“Meus Contos Africanos”, de Nelson Mandela, e “A Árvore Maravilhosa”, de John Kilaka.
Escrito pelo ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, “Meus Contos Africanos” refrata a África em sua miríade de facetas e cores: o brilho ofuscante do quente sol africano, o tom azul das montanhas no horizonte, o repouso misericordioso oferecido pela água e pela mata, os estratagemas e a malícia das criaturas, tanto animais como humanas, que povoam esse vasto continente selvagem, e sua generosidade humana, seus grandes corações e seu riso sempre presente.
Aqui são encontrados contos tão antigos quanto a África, contados ao redor de fogueiras no final do dia desde tempos imemoráveis, contos herdados dos povos san e khoi, originalmente caçadores e criadores de animais pioneiros, deixados à imaginação daqueles que vieram do mar em grandes embarcações de velas ondeantes.
Em “A Árvore Maravilhosa”, por muito tempo, pequenos e grandes animais viveram unidos e felizes. Mas faltou a chuva e a terra ¬ficou tão seca que eles não tinham mais o que comer. Foi quando encontraram uma árvore enorme, que, mesmo sem chuvas, estava carregada de frutas maravilhosas. Todas elas pareciam estar bem suculentas e exalavam um perfume delicioso, porém não caíam no chão de jeito nenhum. Nem mesmo os animais grandes conseguiam colhê-las.
Todos chacoalhavam e sacudiam a grande árvore com muita força, mas não havia meio de cair uma frutinha sequer. Cada dia mais famintos, os animais se reuniram para tentar chegar a uma solução. Por sorte, a pequena coelha teve uma boa ideia. Uma história tradicional africana recontada e ilustrada com cores vibrantes – no estilo tingatinga – pelo artista John Kilaka, da Tanzânia.
Sobre os autores
NELSON MANDELA
Nascido em 1918, em um pequeno vilarejo africano, Nelson Mandela foi presidente da África do Sul entre 1994 e 1999 e atuou como principal representante do movimento anti-apartheid.
Em 1962, Mandela foi preso por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves.
Ele foi solto somente em 1990 e três anos depois dividiu o Prêmio Nobel da Paz com o presidente Frederik de Klerk, que foi um dos responsáveis pela libertação de Mandela.
JOHN KILAKA
John Kilaka nasceu no dia 04 de novembro de 1966 em Sumbawanga, no sudoeste da Tanzânia. Seu sonho sempre foi de ser artista, então, quando entrou na escola em 1977, ficou feliz ao encontrar papel, lápis e giz de cera para colocar toda a sua criatividade à mostra.
Em 1987, Kilaka foi aconselhado por seu irmão a se mudar para a cidade de Dar es Salaam, onde poderia aprimorar seus estudos em arte e, em 1990, ele começou a aprender sobre a pintura Tingatinga, um estilo artístico típico da Tanzânia que traz imagens muito coloridas da vida em comunidade e da natureza. Em 1991, ele fez sua primeira exibição no Instituto Goethe, em Dar es Salaam, e a partir de 1996 começou a fazer ilustrações para livros infantis.
No ano seguinte, além de ilustrar, ele também começou a escrever histórias, a primeira delas foi Frische Fische (“Peixe fresco”, em tradução livre) que também será publicado em breve pela Martins Martins Fontes. Kilaka também participou de diversos projetos de leitura de histórias para crianças na Tanzânia e na Alemanha.
Em todos os jornais da época existiam jornalistas africanos, até porque os filhos da burguesia negra caprichavam no domínio da língua portuguesa e quase todos tinham estudos primários e secundários quando não universitários. Entre os jornalistas africanos negros do século XIX merecem destaque alguns nomes, porque eles foram os melhores do seu tempo, os primeiros entre os seus pares, fossem africanos ou de origem europeia. Foram eles João da Ressurreição Arantes Braga, cuja família deu origem ao famoso muceque Braga, lugar de infância de Luandino Vieira e que ficava onde é hoje o bairro do Café e tinha como fronteira a Norte o local onde é hoje a igreja Sagrada Família; José de Fontes Pereira, Pedro da Paixão Franco, Sant’Anna Palma e Augusto Bastos.
O jornal Echo de Angola (12 Novembro de 1881) foi o primeiro jornal exclusivamente propriedade de angolanos e cuja Redacção era composta também por jornalistas africanos negros. Entre os seus redactores estava José de Fontes Pereira, justamente considerado um mestre do jornalismo luandense do último quartel do século XIX.
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“Meus Contos Africanos”, de Nelson Mandela, e “A Árvore Maravilhosa”, de John Kilaka.
Escrito pelo ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, “Meus Contos Africanos” refrata a África em sua miríade de facetas e cores: o brilho ofuscante do quente sol africano, o tom azul das montanhas no horizonte, o repouso misericordioso oferecido pela água e pela mata, os estratagemas e a malícia das criaturas, tanto animais como humanas, que povoam esse vasto continente selvagem, e sua generosidade humana, seus grandes corações e seu riso sempre presente.
Aqui são encontrados contos tão antigos quanto a África, contados ao redor de fogueiras no final do dia desde tempos imemoráveis, contos herdados dos povos san e khoi, originalmente caçadores e criadores de animais pioneiros, deixados à imaginação daqueles que vieram do mar em grandes embarcações de velas ondeantes.
Em “A Árvore Maravilhosa”, por muito tempo, pequenos e grandes animais viveram unidos e felizes. Mas faltou a chuva e a terra ¬ficou tão seca que eles não tinham mais o que comer. Foi quando encontraram uma árvore enorme, que, mesmo sem chuvas, estava carregada de frutas maravilhosas. Todas elas pareciam estar bem suculentas e exalavam um perfume delicioso, porém não caíam no chão de jeito nenhum. Nem mesmo os animais grandes conseguiam colhê-las.
Todos chacoalhavam e sacudiam a grande árvore com muita força, mas não havia meio de cair uma frutinha sequer. Cada dia mais famintos, os animais se reuniram para tentar chegar a uma solução. Por sorte, a pequena coelha teve uma boa ideia. Uma história tradicional africana recontada e ilustrada com cores vibrantes – no estilo tingatinga – pelo artista John Kilaka, da Tanzânia.
Sobre os autores
NELSON MANDELA
Nascido em 1918, em um pequeno vilarejo africano, Nelson Mandela foi presidente da África do Sul entre 1994 e 1999 e atuou como principal representante do movimento anti-apartheid.
Em 1962, Mandela foi preso por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves.
Ele foi solto somente em 1990 e três anos depois dividiu o Prêmio Nobel da Paz com o presidente Frederik de Klerk, que foi um dos responsáveis pela libertação de Mandela.
JOHN KILAKA
John Kilaka nasceu no dia 04 de novembro de 1966 em Sumbawanga, no sudoeste da Tanzânia. Seu sonho sempre foi de ser artista, então, quando entrou na escola em 1977, ficou feliz ao encontrar papel, lápis e giz de cera para colocar toda a sua criatividade à mostra.
Em 1987, Kilaka foi aconselhado por seu irmão a se mudar para a cidade de Dar es Salaam, onde poderia aprimorar seus estudos em arte e, em 1990, ele começou a aprender sobre a pintura Tingatinga, um estilo artístico típico da Tanzânia que traz imagens muito coloridas da vida em comunidade e da natureza. Em 1991, ele fez sua primeira exibição no Instituto Goethe, em Dar es Salaam, e a partir de 1996 começou a fazer ilustrações para livros infantis.
No ano seguinte, além de ilustrar, ele também começou a escrever histórias, a primeira delas foi Frische Fische (“Peixe fresco”, em tradução livre) que também será publicado em breve pela Martins Martins Fontes. Kilaka também participou de diversos projetos de leitura de histórias para crianças na Tanzânia e na Alemanha.
MEUS CONTOS AFRICANOS
Autor: Mandela, Nelson
Editora : MARTINS MARTINS FONTES
Especialidade : LITERATURA
A ÁRVORE MARAVILHOSA
Autor: John Kilaka
Editora : MARTINS MARTINS FONTES
Especialidade : INFANTOJUVENIL
Jornalistas africanos
Em todos os jornais da época existiam jornalistas africanos, até porque os filhos da burguesia negra caprichavam no domínio da língua portuguesa e quase todos tinham estudos primários e secundários quando não universitários. Entre os jornalistas africanos negros do século XIX merecem destaque alguns nomes, porque eles foram os melhores do seu tempo, os primeiros entre os seus pares, fossem africanos ou de origem europeia. Foram eles João da Ressurreição Arantes Braga, cuja família deu origem ao famoso muceque Braga, lugar de infância de Luandino Vieira e que ficava onde é hoje o bairro do Café e tinha como fronteira a Norte o local onde é hoje a igreja Sagrada Família; José de Fontes Pereira, Pedro da Paixão Franco, Sant’Anna Palma e Augusto Bastos.
O jornal Echo de Angola (12 Novembro de 1881) foi o primeiro jornal exclusivamente propriedade de angolanos e cuja Redacção era composta também por jornalistas africanos negros. Entre os seus redactores estava José de Fontes Pereira, justamente considerado um mestre do jornalismo luandense do último quartel do século XIX.