Dois grandes arcos da conquista que se moviam a partir das Antilhas realizaram a subjugação da América continental. Um organizado a partir de Cuba entre 1516 e 1518, atravessou o México de 1519 a 1522, destruindo a confederação asteca, e depois irradiou-se para o norte e para o sul a partir do planalto central mexicano. Em 1524 o movimento para o sul havia-se expandido através da atual Guatemala e El Salvador, mas ainda passariam 20 anos até que os grandes centros em Yucatán caíssem sob algum tipo de domínio espanhol.
Outro arco da conquista, começando no Panamá, deslocou-se por breve período para o norte em 1523-1524 até a Nicarágua, e depois após curta pausa, tomou a rota do Pacifico rumo ao sul para a conquista do império inca. E a partir disso os espanhóis rumaram para o sul da América do Sul para novas conquistas.
Embora as áreas marginais, quer no norte do México, quer no sul da América do Sul se mostrassem rebeldes à dominação, não obstante persiste o fato de que as regiões povoadas por uma população indígena maior e mais densa caíram sob o domínio espanhol no espaço de uma única geração.
No caso das Américas, onde o mundo conquistado logo seria um mundo destruído. Era de qualquer forma, um mundo de infinita variedade, que ia das populações densamente assentadas na Mesoamérica e dos Andes passando por povos sedentaristas da periferia dessas regiões, aos bandos de caçadores e coletores de alimentos, como os que perambulavam pelo norte do México e pelas planícies da Argentina. Entre alguns desses povos, as tradições orais e o folclore mantiveram viva a história da conquista. Entre outros, a memória coletiva foi extinta juntamente com eles próprios. Entre algumas mais notadamente os astecas e os maias, que haviam desenvolvida sistemas de escrita, os episódios da conquista, mantidos vivos na musica e poesia, foram transmitidos aos frades.
Tanto na Mesoamérica quanto no Andes os espanhóis encontraram sociedades acostumadas à guerra em larga escala, embora fosse um estilo de combate totalmente diferente da Europa. As armas de pedra e de madeira não se equiparava ao aço espanhol, a arma que em outras condições eram mortíferas, o tacape dos mexicas se quebravam contra o elmo e a armadura dos espanhóis.
Quando Cortés partiu de Cuba em 1519, com onze navios ele fez com a firme intenção de conquista. As duas expedições anteriores que haviam feito o reconhecimento das costa do México e de Yucatán. As expedições de 1517 e 1718, sob o comando de Córdoba e Juan de Grijalva, haviam sido planejadas apenas com vistas à exploração e ao escambo. Cortés pretendia algo mais ambicioso, após o seu desembarque ele ficou sabendo que existia em algum lugar no interior um poderoso governante, Montezuma, com isso a mente dos espanhóis com essa informação, sugeria uma estratégia: um governante que sozinho tinha o dominio sobre muitos povos, então o objetivo seria inicialmente fazer amizade com Montezuma. Os espanhóis foram recebidos na cidade como convidados. E com isso os espanhóis tomaram Montezuma sob custodia.
As razões que levaram Montezuma a permitir que Cortés entrasse na cidade permanecerão sempre um mistério. Consequentemente, capturando Montezuma, Cortés havia desfechado um golpe devastador no sistema religioso e político dos astecas.
Pizarro como Cortés, foi para o sul até o Peru, o império com que Pizarro se defrontou era mais organizado do que os mexicas. As estruturas políticas inca, com sua demanda continua e meticulosamente regulamentada de mão-de-obra, pesava fortemente sobre os ayllus. Pizarro tira proveito das rivalidades internas do reino, usou também o método, empregado por Cortés no México e pelos conquistadores da América Central, de procurar imediatamente conquistar a simpatia do cacique – neste caso o imperador Atahualpa. O objetivo da captura de Atahualpa, como Montezuma, era transferir a autoridade suprema para as mãos espanholas.
No mundo Maia de Yucatán os espanhóis encontraram outra civilização sofisticada, mas que carecia da unidade política dos impérios inca e asteca. Com isso os espanhóis começaram a lançar uma comunidade contra a outra, mas por outro lado também dificultou os espanhóis, porque não havia um só centro para poderem fazer a dominação total. Francisco de Montejo, iniciou a conquista de Yucatán em 1527, mas até 1540 os espanhóis ainda um controle muito superficial da região, e o interior por mais de um século. Claro se Yucatán tivesse possuído grandes reservas de riqueza, os espanhóis teriam realizado tentativas mais consistentes de conquista.
Após seu primeiro contato com os europeus, a população ameríndia sofreu, em toda parte um declínio demográfico de proporções historicamente excepcionais. No planalto central mexicano Sherbune Cook e Borah propuseram um numero de 25 milhões de habitantes antes da chegada dos espanhóis. Nos períodos de 1519 até 1580 essa taxa pop
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Dois grandes arcos da conquista que se moviam a partir das Antilhas realizaram a subjugação da América continental. Um organizado a partir de Cuba entre 1516 e 1518, atravessou o México de 1519 a 1522, destruindo a confederação asteca, e depois irradiou-se para o norte e para o sul a partir do planalto central mexicano. Em 1524 o movimento para o sul havia-se expandido através da atual Guatemala e El Salvador, mas ainda passariam 20 anos até que os grandes centros em Yucatán caíssem sob algum tipo de domínio espanhol.
Outro arco da conquista, começando no Panamá, deslocou-se por breve período para o norte em 1523-1524 até a Nicarágua, e depois após curta pausa, tomou a rota do Pacifico rumo ao sul para a conquista do império inca. E a partir disso os espanhóis rumaram para o sul da América do Sul para novas conquistas.
Embora as áreas marginais, quer no norte do México, quer no sul da América do Sul se mostrassem rebeldes à dominação, não obstante persiste o fato de que as regiões povoadas por uma população indígena maior e mais densa caíram sob o domínio espanhol no espaço de uma única geração.
No caso das Américas, onde o mundo conquistado logo seria um mundo destruído. Era de qualquer forma, um mundo de infinita variedade, que ia das populações densamente assentadas na Mesoamérica e dos Andes passando por povos sedentaristas da periferia dessas regiões, aos bandos de caçadores e coletores de alimentos, como os que perambulavam pelo norte do México e pelas planícies da Argentina. Entre alguns desses povos, as tradições orais e o folclore mantiveram viva a história da conquista. Entre outros, a memória coletiva foi extinta juntamente com eles próprios. Entre algumas mais notadamente os astecas e os maias, que haviam desenvolvida sistemas de escrita, os episódios da conquista, mantidos vivos na musica e poesia, foram transmitidos aos frades.
Tanto na Mesoamérica quanto no Andes os espanhóis encontraram sociedades acostumadas à guerra em larga escala, embora fosse um estilo de combate totalmente diferente da Europa. As armas de pedra e de madeira não se equiparava ao aço espanhol, a arma que em outras condições eram mortíferas, o tacape dos mexicas se quebravam contra o elmo e a armadura dos espanhóis.
Quando Cortés partiu de Cuba em 1519, com onze navios ele fez com a firme intenção de conquista. As duas expedições anteriores que haviam feito o reconhecimento das costa do México e de Yucatán. As expedições de 1517 e 1718, sob o comando de Córdoba e Juan de Grijalva, haviam sido planejadas apenas com vistas à exploração e ao escambo. Cortés pretendia algo mais ambicioso, após o seu desembarque ele ficou sabendo que existia em algum lugar no interior um poderoso governante, Montezuma, com isso a mente dos espanhóis com essa informação, sugeria uma estratégia: um governante que sozinho tinha o dominio sobre muitos povos, então o objetivo seria inicialmente fazer amizade com Montezuma. Os espanhóis foram recebidos na cidade como convidados. E com isso os espanhóis tomaram Montezuma sob custodia.
As razões que levaram Montezuma a permitir que Cortés entrasse na cidade permanecerão sempre um mistério. Consequentemente, capturando Montezuma, Cortés havia desfechado um golpe devastador no sistema religioso e político dos astecas.
Pizarro como Cortés, foi para o sul até o Peru, o império com que Pizarro se defrontou era mais organizado do que os mexicas. As estruturas políticas inca, com sua demanda continua e meticulosamente regulamentada de mão-de-obra, pesava fortemente sobre os ayllus. Pizarro tira proveito das rivalidades internas do reino, usou também o método, empregado por Cortés no México e pelos conquistadores da América Central, de procurar imediatamente conquistar a simpatia do cacique – neste caso o imperador Atahualpa. O objetivo da captura de Atahualpa, como Montezuma, era transferir a autoridade suprema para as mãos espanholas.
No mundo Maia de Yucatán os espanhóis encontraram outra civilização sofisticada, mas que carecia da unidade política dos impérios inca e asteca. Com isso os espanhóis começaram a lançar uma comunidade contra a outra, mas por outro lado também dificultou os espanhóis, porque não havia um só centro para poderem fazer a dominação total. Francisco de Montejo, iniciou a conquista de Yucatán em 1527, mas até 1540 os espanhóis ainda um controle muito superficial da região, e o interior por mais de um século. Claro se Yucatán tivesse possuído grandes reservas de riqueza, os espanhóis teriam realizado tentativas mais consistentes de conquista.
Após seu primeiro contato com os europeus, a população ameríndia sofreu, em toda parte um declínio demográfico de proporções historicamente excepcionais. No planalto central mexicano Sherbune Cook e Borah propuseram um numero de 25 milhões de habitantes antes da chegada dos espanhóis. Nos períodos de 1519 até 1580 essa taxa pop