A ‘ética do jornalismo’ pode admitir participação e conivência com o crime?
MÍDIA PROCLAMA: "SOMOS TODOS POLICARPOS"
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/85950/M%...
EM MENOS DE 24 HORAS, RELATÓRIO DA CPI DO CACHOEIRA CONSEGUIU PROVOCAR UMA REAÇÃO INÉDITA DOS GRANDES MEIOS COMUNICAÇÃO BRASILEIROS: EDITORIAIS DO ‘ESTADO’, DE FRANCISCO MESQUITA NETO, E DA ‘FOLHA’, DE OTÁVIO FRIAS, UMA CAPA DO ‘GLOBO’, DE JOÃO ROBERTO MARINHO, ALÉM DE ARTIGOS DE MERVAL PEREIRA E RICARDO NOBLAT.
TUDO POR CONTA DA PROPOSTA DE INDICIAMENTO DO JORNALISTA POLICARPO JÚNIOR, DE ‘VEJA’, DE ROBERTO CIVITA, POR FORMAÇÃO DE QUADRILHA, EM RAZÃO DE SEU ESTREITO VÍNCULO COM O BICHEIRO CARLOS CACHOEIRA.
22 de Novembro de 2012 às 07:57
http://www.brasil247.com/pt/247/midiatech/85950/m%...
247 - O relatório do deputado Odair Cunha (PT-MG), que será lido às 10h30 desta quinta-feira, conseguiu demonstrar o poder de fogo dos grandes meios de comunicação brasileiros. Em menos de 24 horas, os principais jornais do País enfileiraram suas tropas e apontaram os canhões na direção do relator da CPI. O deputado Odair, como se sabe, ultrapassou uma linha perigosa, ao propor o indiciamento de cinco jornalistas e investigações a respeito da conduta de outros seis profissionais de imprensa (leia mais aqui).
O caso emblemático é o do jornalista Policarpo Júnior. Odair demonstra que o diretor de Veja tinha ciência de estar servindo a interesses privados de Cachoeira (que apenas eventualmente coincidiam com interesses públicos), valendo-se muitas vezes de munição para suas denúncias obtida por meio de gravações clandestinas ou compradas ilegalmente (como no caso do Hotel Naoum, em Brasília).
O relator também cita exemplos de profissionais que receberam dinheiro, champanhes e outros presentes de Cachoeira para produzir reportagens. Mas, na visão dos grandes grupos privados de comunicação, investigá-los representa uma ameaça à liberdade de expressão. Tanto a Folha como o Estado produziram editoriais a respeito (leia aqui), como colunistas de renome, vide Ricardo Noblat (leia aqui), também condenaram o relatório de Odair Cunha. Foi como se proclamassem, em uníssono: "Somos todos Policarpos". Ou, de outra maneira, "mexeu com ele, mexeu comigo".
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A ‘ética do jornalismo’ pode admitir participação e conivência com o crime?
Pode?
Pode mesmo?
Ou isso é uso criminoso da Liberdade de Imprensa?
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Comments
Deixaram chegar a um estado de coisas que a imprensa é hoje um poder paralelo, sem as responsabilidades de um partido político, sem a ética exigida de ninguém. Os fatos estão aí para a imprensa desse país usar de acordo com o que lhe parece conveniente, para interferir nas decisões, para ameaçar o poder, para desmoralizar os competentes e honestos.
Não deveria!
Beijos meus