Enquanto que com a cinemática aprendemos a descrever o movimento de um corpo, com a dinâmica aprendemos a perceber as causas desse movimento. Sabemos que o movimento de um corpo será sempre resultado de uma interacção entre ele próprio e os corpos que o rodeiam. Essa interacção é normalmente descrita como uma força aplicada ao corpo, seja única, seja a resultante de todas as forças exercidas pelo sistema que o rodeia.
Ora, o que é que acontece a um corpo que não esteja sujeito a forças? Newton resumiu elegantemente a resposta a esta pergunta na sua Primeira Lei (ou Lei da Inércia):
Primeira Lei de Newton: Um corpo livre move-se sempre com quantidade de movimento constante, i.e., sem aceleração (Newton foi o primeiro a notar que a quantidade de movimento é a quantidade que contém mais informação acerca da dinâmica de um sistema). Assim, ou se move com movimento uniforme rectilíneo (quantidade de movimento não nula) ou está parado (quantidade de movimento nula). Define-se como corpo livre um corpo que não esteja sujeito a nenhuma interacção, ou melhor, no qual a força resultante é nula. As duas restantes leis têm a ver com corpos não livres:
Segunda Lei de Newton: A força aplicada a um corpo é igual à variação da quantidade de movimento em ordem ao tempo.
Terceira Lei de Newton: Quando dois corpos interagem, a força sobre o primeiro é igual em módulo, mas de sentido inverso, à aplicada no segundo.
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Para o filósofo grego Aristóteles de Estagira (384-322), a causa do movimento de uma pedra ou de uma flexa no ar, devia-se a uma força exercida pelo próprio ar ao ser empurrado para trás pela pedra ou pela flexa, força essa que impulsionava esses corpos em seus movimentos. Dá o seu célebre apotegma: A Natureza tem horror ao vácuo, já que, para ele, sem ar, não haveria movimento. Dizia ainda o preceptor do Rei da Macedônia, Alexandre III, o Grande (356-323), que um movimento constante requeria uma força também constante e, mais ainda, que o movimento de um corpo através de um meio resistente, além de ser proporcional à força que o produziu, era, também, inversamente proporcional à resistência do meio considerado.
A primeira tentativa de explicar o movimento, ocorreu por volta de 520 d.C., quando o filósofo grego John (Ioannes) Philoponos (c.475-c.565) afirmou que o movimento de um corpo lançado no ar não se devia ao empurrão exercido pelo ar sobre o corpo, como afirmavam os aristotélicos, e sim a uma "espécie de inércia" - impetus, impetus impressa, virtus motiva, virtus impressa -, a qual o mantinha em movimento. Afirmou ainda que a velocidade desse mesmo corpo era proporcional ao excesso da força de resistência. Em vista dessas idéias, escreveu que: Para dois corpos de pesos diferentes caindo da mesma altura, a relação entre os tempos gastos na queda não dependia da relação de seus pesos, já que a diferença entre tais tempos era muito pequena.
Esse conceito de "impetus" foi elaborado um pouco mais pelo filósofo francês Jean Buridan (c.1300-1358), ao discutir as seguintes questões: Por que razão o ar, no caso do movimento de um projétil, teria ele sozinho a faculdade de continuar a mover-se, para, por sua vez, mover o projétil? Por que o projétil não possuiria essa mesma faculdade? Ao responder a essas questões, Buridan desenvolveu a sua "teoria do impetus", segundo a qual, o impulsor cede ao impulsionado uma potência proporcional à velocidade e ao peso deste último, necessária a mantê-lo em movimento. E mais ainda, que o ar progressivamente reduz a impulsão, e que o peso pode aumentar ou diminuir a velocidade. Assim, usando esse conceito de impulsão, Buridan então afirmou que durante a queda de um corpo este é movido pela ação conjunta da gravidade e do ímpeto adquirido, ação essa que resulta ser o movimento do grave mais rápido a cada instante. Buridan, também, chegou a usar essa doutrina do ímpeto para explicar os movimentos perenes dos planetas observados no céu, ao admitir que DEUS talvez tenha, originalmente, saturado os planetas com ímpeto. Ele ainda fez o estudo geométrico das configurações dos crescimentos e decrescimentos das qualidades cinemáticas do movimento. É oportuno registrar que a elaboração completa do conceito de "impetus" - inércia - foi desenvolvida nos trabalhos dos físicos, o italiano Galileu Galilei (1564-1642) e o inglês Sir Isaac Newton (1642-1727).
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Enquanto que com a cinemática aprendemos a descrever o movimento de um corpo, com a dinâmica aprendemos a perceber as causas desse movimento. Sabemos que o movimento de um corpo será sempre resultado de uma interacção entre ele próprio e os corpos que o rodeiam. Essa interacção é normalmente descrita como uma força aplicada ao corpo, seja única, seja a resultante de todas as forças exercidas pelo sistema que o rodeia.
Ora, o que é que acontece a um corpo que não esteja sujeito a forças? Newton resumiu elegantemente a resposta a esta pergunta na sua Primeira Lei (ou Lei da Inércia):
Primeira Lei de Newton: Um corpo livre move-se sempre com quantidade de movimento constante, i.e., sem aceleração (Newton foi o primeiro a notar que a quantidade de movimento é a quantidade que contém mais informação acerca da dinâmica de um sistema). Assim, ou se move com movimento uniforme rectilíneo (quantidade de movimento não nula) ou está parado (quantidade de movimento nula). Define-se como corpo livre um corpo que não esteja sujeito a nenhuma interacção, ou melhor, no qual a força resultante é nula. As duas restantes leis têm a ver com corpos não livres:
Segunda Lei de Newton: A força aplicada a um corpo é igual à variação da quantidade de movimento em ordem ao tempo.
Terceira Lei de Newton: Quando dois corpos interagem, a força sobre o primeiro é igual em módulo, mas de sentido inverso, à aplicada no segundo.
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espero que ajude!
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bjos
OLÁ, Amiga; tudo Bom?
Então, a Resposta está Abaixo:
O Conceito de Impetus (Inércia). .
Para o filósofo grego Aristóteles de Estagira (384-322), a causa do movimento de uma pedra ou de uma flexa no ar, devia-se a uma força exercida pelo próprio ar ao ser empurrado para trás pela pedra ou pela flexa, força essa que impulsionava esses corpos em seus movimentos. Dá o seu célebre apotegma: A Natureza tem horror ao vácuo, já que, para ele, sem ar, não haveria movimento. Dizia ainda o preceptor do Rei da Macedônia, Alexandre III, o Grande (356-323), que um movimento constante requeria uma força também constante e, mais ainda, que o movimento de um corpo através de um meio resistente, além de ser proporcional à força que o produziu, era, também, inversamente proporcional à resistência do meio considerado.
A primeira tentativa de explicar o movimento, ocorreu por volta de 520 d.C., quando o filósofo grego John (Ioannes) Philoponos (c.475-c.565) afirmou que o movimento de um corpo lançado no ar não se devia ao empurrão exercido pelo ar sobre o corpo, como afirmavam os aristotélicos, e sim a uma "espécie de inércia" - impetus, impetus impressa, virtus motiva, virtus impressa -, a qual o mantinha em movimento. Afirmou ainda que a velocidade desse mesmo corpo era proporcional ao excesso da força de resistência. Em vista dessas idéias, escreveu que: Para dois corpos de pesos diferentes caindo da mesma altura, a relação entre os tempos gastos na queda não dependia da relação de seus pesos, já que a diferença entre tais tempos era muito pequena.
Esse conceito de "impetus" foi elaborado um pouco mais pelo filósofo francês Jean Buridan (c.1300-1358), ao discutir as seguintes questões: Por que razão o ar, no caso do movimento de um projétil, teria ele sozinho a faculdade de continuar a mover-se, para, por sua vez, mover o projétil? Por que o projétil não possuiria essa mesma faculdade? Ao responder a essas questões, Buridan desenvolveu a sua "teoria do impetus", segundo a qual, o impulsor cede ao impulsionado uma potência proporcional à velocidade e ao peso deste último, necessária a mantê-lo em movimento. E mais ainda, que o ar progressivamente reduz a impulsão, e que o peso pode aumentar ou diminuir a velocidade. Assim, usando esse conceito de impulsão, Buridan então afirmou que durante a queda de um corpo este é movido pela ação conjunta da gravidade e do ímpeto adquirido, ação essa que resulta ser o movimento do grave mais rápido a cada instante. Buridan, também, chegou a usar essa doutrina do ímpeto para explicar os movimentos perenes dos planetas observados no céu, ao admitir que DEUS talvez tenha, originalmente, saturado os planetas com ímpeto. Ele ainda fez o estudo geométrico das configurações dos crescimentos e decrescimentos das qualidades cinemáticas do movimento. É oportuno registrar que a elaboração completa do conceito de "impetus" - inércia - foi desenvolvida nos trabalhos dos físicos, o italiano Galileu Galilei (1564-1642) e o inglês Sir Isaac Newton (1642-1727).
http://www.seara.ufc.br/folclore/folclore94.htm
Um Abraço para você, até mais, e Ótima Semana!