O movimento fascista começou em 1919. Sua primeira doutrina redigida por Mussolini (antigo agitador socialista), era assaz radical: “sufrágio universal, a abolição do Senado, a instituição legal da jornada de 8 horas, um pesado imposto sobre o capital, o confisco de 85% dos lucros de guerra, a aceitação da Liga das Nações, a oposição a todos os imperialismos, e a anexação do Fiúme e da Dalmácia“.
Em 1920, essa plataforma foi substituÃda por uma de caráter mais conservador. No novo programa desapareceram os argumentos em prol duma reforma econômica. Condenava-se apenas, dubiamente, “o socialismo dos polÃticos”, e reclamava-se o cumprimento de algumas promessas feitas pelos aliados durante a guerra. Nenhum dos dois programas trouxe algum prestÃgio apreciável aos fascistas. Em 1922, quando se apoderaram do governo, os fascistas só possuÃam 35 deputados, na Câmara – num total de 500.
Mesmo assim, apesar do seu reduzido número, os fascistas – disciplinados e agressivos – marcharam sobre Roma e tomaram o poder. A famosa “marcha sobre Roma”, dos camisas-pretas (milicianos fascistas), foi apenas simbólica: eles só se arriscaram depois que o rei Vitor Manuel se negou a decretar o estado de sÃtio, como reclamava Facta, o último democrata.
O governo fascista atirou-se a duas dispendiosas aventuras no setor das guerras estrangeiras: A conquista da Etiópia (1935-1936); intervenção aberta (ao lado dos nazistas) na guerra civil da Espanha (1936-1939), em prol de Franco, “representante dos elementos conservadores e fascistas espanhóis (nobreza territorial, clero e forças armadas)”. O governo legal de Madrid foi derrotado e a República Espanhola suprimida.
Todavia, “havia poucos indÃcios de que quaisquer uns desses empreendimentos tivessem sido bem recebidos pelo povo italiano, ou de que os proveitos para o paÃs viessem a compensar os sacrifÃcios”.
Benito Mussolini formou com Hitler e o Japão o EIXO que visava dominar o mundo pela força das armas, impor uma raça a dominar o planeta, bem como um novo tipo de capitalismo, ainda mais selvagem. Tinha apoios em Espanha (Franco) e Portugal (Salazar), e da Igreja Católica do Vaticano.
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O fascismo foi um movimento político cujo líder foi Benito Mussolini e que fundamentava-se nos seguintes aspectos:
- totalitarismo: nada deve existir acima do Estado.
- nacionalismo: defendia-se que tudo deveria ser feito para a nação, pois esta representava a mais alta forma de sociedade.
- idealismo: acreditava-se que pelo instinto e anseios se poderia transformar qualquer coisa que desejasse.
- romantismo: negava-se que a razão pudesse resolver os problemas nacionais.
- autoritarismo: a autoridade do grande líder era inquestionável e irrefutável.
- militarismo: acreditava-se que a guerra regenera, a luta é tudo.
- anticomunismo: culpavam-se os comunistas pelo caos reinante e pelo colapso nacional.
Causas
Sentimento de nacionalismo humilhado (desde a anexação da TunÃsia, pela França, em 1881, e a derrota de Ãdua, perante os abissÃnios, em 1890); sentimento de revolta – após a I Guerra Mundial – contra o não cumprimento integral das promessas dos Aliados. Os italianos receberam menos do que esperavam; inflação, carestia da vida, especulação dos aproveitadores. Queda das exportações e dos negócios. Caos econômico; crescimento do partido socialista (1/3 da Câmara dos Deputados, em 1919). Radicalismo econômico e polÃtico dos socialistas (operários socialistas assumem o controle de quase 100 fábricas); influência da filosofia hegeliana: supremacia do Estado. “Nada pelo indivÃduo, tudo pela Itália”; fraqueza do regime parlamentar: queda freqüente dos ministérios, pela falta de maioria na Câmara. Luta constante entre os dois maiores partidos. O Socialista e o Popular (católico).
A Revolução Fascista
O movimento fascista começou em 1919. Sua primeira doutrina redigida por Mussolini (antigo agitador socialista), era assaz radical: “sufrágio universal, a abolição do Senado, a instituição legal da jornada de 8 horas, um pesado imposto sobre o capital, o confisco de 85% dos lucros de guerra, a aceitação da Liga das Nações, a oposição a todos os imperialismos, e a anexação do Fiúme e da Dalmácia“.
Em 1920, essa plataforma foi substituÃda por uma de caráter mais conservador. No novo programa desapareceram os argumentos em prol duma reforma econômica. Condenava-se apenas, dubiamente, “o socialismo dos polÃticos”, e reclamava-se o cumprimento de algumas promessas feitas pelos aliados durante a guerra. Nenhum dos dois programas trouxe algum prestÃgio apreciável aos fascistas. Em 1922, quando se apoderaram do governo, os fascistas só possuÃam 35 deputados, na Câmara – num total de 500.
Mesmo assim, apesar do seu reduzido número, os fascistas – disciplinados e agressivos – marcharam sobre Roma e tomaram o poder. A famosa “marcha sobre Roma”, dos camisas-pretas (milicianos fascistas), foi apenas simbólica: eles só se arriscaram depois que o rei Vitor Manuel se negou a decretar o estado de sÃtio, como reclamava Facta, o último democrata.
Em 28 de outubro de 1922, sem disparar um só tiro e sem oposição da polÃcia, do exército ou do governo, 50.000 camisas-pretas “ocuparam” Roma. O primeiro-ministro demitiu-se e Mussolini foi convidado pelo rei a organizar um novo gabinete. Assim, em meio ao caos do pós-guerra, e pela ausência, em certas camadas do povo italiano, de apego ao regime democrático, os fascistas assumiram o poder, no qual ficaram durante 21 anos.
CaracterÃsticas do Fascismo Italiano
Estado corporativo – Fundamentos econômicos, mas subordinação do Capital e do Trabalho ao Estado. Proibição de greves e locautes.
Totalitarismo – Negação dos ideais liberal-democráticos. Absoluta soberania do Estado, que deve ser governado por uma elite forte e audaz. “A liberdade é um cadáver em putrefação, um dogma cediço da Revolução Francesa”. Só pode existir “um partido fascista, uma imprensa fascista e uma educação fascista”.
Nacionalismo – O internacionalismo é “uma grosseira perversão do progresso humano”. A nação deve ser grande e forte, “pela auto-suficiência, por um poderoso exército e pela rápida elevação do Ãndice de natalidade”.
Idealismo – O fascismo se opõe à interpretação materialista da história. Ã, sobretudo, contra o materialismo e dialética dos marxistas.
Romantismo – Antiintelectualismo. Não é a razão que resolve os grandes problemas nacionais, mas “a fé mÃstica, o auto-sacrifÃcio e o culto do heroÃsmo e da força”. “O espÃrito fascista é vontade, não intelecto”.
Militarismo – As nações que não se expandem – morrem. “A guerra exalta e enobrece o homem, e regenera os povos ociosos e decadentes”.
“O regime fascista, escreve Taunay, mais oportunista que baseado em considerações doutrinárias, procurando sempre se adaptar à s condições do momento, pode ser caracterizado pelo nacionalismo agressivo, pela ação antiparlamentar, pela ambição de adquirir prestÃgio internacional e conquistar colônias. No poder, não admitiram os fascistas qualquer oposição e assim foi suprimida a liberdade de imprensa, proibido o funcionamento de outros partidos e instituÃda uma justiça especial para julgamento dos crimes polÃticos. O desemprego foi combatido com a instalação de organizações profissionais, e com o incentivo do comércio e da indústria, ambos submetidos ao controle governamental: obras públicas, algumas mesmo monumentais, foram realizadas, e assim, de um modo geral, todas as atividades italianas tiveram o apoio do governo, que interferia na atuação da famÃlia, das organizações profissionais e a economia”.
Algumas Realizações do Fascismo
Reduziu o analfabetismo; solucionou a contenda com a Santa Sé (tratado de Latrão); eliminou a Máfia, na SicÃlia; melhorou a agricultura; intensificou a produção industrial (sobretudo: seda, rayon e automóveis); duplicou a força hidroelétrica; obteve grandes progressos na drenagem de pântanos.
Há, porém, o reverso da medalha. Embora aumentassem as horas de trabalho, o padrão de vida dos assalariados não melhorou. Ademais, a estabilidade e a ordem imposta pelo fascismo exigiram do povo italiano uma esmagadora “uniformidade de pensamento e ação”.
O governo fascista atirou-se a duas dispendiosas aventuras no setor das guerras estrangeiras: A conquista da Etiópia (1935-1936); intervenção aberta (ao lado dos nazistas) na guerra civil da Espanha (1936-1939), em prol de Franco, “representante dos elementos conservadores e fascistas espanhóis (nobreza territorial, clero e forças armadas)”. O governo legal de Madrid foi derrotado e a República Espanhola suprimida.
Todavia, “havia poucos indÃcios de que quaisquer uns desses empreendimentos tivessem sido bem recebidos pelo povo italiano, ou de que os proveitos para o paÃs viessem a compensar os sacrifÃcios”.
Benito Mussolini formou com Hitler e o Japão o EIXO que visava dominar o mundo pela força das armas, impor uma raça a dominar o planeta, bem como um novo tipo de capitalismo, ainda mais selvagem. Tinha apoios em Espanha (Franco) e Portugal (Salazar), e da Igreja Católica do Vaticano.
CaracterÃsticas do Fascismo Italiano
Estado corporativo – Fundamentos econômicos, mas subordinação do Capital e do Trabalho ao Estado. Proibição de greves e locautes.
Totalitarismo – Negação dos ideais liberal-democráticos. Absoluta soberania do Estado, que deve ser governado por uma elite forte e audaz. “A liberdade é um cadáver em putrefação, um dogma cediço da Revolução Francesa”. Só pode existir “um partido fascista, uma imprensa fascista e uma educação fascista”.
Nacionalismo – O internacionalismo é “uma grosseira perversão do progresso humano”. A nação deve ser grande e forte, “pela auto-suficiência, por um poderoso exército e pela rápida elevação do Ãndice de natalidade”.
Idealismo – O fascismo se opõe à interpretação materialista da história. Ã, sobretudo, contra o materialismo e dialética dos marxistas.
Romantismo – Antiintelectualismo. Não é a razão que resolve os grandes problemas nacionais, mas “a fé mÃstica, o auto-sacrifÃcio e o culto do heroÃsmo e da força”. “O espÃrito fascista é vontade, não intelecto”.
Militarismo – As nações que não se expandem – morrem. “A guerra exalta e enobrece o homem, e regenera os povos ociosos e decadentes”.
“O regime fascista, escreve Taunay, mais oportunista que baseado em considerações doutrinárias, procurando sempre se adaptar à s condições do momento, pode ser caracterizado pelo nacionalismo agressivo, pela ação antiparlamentar, pela ambição de adquirir prestÃgio internacional e conquistar colônias. No poder, não admitiram os fascistas qualquer oposição e assim foi suprimida a liberdade de imprensa, proibido o funcionamento de outros partidos e instituÃda uma justiça especial para julgamento dos crimes polÃticos. O desemprego foi combatido com a instalação de organizações profissionais, e com o incentivo do comércio e da indústria, ambos submetidos ao controle governamental: obras públicas, algumas mesmo monumentais, foram realizadas, e assim, de um modo geral, todas as atividades italianas tiveram o apoio do governo, que interferia na atuação da famÃlia, das organizações profissionais e a economia”.
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Regime polÃtico de caráter totalitário que surge na Europa no entre - guerras (1919-1939). Originalmente é empregado para denominar o regime polÃtico implantado pelo italiano Benito Mussolini entre 1919 e 1943.
Suas principais caracterÃsticas são o nacionalismo, que tem a nação como forma suprema de desenvolvimento, e o corporativismo, em que os sindicatos patronais e trabalhistas são os mediadores das relações trabalhistas. O fascismo nasce oficialmente em 1919, em Milão, quando Mussolini funda o movimento intitulado Fascio de Combatimento, cujos integrantes, os camisas pretas (camicie nere), se opõem à classe liberal. Em 1922, as milÃcias fascistas desfilam na Marcha sobre Roma. Pretendem tomar o poder militarmente e ocupam prédios públicos e estações ferroviárias, exigindo a formação de um novo gabinete.
Mussolini é convocado para chefiar o governo do paÃs, que atravessa profunda crise econômica, agravada por greves e manifestações de trabalhadores. Por meio de fraudes, os fascistas conseguem maioria parlamentar. Em seguida, Mussolini dissolve os partidos de oposição, persegue parlamentares oposicionistas e passa a governar por decretos.
As caracterÃsticas do regime são cerceamento da liberdade civil e polÃtica, unipartidarismo, derrota dos movimentos de esquerda e limitação ao direito dos empresários de administrar sua força de trabalho. A polÃtica adotada, entretanto, é eficiente na modernização da economia industrial e na diminuição do desemprego.
Drika, caso precise de algo mais: [email protected]
Beijo!