A maioria dos brasileiros é corrupta? Tolera políticos corruptos? Ou as duas coisas?

Olá Pessoas,

Vários são os cidadãos que culpam a Lei (que é só papel e tinta se não tornarmos ela viável na prática), a Justiça (que aplica a Lei), os Políticos (que "ontem" foram cidadãos comuns), etc etc etc... Mas não seria um problema cultural, de todos nós?!

Os políticos ou as instituições estão "pobres" ou a podridão está em toda a nação?!

Leiam a matéria da Folha Online (link abaixo), reflitam, decodifiquem, formem seu próprio "juízo de valor" (sem cópias ou respostas irresponsáveis) e me respondam:

- O que ocorre?

- Há solução? Qual? Quanto tempo levaria?

Agradeço a atenção.

B-jos para todos.

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Folha Online => 75% dos brasileiros admitem que seriam capazes de cometer irregularidades em cargos públicos: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/cbn/...

Comments

  • Acho que sim. Quem deixa carro em cima do passeio é. Quem não devolve troco que veio errado, é. Quem vota em deputado corrupto também é. Quem fura fila, é corrupto. Quem trapaceia em jogo, é. Quem furta pequenos objetos em qualquer local, é corrupto. Quem cola na escola, é corrupto. Quem incentiva violência em estádios, shows etc, é corrupto.

    Então, alguém se enquadra nisso aí? E tem outras situações que não me lembro agora.

  • Acabar com a corrupção é o objetivo supremo de quem ainda não chegou ao poder.

    Convicção do corrupto: "Com o dinheiro da corrupção comprarei um caráter sem jaça."

  • Si, vc tem razão, problema cultural de todos infelizmente, não se explica a reeleição de um governo tão corrupto se não fosse um problema de cultura e olha que é dificil inverte esse quadro

  • De pequenino se torce o pepenio, se começassemos a caçar ou observar muito bem os prefeitos eles não seriam futuros deputados ou governadores ladrões e incompetentes.

  • É cultural.

  • Você tem razão. Somos uma sociedade corrupta e isso já começou desde o descobrimento, quando Portugal mandou para cá apenas degredados e criminosos, como castigo, para explorarem a terra e não para colonizá-la. Para você ter uma idéia, um homem que tem várias mulheres é considerado bom, é elogiado, mas se a mulher tem mais do que um homem, é prostituta. Se o patrão, pela primeira vez, deixa o carro em casa e vai de ônibus, sacaneia o cobrador e depois se vangloria disso perante seus funcionários, ele é tido como esperto, grande! Quem manda o cobrador ser burro? E o coitado vive do salário mínimo e vai ter que pagar do próprio bolso a passagem de um cara mais rco do que ele. Está certo isso? Mas essa é a nossa realidade. O desonesto é quem está certo hoje e isso os pais de agora estão ensinando a seus filhos. Que o filho tem que ser macho. As filhas dos outros que se danem! Infelizmente, minha querida, uma árvore ruim não pode dar bons frutos. De uma sociedade assim não podem sair bons policiais, bons professores, bons médicos, bons clérigos. E políticos? Não temos o direito de nos queixarmos. Fomos nós mesmos que os colocamos lá. Tenho 66 anos, sou velho, ultrapassado, como dizem os jóvens de hoje, mas no meu tempo havia bem mais respeito, apesar de que, como eu disse no princípio, já somos corruptos desde o descobrimento. Não é culpa sua nem minha, mas nossa sociedade já nasceu doente.

  • Penso tratar-se de uma questão bastante discutível na sua definição e aplicabilidade.Contudo entendo que subsiste um grande relativismo na sua abordagem analítica mas cuja solução obedece basicamente aos mesmos pressupostos da civilidade e cultura.Foram aqui apontados vários caminhos ,exemplos e modelos,o que para devem ser vistos com grande relativismo e cautela.Entendo que no caso brasileiro tal como na maioria dos casos,análogos,o problema não está apenas na fraqueza das léis,tampouco apenas nas instituições,como executoras da léi,mas também na sociedade em geral donde emanam os mesmos executores.Na verdade entendo que é uma questão que é transversal a todos setores da sociedade e que não pode ser vista para um único setor e sob um único prisma.Com relação a regionalização como causa,entendo que no caso,não configura o problema porque assentar regionalização sem educação,solidadriedade,profissionalismo e ética,não resulta.Quanto a matriz nórdica,que teve como base a iniciativa política,decretos,firmeza na aplicação da léi por todos,entendo ser uma solução bastante relativa,porque é operacional quando se está perante elítes que atuam de boa fé seja na ética,seja na competência,seja no profissionalismo na defesa dos cidadãos.Penso que tem de existir confiança nas elítes e elítes que mereçam essa confiança,que mostram no terreno no exercício de suas funções que merecem a confiança do eleitorado.Dado o que se nota na prática institucional e política brasileira é muito dificil aplicar esse exemplo porque não se está na presença de políticos do" tipo nórdico " que mereçam essa confiança,que sejam éticos e profissionais,solidários,corajosos e ambiciosos,que deiam exemplo,que tenham ambição e coragem,que instituam um procedimento diferente do da sociedade na sua maioria corrupta.Aqui o prblema tem de ser de todos o trabalho tambem,logo,sendo a reforma do sistema o caminho mais seguro para esse tipo de casos que delegue mais poderes a sociedade,que reforce os mecanismos de trnsparência,coerência e eficiência,que delegue esse poder a sociedade em geral,sobre tudo a especializada,como único veículo de confiança político-institucional e de combate a corrupção e ineficiência.

  • As perguntas mais não são do que um dos resultados da superior actividade da reflexão sobre qualquer assunto. Assim à pergunta sobre a corruptibilidade de uma dada sociedade, entendo que nos devemos debruçar primeiro sobre esta e só depois sobre a corrupção.Pois que esta se gera naquela.

    Ora todos sabemos que o ser humano é uma criatura cuja vida não se encontra fechada.Trata-se de um ser aberto a tudo o que o rodeia, e é tanto mais influenciável pelo ambiente quanto menos é solicitado por ele. Desde logo a conclusão de que, à luz da razão, não é de todo legítimo, aplicar rótulos às sociedades.Porque estas são nem mais nem menos o produto objectivo de acções de um ou de vários sujeitos.Que a longo prazo mas decisivamente interferem na maneira de ser, nos hábitos, costumes e comportamentos.

    E é aqui que aqueles que foram escolhidos como líderes, como os mais capazes de alavancar o desenvolvimento global do povo a que pertencemos, se apresentam como responsáveis maiores do que hoje se é.Porque um governo é eleito, não só para ajuizar das melhores práticas burocráticas e tecnológicas, é sobretudo para induzir os comportamentos considerados mais correctos para a sociedade, por forma a conseguir uma elevada consciência social que nos honre com seres humanos.

    É com uma planificação a longo prazo do que se quer para uma determinada sociedade, estribada numa exigência de cumprimento e acompanhada de fiscalização séria e aturada a par de forte vontade política que se sonsegue alguma coisa.

    Façamos um pequeno exercício de comparação e vejamos o que eram os países nórdicos do pós guerra e o que eles foram depois.De sociedades caóticas que eram, em pouco mais de vinte anos transformaram-se no melhor que o mundo pode apresentar em termos de consciência cívica.Social e cultural também. E conseguiram-no com a introdução do que politicamente se chama a social democracia.Mas de uma forma que a TODOS foi exigida a participação activa e empenhada sob pena de serem rudemente penalizados.Quem pisava o risco era castigado.E tal prática levada a cabo durante anos instilou salutares hábitos no povo, de tal modo que se pode dizer que este foi e tem sido educado pelos sucessivos líderes políticos que tem sabido escolher.

    É sim um problema cultural. Mas exógeno. Quer dizer exterior.É de fora que ele será resolvido É ao governo que compete educar o povo.E ao contrário do que se diz é por decreto, sim, que se mudam as mentalidades.Só que este deve ser seguido de acção imediata e até mesmo de uma certa repressão, no sentido de exigência de cumprimento do que pela maioria foi escolhido como o melhor programa.Deve também ser monitorado durante anos até se conseguirem atingir os níveis de civilidade propostos.

    Dê-se a conhecer ao povo os novos desígnios, as novas regras e as consequências do seu não cumprimento. Vincule-se o povo àquilo que escolheu. Cumpra-se o ordenado.Sem tergiversações nem delongas. As boas práticas tornam-se hábito. Da terra.Do povo. Tratar-se-á então de uma sociedade educada.Na repressão ? Um pouco, talvez. Mas ei-la. Que floresce e nos deixa contentes.Somos gente civilizada. E não é isto o que queríamos?

    Tudo isto para dizer que os povos não são corruptos.Têm de ser é educados. E os governos eleitos têm de estar interessados.Em substituir o sistema cheio de buracos por onde todos, se ocasião houver, podem fugir, por outro de malhas mais e mais apertadas no qual quem for apanhado é, sem margem para dúvidas fortemente castigado.

    Não sendo esta A solução, afigura-se-me, no entanto, como a única capaz de fazer debelar o monstro da corrupção.Mas enquanto os governos que elegemos não actuam conforme lhes foi ordenado em eleições... os nossos maus hábitos, porque não ameaçados levam-nos a lutar pela vidinha.!.

  • A maioria dos brasileiros...

    - ... é corrupta

    - ... e tolera políticos corruptos.

    SOLUÇÃO:

    - O territorio brasileiro possui dimensoes continentais e suas regioes possuem enormes diferenças culturais, o poder é centralizado demais, fora de controle, e o seu povo provou que nao fiscaliza e/ou nao tem como fiscalizar o seu governo.

    - A autodeterminaçao de determinadas regioes (separatismo) seria o melhor remedio contra a incompetencia e a corrupçao.

  • Concordo com o Márcio. Temos que começar no dia a dia. Como já disse ao responder outra pergunta a pouco, muitos de nós só está esperando uma brechinha pra fazer a mesma coisa que eles.

    Solução??? muito difícil e a loooooooongo prazo.

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