.

    Lembro da minha mãe sempre feliz apesar dos pesares.

    Lembro da casa da minha madrinha portuguesa.Todo dia ia bem cedinho na missa.

    Lembro da outra " madrinha " mineira. Ê comidinha boa, sô ! Mulher de 3 Corações ( da cidade e no peito. Nunca ví gente mais caridosa .Prá ser gente tao boa assim só tendo mais de um coração mesmo).

  • Lembro-me de TUDO, e vou repetir aqui minhas lembranças da infância em Nova Friburgo. Raras pessoas expõem sua criança interior com toda naturalidade e coragem, como fez o poeta nascido em 1839 nas serranias de Friburgo, entre S. José e Rio Preto (hoje, município de São José do Vale do Rio Preto), o genial Casimiro de Abreu, autor de “Camila”, “Carolina”, “Camões e o Jaú”, “As Primaveras”, etc, falecido com apenas vinte e um anos de idade, em 1860. Em sua obra – uma rica coleção de poesias sentimentais - a simplicidade da forma admite a união do sentimento melancólico ao intenso e apaixonado, ora profundamente fervoroso e contido, ora veemente e arrojado. Casimiro (nome eslavo para “aquele que comanda a paz”, batizado Casimiro José Marques de Abreu), como outros poetas de seu tempo, adorava a vida boêmia, mas seu pai português queria coagi-lo a trabalhar no comércio, e antes de enviá-lo para Portugal, onde passou quatro anos (1853/1857), colocou-o para estudar em Friburgo como interno no colégio do inglês João Henrique Freese, desde os nove até os quinze anos (1847/1853). Ali, enternecido pela saudade do lar, compôs seus primeiros versos (que brota com espontaneidade na alma dos que se deixam inspirar em tudo que é belo). Aos vinte anos, antes de morrer tuberculoso, tomado pelo pessimismo, em seu último livro “As Primaveras” dedicou o prefácio a Francisco Octaviano de Almeida Rosa, nascido no Rio em 1825, deputado, senador e, acima disso, admirável poeta e autor do pungente poema “Ilusões da Vida” (aliás, declamado com toda excelência pelo sensível e brilhante ator e amigo Osmar Prado), cujo texto antológico demonstra o peso do carma que todo homem verdadeiro é forçado a se submeter:

    "Quem passou pela vida em branca nuvem,

    E em plácido repouso adormeceu,

    Quem não sentiu o frio da desgraça,

    Quem passou pela vida e não sofreu,

    Foi espectro de homem, não foi homem,

    Só passou pela vida, não viveu".

    E assim, para ocultar o peso que trazia em seu jovem coração, Casimiro deixava-se levar pela leve fluidez de sua precocemente envelhecida alma, tal como denota o melancólico prefácio dedicado a Octaviano:

    "Um dia, além dos Órgãos, na poética Friburgo, isolado dos meus companheiros de estudo, tive saudades da casa paterna e chorei. Era tarde; o crepúsculo descia sobre a crista das montanhas e a natureza como que se recolhia, para entoar o cântico da noite; as sombras estendiam-se pelo leito dos vales e o silêncio tornava mais solene a voz melancólica do cair das cachoeiras. Era a hora da merenda em nossa casa e pareceu-me ouvir o eco das risadas de minha mana pequena! As lagrimas correram e fiz os primeiros versos de minha vida, que intitulei: “Ave-Maria”. A saudade havia sido a minha primeira musa"... Às vezes, parece justificável que a palavra “Saudade” seja privilégio da língua portuguesa (e inspire a percepção do nome em algum apaixonado por sua terra natal), talvez pelo sentimento nostálgico que só invade a alma dos que estão preparados para senti-la, o que não é intrínseco ou próprio do caráter de alguns povos, eis que orgulhoso em enaltecer a primeira musa, gerada na saudade do seio familiar, aflorada justamente na chamada “hora do anjo”, a beleza interior de Casimiro revela-se por sua transparência, e nem por isso o seu estandarte bárdico - enérgico e ao mesmo tempo sensível – deixa de ser viril apenas por não agredir a ninguém, mesmo ao invocar com todo vigor o seu inocente (e, por isso mesmo, magnífico) menino interior, desde os seus idos “oito anos”:

    “Oh que saudade que tenho da aurora de minha vida...”

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