Leiam esta carta: "Carta a um amigo"?

Temeram-nos, não feito um louco que borbulha instantes em improvisos de argumentos, ou como um menino que tem a sede mas a água só é dada quando se pede e quem lhe dá é o mesmo que quer só pra si a água pura. Temeram-nos como se teme um mal que pode infestar uma população inteira de macacos, como uma gripe, uma pandemia de um homem só. Deram-nos dimensões de catástrofe, nos honraram acusando-nos de sermos um Cataclismo, o cisto no seio da mulher idosa que se chama sociedade. Temeram-nos como se teme um silêncio sombrio seguido dos lânguidos gritos estilhados entre os becos de consciência e moral, nos culparam pela fabricação da Bomba Ética que explodiu nos congressos em tempos esquecidos e contaram a fábula indecente de que tínhamos armas de destruição em massa. Temeram-nos como temem os grandes pequenos que ousaram desafiar a sua soberania tirânica, tentaram massacrar nosso ego como fizeram com os corpos frágeis porém indomáveis daquele povo. Temeram-nos como o ranger dos dentes daqueles que se opõem a missão que por ambição tomaram para si: a de serem os mensageiros da paz, de uma sociedade voltada a eles sem autonomia política e expressão mundial, como temem a voz daquele leão que ruge escondido em seu curral, como teme aquele que se levantou em seu quintal. E jogaram terra em cima de nós como tentaram abafar a vinda de um novo mundo mais igualitário e justo. E como o dinheiro é tudo no mundo por eles fabricado conseguiram impedir o progresso da civilização, inclusive se julgando o melhor povo, desde a exterminação da cultura em pedra até a ambição ariana e o terrível holocausto. Por isso temeram-nos e não nos trataram como os seres dóceis e carinhosos que plantaram na palestina para se apropriar da água suja que lhes move, minaram o que nós queríamos atingir, mandaram promulgar um toque de recolher ao inverso, liberaram todos os tipos de libertinagens na televisão e fizeram uma verdadeira lavagem cerebral, eliminando o senso critico dos povos que ainda querem fazer acontecer a Revolução. Hoje são poucos os que ainda são temidos e combatidos, até quem um dia colocou sobre o peito a bandeira da causa foi corrompido pela ganância e a corrupção. Mas temeram-nos, podemos nos levantar se conservarmos no espírito a amizade e a consciência de que todos somos iguais independentes de crédulos ou postulados. E vão nos temer até o juízo final, onde bradaremos pela revolução, no calor da batalha quando empunharmos a força do povo oprimido e sofrido nos temerão suando frio perante nossos olhos sedentos de justiça, nos temerão meu amigo a ferro e a fogo...

Comments

  • Primeiro levaram os negros

    Mas não me importei com isso

    Eu não era negro

    Em seguida levaram alguns operários

    Mas não me importei com isso

    Eu também não era operário

    Depois prenderam os miseráveis

    Mas não me importei com isso

    Porque eu não sou miserável

    Depois agarraram uns desempregados

    Mas como tenho meu emprego

    Também não me importei

    Agora estão me levando

    Mas já é tarde.

    Como eu não me importei com ninguém

    Ninguém se importa comigo.

    BB

  • Carta interessante !

    acho que é assim !

  • Nossa! bela e e real.Mas, eu ainda acredito na força do povo.Há uma música regisiosa que dizz;"Eu acredito que o mundo será melhor quando menor acreditar no menor...."

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