A renda dos contribuintes pode aumentar quase 2% com o fim da CPMF. Olha o que avalia o IBPT:
A renda dos contribuintes brasileiros vai aumentar 1,9% graças ao fim da CPMF. É o que aponta o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Segundo o presidente da entidade, Gilberto Luiz do Amaral, este era o percentual que a contribuição levava do rendimento bruto dos trabalhadores.
Pelos cálculos do IBPT, a CPMF custa 2,3% para quem ganha R$ 1 mil. Com o fim do tributo, os contribuintes terão R$ 276 a mais por ano. Já para quem tem renda de R$ 100 mil, a alíquota é de cerca de 1,2%. Se não pagar o imposto, esse contribuinte deixará de pagar R$ 14,4 mil no ano.
Dos 1,9% despendidos com a CPMF, Amaral acredita que o brasileiro gasta 1,7 ponto percentual no consumo e 0,2 ponto percentual nas movimentações financeiras. Segundo a especialista em direito tributário, Tiziane Machado, a sociedade precisa cobrar das empresas redução nos preços dos produtos e dos serviços. "Elas (empresas) tendem a se ajustar a redução desses custos", disse. "Isso deve ser considerado pelas empresas e cobrado pela sociedade", concluiu.
Em quase todos os paÃses citados os IDBs fracassaram como instrumento de arrecadação, ou porque foram criados com alÃquotas muito altas, ou porque suas bases de incidência incluÃam operações que inviabilizaram a existência dos seus respectivos sistemas bancários. O Brasil pode ter constituÃdo um caso anormalmente propÃcio para a cobrança deste imposto, dado que seu sistema financeiro, após longo perÃodo hiperinflacionário, ainda não seria capaz de cumprir algumas de suas principais tarefas: intermediar e prover liquidez.
Eventuais benefÃcios desta contribuição dificilmente justificariam os malefÃcios econômicos por ela causados. Há muitos motivos portanto para que se questione a qualidade da CPMF como instrumento de arrecadação.
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A renda dos contribuintes pode aumentar quase 2% com o fim da CPMF. Olha o que avalia o IBPT:
A renda dos contribuintes brasileiros vai aumentar 1,9% graças ao fim da CPMF. É o que aponta o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário). Segundo o presidente da entidade, Gilberto Luiz do Amaral, este era o percentual que a contribuição levava do rendimento bruto dos trabalhadores.
Pelos cálculos do IBPT, a CPMF custa 2,3% para quem ganha R$ 1 mil. Com o fim do tributo, os contribuintes terão R$ 276 a mais por ano. Já para quem tem renda de R$ 100 mil, a alíquota é de cerca de 1,2%. Se não pagar o imposto, esse contribuinte deixará de pagar R$ 14,4 mil no ano.
Dos 1,9% despendidos com a CPMF, Amaral acredita que o brasileiro gasta 1,7 ponto percentual no consumo e 0,2 ponto percentual nas movimentações financeiras. Segundo a especialista em direito tributário, Tiziane Machado, a sociedade precisa cobrar das empresas redução nos preços dos produtos e dos serviços. "Elas (empresas) tendem a se ajustar a redução desses custos", disse. "Isso deve ser considerado pelas empresas e cobrado pela sociedade", concluiu.
menos gastança do governo, mais dinheiro no bolso do povo. chega de impostos escorchantes sem retorno. O Serra e o Aécio me decepcionaram profundamente ficando a favor da CPMF. E assim com eu, muitas pessoas com quem andei conversando e que seriam eleitores fiéis deles ( e agora não votarão mais). Com uma oposição dessas, não é atoa que o Lula, mesmo apedeuta, deita e r.ola.
Um dos efeito é que deixei de me sentir como um palhaço. Enquanto a CPMF esteve em vigor, sempre me senti um ao assinar um cheque.
O “imposto do cheque” foi criado em 26 de agosto de 1993, em caráter provisório, com alÃquotas que variaram entre 0,2 e 0,38% ao longo dos anos. A contribuição foi prorrogada algumas vezes, nunca tendo porém adquirido caráter permanente.
Nota-se assim que a história do “imposto do cheque” já seria longa o suficiente para permitir a análise dos seus efeitos sobre a economia. O trabalho “Os Impactos Econômicos da CPMF: Teoria e Evidência”, parte da série Trabalhos para Discussão, disponÃvel no site do Banco Central (www.bcb.gov.br), tenta fazê-lo.
Internacionalmente a CPMF é conhecida como um imposto sobre débitos bancários (IDB). O Brasil não foi o único paÃs a utilizar um IDB como instrumento de arrecadação. A Austrália, a Argentina, o Peru, a Venezuela, a Colômbia e o Equador já empregaram IDBs em seus sistemas tributários. A Austrália foi, provavelmente, o primeiro paÃs a adotar um IDB, em 1983, onde o imposto recebeu o apelido de “BAD Tax”, acrônimo para “Bank Account Debits Tax”.
Em quase todos os paÃses citados os IDBs fracassaram como instrumento de arrecadação, ou porque foram criados com alÃquotas muito altas, ou porque suas bases de incidência incluÃam operações que inviabilizaram a existência dos seus respectivos sistemas bancários. O Brasil pode ter constituÃdo um caso anormalmente propÃcio para a cobrança deste imposto, dado que seu sistema financeiro, após longo perÃodo hiperinflacionário, ainda não seria capaz de cumprir algumas de suas principais tarefas: intermediar e prover liquidez.
A CPMF pode ser vista como um tributo sobre a intermediação e a liquidez. Desincentiva, juntamente com outros fatores, a expansão do sistema de crédito no Brasil. Ao mesmo tempo, pune o investimento, tanto diretamente quanto ao tributar a rotatividade do capital. à bom notar que, por não manter relação com a capacidade de pagamento dos agentes, a CPMF pode ser injusta e regressiva.
Alega-se que a CPMF incidiria sobre a economia informal e que não seria facilmente sonegável. Tais argumentos, nunca demonstrados factualmente, deveriam ser questionados. Como a CPMF incide sobre o pagamento de outros impostos, acaba incidindo desproporcionalmente sobre o bom contribuinte. Além disso, a grande falha da CPMF é incidir sobre um serviço facilmente substituÃvel, que é o serviço de débitos bancários. à razoável crer que agentes econômicos atuando na informalidade dependam proporcionalmente menos de serviços bancários.
Sabe-se que o bom imposto é aquele cuja base pouco varia com a tributação. Este princÃpio geral de Finanças Públicas mantém estreita relação com a questão levantada no parágrafo anterior. Se a CPMF fosse um bom imposto, o volume tributável de débitos bancários não cairia com o aumento da alÃquota. Ou seja, se os serviços bancários não fossem facilmente substituÃveis, então a base de incidência não reagiria à CPMF.
Tal questão pode ser facilmente investigada. O autor utiliza análise econometrica no trabalho já citado para provar que a base de incidência da CPMF reage à alÃquota, mostrando assim que a CPMF é um mau imposto. A simples inspeção dos dados reflete isto: quando a alÃquota da CPMF foi igual a 0,2%, a base de incidência correspondeu a aproximadamente 4,4 vezes o PIB. Quando a alÃquota foi aumentada para 0,38%, a base de incidência encolheu para aproximadamente 3,7 vezes o PIB. Esta substancial redução demonstra que a desintermediação e a iliquidez causadas pela CPMF são fenômenos observáveis. Isto implica, também, em elevadas perdas de peso morto (“deadweight losses”), se comparadas à s perdas geradas por impostos clássicos, relativamente à s respectivas arrecadações.
Pode-se demonstrar também que, com base num modelo de equilÃbrio geral, a CPMF teria a capacidade de majorar as taxas de juros reais. Este efeito seria o resultado principalmente, e diferentemente de outros impostos, da recuperação, por arbitragem, de perdas causadas pela tributação da rotatividade dos ativos. Assim, os ativos com maior rotatividade na origem dos recursos seriam aqueles mais atingidos pela CPMF.
A CPMF seria um dos fatores responsáveis pelas altas taxas de juros brasileiras, principalmente nas operações de curto prazo. A análise dos dados indica que é grande a possibilidade de que tal efeito esteja presente. Uma conseqüência desta particularidade da CPMF seria o aumento do custo de financiamento dos governos. Como a taxa de juros pode subir, parte da receita gerada por esta contribuição seria perdida na forma de maiores pagamentos de juros.
Eventuais benefÃcios desta contribuição dificilmente justificariam os malefÃcios econômicos por ela causados. Há muitos motivos portanto para que se questione a qualidade da CPMF como instrumento de arrecadação.
Sinceramente,tbm queria saber...
Eles dizem que é um imposto do cheque e só afeta aos ricos...Mas sou pobre e nem tenho cheque,o simples movimento da conta bancária já desconta esse imposto.
Estranho né?!?
com o fim da cpmf vai sobrar mas dinheiro nas nossas contas, pouco, mas o suficiente para o governo se tocar e parar de roubar tanto.
efeitos nocivos ao bolso do povo... KKKKK!!!!!
Eu acharia muito bom que isso acontecesse. O governo ia ter que se virar pra funcionar sem esse dinheiro. Já pagamos um ABSURDO de impostos... Governar com dinheiro é fácil: investe 100 milhões aqui, 200 mi para bolsa-familia, fica todo mundo feliz. Quero ver quando eles tiverem que demitir os amigos deles que ficam lá em brasilia coçando o saco...