O acordo ortográfico entre os países lusófonos é "inútil e desnecessário" e não terá qualquer influência no papel da língua portuguesa em nível internacional.
A essa altura não adianta mais discutir se é ou não benéfico, já foi aprovado. Não gosto da idéia. O custo, neste caso específico, supera o benefício que teoricamente seria a unidade gráfica na língua portuguesa nos oito países onde o idioma é oficial. O acordo também visa incluir o português como língua oficial da ONU (Organização das Nações Unidas). Se é verdade que o idioma precisava disso para ser declarado oficial da ONU tudo bem; mas não sei se a falta do acordo realmente impediria essa adoção. De qualquer maneira ainda não alcança a unidade, porque continuamos com uma série de diferenças entre o Brasil e Portugal e que não podem ser superadas, são marcas de um tempo que passou e que cristalizou as diferenças entre os dois países. Embora os portugueses percam agora as letras mudas, que caracterizavam a grafia do país, como o "c" e o "p", e também na questão de acentos e hífens, continuarão havendo diferenças de prosódia, pronúncia e emissão.
Na transição o problema são as pessoas que estão no meio do processo. Quem irá iniciar com o processo, ou seja, a criança da primeira série ou a pessoa já alfabetizada não sentirão dificuldades. Agora, quem está no meio do processo vai sofrer. Em 1971, quando houve um processo semelhante, existiu muito problema e confusão. Existiam duas grafias circulando por um certo tempo.
Agora ocorrerá o mesmo, teoricamente teremos três anos de prazo para adaptação. Nesse período serão aceitas as duas grafias. Portugal não disse ainda quando vai adotar o acordo, e ainda existe um temor do país recuar, agora, se eles adotarem para valer as novas normas deverão entrar em vigor em 2014. Aqui entraremos cinco anos antes, que acordo de unidade gráfica é esse? No Brasil o acordo já é uma realidade. Ele já foi assinado pelo Presidente da República, e deverá entrar em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.
Não vejo problemas com relação a erros, teremos que nos adaptar a uma questão de grafia de uma parcela pequena de nossas palavras, não é nenhum bicho de sete cabeças, mas é um incômodo.
Vários estudiosos do idioma pátrio tem essa mesma opinião. Mas, como já coloquei, o acordo agora é Lei. Resta-nos administrar a trapalhada que será. Em 1971 estava no início do 1º grau e ainda deu para não sentir tanto; mas agora depois da pós ter de reaprender a escrever de novo é fogo.
- Milhões de dólares a menos sendo gastos com traduções e adaptações por causa das duas grafias;
- Maior integração dos países de língua portuguesa;
- Maior prestígio da língua no mundo, com um documento oficializando vários aspectos que antes eram aleatórios ou intuitivos;
- Eu vou apertar menos vezes a tecla Shift;
- Já tá em voga, não importa o que eu ou qualquer outra pessoa pense, portanto é uma preocupação a menos em minha vida;
- As regras novas são poucas, claras e fáceis. Na verdade 90% do acordo trata de oficializar o que já se usava, quase nada foi alterado na língua, só algumas coisas de acentuação, consoantes mudas (a grande maioria acabou ficando com dupla grafia oficial) e hífen (que ninguém sabia usar direito mesmo).
Desvantagens:
- O envelhecimento precoce dos livros (o que no Brasil nem é tão desvantagem assim, porque quase ninguém lê livros, quem vai sair perdendo são os donos de editoras, mas eu tô tããão preocupado... afinal, eles podem recuperar os prejuízos vendendo cópias do acordo, dicionários e gramáticas novas);
- Portugal ainda está em cima do muro e os portugueses parecem querer boicotar o acordo (o que é um absurdo, já que foram eles que começaram com essa história toda), e pode ser que vá tudo por água abaixo de novo;
- O fim do trema (poxa, eu gostava de pôr os dois pingos no u);
- O acordo podia ser um pouco mais abrangente e facilitar muitos outros aspectos ortográficos que ainda são difíceis de assimilar e usar (em vez de matar o pobre do trema, que estava ali só cumprindo seu papel de vocalizar o u);
- 475.354.698 perguntas no YR sobre o assunto;
- 852.658.967 respostas revoltadas no YR sobre o assunto partindo de gente que nem sabe o que é um acento agudo, que dirá um acordo ortográfico.
Não gostei não,porque ecu já acostumei de escrever assim,quem ainda vai aprender a escrever,vai ser bom porque já vai aprender assim e nós,que já escrevemos dessa forma? Affe'z não gostei de forma alguma,isso é frescura. Bjos
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Cara Petit
O acordo ortográfico entre os países lusófonos é "inútil e desnecessário" e não terá qualquer influência no papel da língua portuguesa em nível internacional.
A essa altura não adianta mais discutir se é ou não benéfico, já foi aprovado. Não gosto da idéia. O custo, neste caso específico, supera o benefício que teoricamente seria a unidade gráfica na língua portuguesa nos oito países onde o idioma é oficial. O acordo também visa incluir o português como língua oficial da ONU (Organização das Nações Unidas). Se é verdade que o idioma precisava disso para ser declarado oficial da ONU tudo bem; mas não sei se a falta do acordo realmente impediria essa adoção. De qualquer maneira ainda não alcança a unidade, porque continuamos com uma série de diferenças entre o Brasil e Portugal e que não podem ser superadas, são marcas de um tempo que passou e que cristalizou as diferenças entre os dois países. Embora os portugueses percam agora as letras mudas, que caracterizavam a grafia do país, como o "c" e o "p", e também na questão de acentos e hífens, continuarão havendo diferenças de prosódia, pronúncia e emissão.
Na transição o problema são as pessoas que estão no meio do processo. Quem irá iniciar com o processo, ou seja, a criança da primeira série ou a pessoa já alfabetizada não sentirão dificuldades. Agora, quem está no meio do processo vai sofrer. Em 1971, quando houve um processo semelhante, existiu muito problema e confusão. Existiam duas grafias circulando por um certo tempo.
Agora ocorrerá o mesmo, teoricamente teremos três anos de prazo para adaptação. Nesse período serão aceitas as duas grafias. Portugal não disse ainda quando vai adotar o acordo, e ainda existe um temor do país recuar, agora, se eles adotarem para valer as novas normas deverão entrar em vigor em 2014. Aqui entraremos cinco anos antes, que acordo de unidade gráfica é esse? No Brasil o acordo já é uma realidade. Ele já foi assinado pelo Presidente da República, e deverá entrar em vigor no dia 1º de janeiro de 2009.
Não vejo problemas com relação a erros, teremos que nos adaptar a uma questão de grafia de uma parcela pequena de nossas palavras, não é nenhum bicho de sete cabeças, mas é um incômodo.
Vários estudiosos do idioma pátrio tem essa mesma opinião. Mas, como já coloquei, o acordo agora é Lei. Resta-nos administrar a trapalhada que será. Em 1971 estava no início do 1º grau e ainda deu para não sentir tanto; mas agora depois da pós ter de reaprender a escrever de novo é fogo.
Vantagens:
- Milhões de dólares a menos sendo gastos com traduções e adaptações por causa das duas grafias;
- Maior integração dos países de língua portuguesa;
- Maior prestígio da língua no mundo, com um documento oficializando vários aspectos que antes eram aleatórios ou intuitivos;
- Eu vou apertar menos vezes a tecla Shift;
- Já tá em voga, não importa o que eu ou qualquer outra pessoa pense, portanto é uma preocupação a menos em minha vida;
- As regras novas são poucas, claras e fáceis. Na verdade 90% do acordo trata de oficializar o que já se usava, quase nada foi alterado na língua, só algumas coisas de acentuação, consoantes mudas (a grande maioria acabou ficando com dupla grafia oficial) e hífen (que ninguém sabia usar direito mesmo).
Desvantagens:
- O envelhecimento precoce dos livros (o que no Brasil nem é tão desvantagem assim, porque quase ninguém lê livros, quem vai sair perdendo são os donos de editoras, mas eu tô tããão preocupado... afinal, eles podem recuperar os prejuízos vendendo cópias do acordo, dicionários e gramáticas novas);
- Portugal ainda está em cima do muro e os portugueses parecem querer boicotar o acordo (o que é um absurdo, já que foram eles que começaram com essa história toda), e pode ser que vá tudo por água abaixo de novo;
- O fim do trema (poxa, eu gostava de pôr os dois pingos no u);
- O acordo podia ser um pouco mais abrangente e facilitar muitos outros aspectos ortográficos que ainda são difíceis de assimilar e usar (em vez de matar o pobre do trema, que estava ali só cumprindo seu papel de vocalizar o u);
- 475.354.698 perguntas no YR sobre o assunto;
- 852.658.967 respostas revoltadas no YR sobre o assunto partindo de gente que nem sabe o que é um acento agudo, que dirá um acordo ortográfico.
Noves fora, zero.
Não gostei não,porque ecu já acostumei de escrever assim,quem ainda vai aprender a escrever,vai ser bom porque já vai aprender assim e nós,que já escrevemos dessa forma? Affe'z não gostei de forma alguma,isso é frescura. Bjos
Na verdade ainda é cedo para tentarmo falar sobre isso.
Eu acho que ganharemos mais se continuarmos estudando para ter e falar um ótimo Português.
As reformas, deixaremos para os metidos se preocuparem.
Basta você ter o hábito de ler e escrever bem que isso não te afetará em nada.
É como pegar ônibus, se o seu mudou de etinerário então acorde mais cedo.
Brincadeira.
Deus tem um plano para o acordo ortográfico, abençoados sejam os professores de portugues!
Eu só vejo vantagem para as Editoras, como os "intelectuais" envolvidos são super dependentes delas...
por mim tanto faz!