O PIB e os erros de metodologia.Por que estão fazendo erros de metodologia?
Saiu no Blog do Nassif:
O pibinho foi fruto de erros de metodologia
Autor:
Luis Nassif
Coluna Econômica
Os investimentos ainda não deslancharam e a redução das importações (fruto da demanda fraca) pode ter melhorado o PIB. Mas a divulgação dos dados do terceiro trimestre do ano acabou pegando todos os economistas de calças curtas.
Em artigo no jornal “Valor Econômico”, o economista Chico Lopes (ex-presidente do Banco Central) levantou uma hipótese a ser considerada: o crescimento de 0,6% no último quadrimestre, contra previsão geral de 1% de todo o mercado e do governo, foi fruto de um erro de metodologia de IBGE, ao não entender adequadamente os efeitos da redução do spread bancário no cálculo do índice.
O PIB é uma medida de valor agregado. Isto é, mede de quanto foi o aumento da riqueza em cada setor em determinado período.
No Brasil, os serviços representam 60% do PIB; e os serviços de intermediação financeira 10% dos serviços, ou 6% do PIB. No período, houve um aumento de 17,56% nos empréstimos bancários.
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O IBGE mede o PIB as preços correntes (sem descontar a inflação), depois, em termos reais (descontada a inflação). Para calcular os dados reais, utiliza um índice de preços calculado em cima das contas nacionais, denominado de deflator implícito do PIB.
Nos últimos quatro trimestres – explica Lopes – a preços correntes o PIB aumentou 4,93%; o PIB dos serviços aumentou 7,1%. O deflator implícito do PIB total foi de 4,03%; o dos serviços foi maior, de 1,36%. Descontada a inflação, portanto, o PIB total aumentou 0,87% e o de serviços 1,36%. Até aí, tudo certo.
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As dúvidas do economista surgiram na hora de analisar a contribuição do setor financeiro ao PIB. Nesse período, houve uma notável redução da taxa Selic, derrubando os spreads bancários. E houve um aumento substancial dos empréstimos bancários em 17,56% a preços correntes. Mas houve uma redução na renda bancária devido à redução do spread.
Na hora de medir os dados, o IBGE constatou que o setor financeiro respondeu por -1,02 no cálculo do PIB real, e -4,95% no cálculo a preços correntes.
Indaga Chico Lopes: “Como é possível que a redução das taxas de juros na economia tenha produzido uma redução do volume de serviços financeiros à disposição da população? Como é possível explicar que a queda da Selic tenha tornado o país mais pobre?”.
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Tudo decorre da dificuldade em deflacionar os serviços financeiros, especialmente em períodos de mudança nas taxas de juros e nos spreads bancários.
O IBGE utiliza uma metodologia sugerida em 1993 pelo Sistema de Contas Nacionais da ONU.
A renda do setor financeiro é constituída de tarifas (pela prestação de serviços) e do spread (a diferença entre o custo do empréstimo menos o da captação nas operações de crédito). Para esse segundo caso, a metodologia empregada simplesmente multiplica o spread pelo volume total de crédito. Esse conceito é denominado de FISIM, isto é, “financial intermediation services indirectly measured”.
O problema surge quando se aplica automaticamente o critério em períodos em que há a confluência de três fatores: uma grande remonetização (isto é, aumento da emissão de moeda), expansão do crédito como percentual do PIB e queda importante nas taxas de juros e nos spreads bancários. Esses fatores acabam provocando enorme volatilidade e distorcendo o cálculo do SIFIM.
As distorções do deflator – 1
No Reino Unido, explica Lopes, foram adotadas metodologias justamente para evitar distorções no cálculo do SIFIM, que costuma ser influenciado por alterações dos spreads de juros. Nas notas metodológicas, o IBGE informa que calculou o PIB do setor financeiro a preços constantes, descontando do aumento dos empréstimos o chamado deflator do PIB. É aí que vem a contestação de Chico Lopes.
continuaçõ No:http://www.conversaafiada.com.br/economia/2012/12/...
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Resumo da Novela Lado a Lado – Capítulo de Quarta – Dia 12/12
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Constância se irrita por não encontrar Albertinho na casa de Umberto.
Neusinha culpa Isabel pela plateia vazia do teatro. Albertinho se insinua para uma moça em um bar. Assunção não aceita que Constância rejeite Laura.
Neusinha recebe muitas flores e fica emocionada. Edgar confirma a Zé Maria que João Cândido foi preso. Teresa discute com Praxedes por causa de Eulália. Isabel não conta para Zé Maria que está pensando em viajar.
Edgar entrega vários textos a Guerra, que fica impressionado. Albertinho afirma que vai defender Laura na rua. Caniço encontra Zé Maria conversando com Berenice.