A situação da mulher no mundo passou a receber atenção e esforços dos governantes para garantir a elas o acesso à saúde e o respeito às diferenças de gênero. A partir de políticas e programas direcionados às mulheres, o Ministério da Saúde Pública do Equador está comprometido com a prevenção e a promoção da saúde e com a redução da mortalidade materna, um dos Objetivos do Milênio (ODM) da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a ministra Carina Vance, o ganho fundamental foi a diminuição em 23% da mortalidade materna nos últimos 10 anos.
“Entretanto, chegar à meta requer um importante trabalho por parte do Ministério da Saúde. No que diz respeito à redução da mortalidade materna, estamos consolidando o trabalho da rede pública do sistema nacional de saúde, de maneira que possamos otimizar os recursos do Estado, trabalhando com o Instituto Equatoriano de Segurança Social (IESS)”, expressou a ministra. Como parte das ações do governo para o progresso, inclui-se a gratuidade de acesso aos serviços de saúde e políticas públicas que fortaleçam a saúde materno-infantil.
“Realizamos algo muito importante no fortalecimento do primeiro nível de atendimento. Temos no país, em todo o território nacional, em torno de 1.800 unidades de primeiro nível, nas quais teremos atendimento materno-infantil e de controle de natalidade. Vance enfatizou o compromisso com o fortalecimento da prevenção de doenças e a promoção da saúde com enfoque em direitos. “Realizamos a capacitação de profissionais de saúde, em direito e igualdade entre os sexos, o que foi uma importante iniciativa. No Ministério da Saúde, estamos todos trabalhando no acesso aos serviços de saúde”. Porém, a ministra ressaltou a necessidade de serem abordados os determinantes sociais e, para isso, a importância do trabalho intersetorial.
“Estamos trabalhando com os ministérios da Educação, da Inclusão Econômica e Social, do Desenvolvimento Social e outros, para tratar de temas de educação que, como se sabe, têm uma relação direta e importante com a saúde das mulheres. Conquistamos a igualdade também no acesso à educação, ao trabalho e à moradia. E trabalhamos de mãos dadas com esses ministérios”, disse.
As mudanças já podem ser observadas no país: a melhoria no acesso de mulheres grávidas aos serviços de saúde do IESS; a consolidação, principalmente neste último ano, do Sistema Nacional de Sangue, já que, segundo a ministra, muitos casos de mortalidade materna são por hemorragias. “Estamos trabalhando e aumentamos por volta de mais de 90% o parto institucionalizado, o parto qualificado”. Ela disse que há também um esforço do ministério para que a mulher tenha um parto culturalmente apropriado.
Outro foco de atenção do Ministério da Saúde é o planejamento familiar e a redução do número de gravidez não planejada. “No Equador, temos um dos índices mais altos de gravidez em adolescentes”, informou a ministra. Para prevenir essa situação, o país adequou as unidades operacionais para adolescentes, distribuiu métodos contraceptivos e desenvolveu uma campanha de informação para a população com uma linha telefônica gratuita para informação sobre sexualidade.
Saúde da Mulher e Unasul
A ministra ressaltou ser decisiva a contribuição da cooperação internacional na realidade das mulheres nos países da América do Sul: “É fundamental que o trabalho seja realizado em integração entre os países da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), compartilhando assim as melhores experiências e as melhores práticas, desenvolvendo programas de apoio técnico para a implementação de políticas públicas que tendem para a igualdade entre os sexos e para os determinantes sociais de saúde”.
Vance falou sobre os trabalhos que já são executados em conjunto com outros países. Segundo ela, o trabalho mais intenso se desenvolve nas fronteiras com a Colômbia e o Peru, pois nesses locais vivem populações vulneráveis. “Na semana passada, foi assinado um convênio bilateral com o Ministério da Saúde do Peru para realizar uma vacinação conjunta, para tópicos de controle de sarampo, de raiva e também doenças como a dengue”, exemplificou.
“Há importantes evidências em relação à igualdade entre os sexos na região e, além disso, temos programas importantes aqui no Equador como nos demais países. Evidentemente, a colaboração e a integração entre os países da Unasul são fundamentais para que se conquiste uma maior igualdade, não só dentro do país, uma maior igualdade entre os sexos em âmbito regional”.
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A situação da mulher no mundo passou a receber atenção e esforços dos governantes para garantir a elas o acesso à saúde e o respeito às diferenças de gênero. A partir de políticas e programas direcionados às mulheres, o Ministério da Saúde Pública do Equador está comprometido com a prevenção e a promoção da saúde e com a redução da mortalidade materna, um dos Objetivos do Milênio (ODM) da Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo a ministra Carina Vance, o ganho fundamental foi a diminuição em 23% da mortalidade materna nos últimos 10 anos.
“Entretanto, chegar à meta requer um importante trabalho por parte do Ministério da Saúde. No que diz respeito à redução da mortalidade materna, estamos consolidando o trabalho da rede pública do sistema nacional de saúde, de maneira que possamos otimizar os recursos do Estado, trabalhando com o Instituto Equatoriano de Segurança Social (IESS)”, expressou a ministra. Como parte das ações do governo para o progresso, inclui-se a gratuidade de acesso aos serviços de saúde e políticas públicas que fortaleçam a saúde materno-infantil.
“Realizamos algo muito importante no fortalecimento do primeiro nível de atendimento. Temos no país, em todo o território nacional, em torno de 1.800 unidades de primeiro nível, nas quais teremos atendimento materno-infantil e de controle de natalidade. Vance enfatizou o compromisso com o fortalecimento da prevenção de doenças e a promoção da saúde com enfoque em direitos. “Realizamos a capacitação de profissionais de saúde, em direito e igualdade entre os sexos, o que foi uma importante iniciativa. No Ministério da Saúde, estamos todos trabalhando no acesso aos serviços de saúde”. Porém, a ministra ressaltou a necessidade de serem abordados os determinantes sociais e, para isso, a importância do trabalho intersetorial.
“Estamos trabalhando com os ministérios da Educação, da Inclusão Econômica e Social, do Desenvolvimento Social e outros, para tratar de temas de educação que, como se sabe, têm uma relação direta e importante com a saúde das mulheres. Conquistamos a igualdade também no acesso à educação, ao trabalho e à moradia. E trabalhamos de mãos dadas com esses ministérios”, disse.
As mudanças já podem ser observadas no país: a melhoria no acesso de mulheres grávidas aos serviços de saúde do IESS; a consolidação, principalmente neste último ano, do Sistema Nacional de Sangue, já que, segundo a ministra, muitos casos de mortalidade materna são por hemorragias. “Estamos trabalhando e aumentamos por volta de mais de 90% o parto institucionalizado, o parto qualificado”. Ela disse que há também um esforço do ministério para que a mulher tenha um parto culturalmente apropriado.
Outro foco de atenção do Ministério da Saúde é o planejamento familiar e a redução do número de gravidez não planejada. “No Equador, temos um dos índices mais altos de gravidez em adolescentes”, informou a ministra. Para prevenir essa situação, o país adequou as unidades operacionais para adolescentes, distribuiu métodos contraceptivos e desenvolveu uma campanha de informação para a população com uma linha telefônica gratuita para informação sobre sexualidade.
Saúde da Mulher e Unasul
A ministra ressaltou ser decisiva a contribuição da cooperação internacional na realidade das mulheres nos países da América do Sul: “É fundamental que o trabalho seja realizado em integração entre os países da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), compartilhando assim as melhores experiências e as melhores práticas, desenvolvendo programas de apoio técnico para a implementação de políticas públicas que tendem para a igualdade entre os sexos e para os determinantes sociais de saúde”.
Vance falou sobre os trabalhos que já são executados em conjunto com outros países. Segundo ela, o trabalho mais intenso se desenvolve nas fronteiras com a Colômbia e o Peru, pois nesses locais vivem populações vulneráveis. “Na semana passada, foi assinado um convênio bilateral com o Ministério da Saúde do Peru para realizar uma vacinação conjunta, para tópicos de controle de sarampo, de raiva e também doenças como a dengue”, exemplificou.
“Há importantes evidências em relação à igualdade entre os sexos na região e, além disso, temos programas importantes aqui no Equador como nos demais países. Evidentemente, a colaboração e a integração entre os países da Unasul são fundamentais para que se conquiste uma maior igualdade, não só dentro do país, uma maior igualdade entre os sexos em âmbito regional”.
http://isags-unasul.org/site/entrevistas/espanol-c...
entra aà http://pt.wikipedia.org/wiki/Equador