qual foi o ultimo escravo vivo no Brasil?

tema:escravidão.eu quero saber o ano que ele morreu e ele tinha quantos anos e seu nome.

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  • Homenagem ao último escravo que vivera no Brasil

    Antônio Devanir Leite

    A escravidão no Brasil, como toda escravidão, é uma nodoa vergonhosa que ainda não foi escrita em todos os seus detalhes e abusos arbitrários. O que tem vindo à tona são os heroísmos de alguns brancos destemidos, ou mesmo de alguns mestiços, como José do Patrocínio, Castro Alves e outros que não se sentiram bem diante de tanta prepotência e cinismo e gritaram por justiça. Há, porém, no contexto desse fato histórico brasileiro verdadeiras jóias lapidadas por negros que ficaram escondidas na bruma do tempo. Cada uma dessas preciosidades precisam ser resgatadas pelos nossos historiadores. Hoje trago para os leitores do Correio uma dessas belezas que descobri em minhas singelas pesquisas.

    A história registra que desde 1539 os colonos estabelecidos no Brasil reclamavam da falta de mão-de-obra para o cultivo da cana-de-açúcar e o incremento dos engenhos, rogando ao rei licença para adquirirem escravos. Em 1542, o donatário de Pernambuco solicitou autorização para comprar escravos na Guiné, no Continente Africano, por conta própria, alegando que a produção açucareira não poderia arcar com o soldo de empregados. Somente em 1559, quando a incipiente indústria brasileira já estava com suas bases assentadas, a coroa decidiu permitir o ingresso de escravos negros no Brasil: cada senhor podia trazer 120 escravos do Congo. Com essa permissão começou o tráfico negreiro oficial no Brasil, que se somou às aquisições isoladas existentes em São Vicente e na Bahia.

    Passados três séculos do início do comércio de escravos, em 1882, após longa viagem, em que permaneceu amontoado em porões fétidos de um navio negreiro, entre ampla leva de homens e mulheres famintos e desnutridos, estava um rapaz de 17 anos, era mais um escravo sem nome. Fora comprado por um fazendeiro da região de Belo Horizonte que lhe deu o nome de Valdomiro Silva. Esse jovem apressou-se em apreender e a obedecer. Trabalhando de Sol-a-Sol descobriu, com os demais companheiros de infortúnio, que a única maneira de garantir a ração diária e rústicas vestimentas era trabalhar duro na enxada. Criaturas que nem mesmo sabiam porque haviam sido capturadas e até por qual motivo teriam vindo ao mundo. Quantas divagações não lhes tomavam o pensamento? "Será que o negro foi mesmo criado para sofrer?" Essas indagações percorriam apenas por suas mentes. Pois se algum deles fosse surpreendido falando em voz alta, o látego do feitor cortava seus lombos desnudos, mas não sem antes do algoz esbravejar: "Trabalha negro!" Uma triste página de nossa história, escrita com sangue, suor e lágrimas. Naquela época enorme contingente de espíritos encarnaram com a esperança de redimir suas faltas e tão brilhantemente as venceram, legando-nos exemplos dignificantes de dedicação ao trabalho e ao amor ao próximo.

    A Matéria é muito grande mas eu estou deixando o site para pesquisa:

    http://www.espirito.org.br/portal/artigos/correio-...

  • na última empresa q trampei tinham vários,inclusive eu.

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