Em 2003, o carvão mineral respondeu por 40% da geração de energia elétrica do mundo. Segundo projeções da EIA, esta participação deverá crescer para 45% em 2030. Dentre os fatores que impactam a tendência da expansão da participação do carvão mineral como fonte de geração de energia elétrica, pode se destacar fatores como: Abundância das reservas; Distribuições geográficas das reservas, incluindo regiões de baixo risco de tensão geopolíticas; Baixos custos e baixa volatilidade nos preços quando comparado a demais fontes de energia como o petróleo e o gás natural; Independe de condições meteorológicas; Menor risco de construção, se comparado a usinas hidrelétricas; Desenvolvimento de tecnologias cada vez menos poluentes. De acordo com dados do Balanço Energético Nacional 2006 (EPE), as reservas brasileiras se concentram predominantemente na região sul do país, condicionando a distribuição da produção bruta de carvão entre Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Nos estados do Maranhão e São Paulo há reservas menores, de tamanho insignificante se comparadas às do sul do país e por compensação não há extração do carvão. Todas as companhias brasileiras encontram-se no sul do país em razão da localização das reservas nacionais como: as Companhias Mineradoras Brasileiras e Planejamento de Investimentos Futuros. A maioria do carvão brasileiro contém mais de teor 50% cinzas no carvão bruto (run of mine). Assim, pode-se concluir que, considerando as características do carvão nacional, o beneficiamento propicia a recuperação de um volume não superior a 50% do carvão bruto. A produção beneficiada comercializada em 2005 atingiu cerca de R$ 490 milhões, sendo quase toda destinada à geração de energia elétrica no mundo.
Por ser um carvão de baixo poder calorífico, sua utilização para a siderurgia é muito limitada, sendo que seu principal uso é a geração de energia. O baixo poder calorífico, no caso brasileiro, é compensado pelo baixo custo de extração, mas devido aos altos custos de transporte desse tipo de energético a maioria das usinas é do tipo “boca-de-mina”, buscando minimizar os seus custos de logística, que como exemplo podemos citar o processo intensivo de fiscalização dos transportes. Em 2005, o carvão mineral representou 6,4% da oferta nacional de energia primária e representou apenas 1,6% da oferta nacional de energia elétrica, devido ao grande consumo do mercado siderúrgico. Admite-se que o preço por tonelada do carvão nacional compensa seu menor poder calorífico, o que torna indiferente seu uso ou o do carvão importado na geração termelétrica. Considerando-se apenas as reservas medidas de carvão nacional, a EPE estima um potencial teórico para instalação de 28.000 MW em novas usinas termelétricas considerando somente reservas medidas e recuperação de 50% no beneficiamento e operando com 60% de fator de capacidade médio por 25 anos, rendimento de 33% e consumo específico 815 kg/mwh.
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Em 2003, o carvão mineral respondeu por 40% da geração de energia elétrica do mundo. Segundo projeções da EIA, esta participação deverá crescer para 45% em 2030. Dentre os fatores que impactam a tendência da expansão da participação do carvão mineral como fonte de geração de energia elétrica, pode se destacar fatores como: Abundância das reservas; Distribuições geográficas das reservas, incluindo regiões de baixo risco de tensão geopolíticas; Baixos custos e baixa volatilidade nos preços quando comparado a demais fontes de energia como o petróleo e o gás natural; Independe de condições meteorológicas; Menor risco de construção, se comparado a usinas hidrelétricas; Desenvolvimento de tecnologias cada vez menos poluentes. De acordo com dados do Balanço Energético Nacional 2006 (EPE), as reservas brasileiras se concentram predominantemente na região sul do país, condicionando a distribuição da produção bruta de carvão entre Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Nos estados do Maranhão e São Paulo há reservas menores, de tamanho insignificante se comparadas às do sul do país e por compensação não há extração do carvão. Todas as companhias brasileiras encontram-se no sul do país em razão da localização das reservas nacionais como: as Companhias Mineradoras Brasileiras e Planejamento de Investimentos Futuros. A maioria do carvão brasileiro contém mais de teor 50% cinzas no carvão bruto (run of mine). Assim, pode-se concluir que, considerando as características do carvão nacional, o beneficiamento propicia a recuperação de um volume não superior a 50% do carvão bruto. A produção beneficiada comercializada em 2005 atingiu cerca de R$ 490 milhões, sendo quase toda destinada à geração de energia elétrica no mundo.
Por ser um carvão de baixo poder calorífico, sua utilização para a siderurgia é muito limitada, sendo que seu principal uso é a geração de energia. O baixo poder calorífico, no caso brasileiro, é compensado pelo baixo custo de extração, mas devido aos altos custos de transporte desse tipo de energético a maioria das usinas é do tipo “boca-de-mina”, buscando minimizar os seus custos de logística, que como exemplo podemos citar o processo intensivo de fiscalização dos transportes. Em 2005, o carvão mineral representou 6,4% da oferta nacional de energia primária e representou apenas 1,6% da oferta nacional de energia elétrica, devido ao grande consumo do mercado siderúrgico. Admite-se que o preço por tonelada do carvão nacional compensa seu menor poder calorífico, o que torna indiferente seu uso ou o do carvão importado na geração termelétrica. Considerando-se apenas as reservas medidas de carvão nacional, a EPE estima um potencial teórico para instalação de 28.000 MW em novas usinas termelétricas considerando somente reservas medidas e recuperação de 50% no beneficiamento e operando com 60% de fator de capacidade médio por 25 anos, rendimento de 33% e consumo específico 815 kg/mwh.
Fonte: http://pt.shvoong.com/books/dictionary/1779175-car...