Devido a um fenômeno linguístico muito comum no português, chamado rotacização.
Se você prestar bem atenção, o ponto de articulação (ou seja, o lugar onde a língua encosta pra fazer o som) do r e do l são praticamente idênticos. Diga lerê-lerê em voz alta pra perceber isso. O r é um pouquinho mais palatal (no céu da boca) e o l um pouquinho mais à frente, mais alveolar (na parte enrugada atrás dos dentes). Mas a articulação é praticamente a mesma.
Só que o esforço muscular da língua pra fazer os dois sons depende da vogal. E essa é uma possível explicação para o seu caso. Parece idiotice mas é sério. Na palavra pílula, a vogal que vem antes do l é um i, uma vogal mais fechada. E em cérebro, antes do r temos um é, bem aberto. Com a boca aberta fica mais fácil tocar o alvéolo do que o palato. Com a boca mais fechada, acontece o contrário. Por isso é mais "gostoso" dar uma de Cebolinha.
Experimente trocar as vogais e as consoantes. Pílula agora vira pé****. E cérebro agora vira cílibro. Não é mais "gostoso" falar pélola e círibro?
Os r e l do português estão em constante mutação. Antigamente, o correto era:
Blás - playa - frecha - frolido
Brás, praia e flecha soavam tão horrorosos aos cultos como soam hoje célebro e pobrema. "Frolido" aparece nos livros de Machado de Assis, em vez de "florido", pode procurar. "Florido" era um erro grotesco, de gente "analfabeta", "caipira", "burra", a quem eram recomendados fonoaudiólogos. Vai falar "frolido" hoje em dia!
E esse é só um dos fenômenos fonéticos do português. Existem vários.
Antes que me encham de thumbs down, vou avisando que não inventei nada disso. Qualquer pessoa que estudou um pouquinho de linguística e fonética conhece esses fenômenos. No Brasil existe essa divisão idiomática baseada em classes sociais, porque é uma nação muito preconceituosa, na qual ricos odeiam pobres. Contudo, por mais que se indignem os "cultos", não é possível conter as mudanças linguísticas. É idiotice achar que só porque é diferente significa que é errado.
Daqui a cem anos, veremos quem é que sabe das coisas.
acho que é a Fonética...Existem palavras que para algumas pessoas são impronunciáveis...célebro, cabeleireira, palarelepipedo entre outras. O cérebro comanda a voz, porém o comando não segue o que foi aprendido.
é questão de fonética, as pronúncias rá ré são mais fáceis que as lá lé, quem não consegue deve procurar um fonoaudiólogo, geralmente corrige-se com exercícios de pronúncia.
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Devido a um fenômeno linguístico muito comum no português, chamado rotacização.
Se você prestar bem atenção, o ponto de articulação (ou seja, o lugar onde a língua encosta pra fazer o som) do r e do l são praticamente idênticos. Diga lerê-lerê em voz alta pra perceber isso. O r é um pouquinho mais palatal (no céu da boca) e o l um pouquinho mais à frente, mais alveolar (na parte enrugada atrás dos dentes). Mas a articulação é praticamente a mesma.
Só que o esforço muscular da língua pra fazer os dois sons depende da vogal. E essa é uma possível explicação para o seu caso. Parece idiotice mas é sério. Na palavra pílula, a vogal que vem antes do l é um i, uma vogal mais fechada. E em cérebro, antes do r temos um é, bem aberto. Com a boca aberta fica mais fácil tocar o alvéolo do que o palato. Com a boca mais fechada, acontece o contrário. Por isso é mais "gostoso" dar uma de Cebolinha.
Experimente trocar as vogais e as consoantes. Pílula agora vira pé****. E cérebro agora vira cílibro. Não é mais "gostoso" falar pélola e círibro?
Os r e l do português estão em constante mutação. Antigamente, o correto era:
Blás - playa - frecha - frolido
Brás, praia e flecha soavam tão horrorosos aos cultos como soam hoje célebro e pobrema. "Frolido" aparece nos livros de Machado de Assis, em vez de "florido", pode procurar. "Florido" era um erro grotesco, de gente "analfabeta", "caipira", "burra", a quem eram recomendados fonoaudiólogos. Vai falar "frolido" hoje em dia!
E esse é só um dos fenômenos fonéticos do português. Existem vários.
Antes que me encham de thumbs down, vou avisando que não inventei nada disso. Qualquer pessoa que estudou um pouquinho de linguística e fonética conhece esses fenômenos. No Brasil existe essa divisão idiomática baseada em classes sociais, porque é uma nação muito preconceituosa, na qual ricos odeiam pobres. Contudo, por mais que se indignem os "cultos", não é possível conter as mudanças linguísticas. É idiotice achar que só porque é diferente significa que é errado.
Daqui a cem anos, veremos quem é que sabe das coisas.
É COSTUME COMO AQUI EM MINAS QUE FALAMOS FURUNCO E NAO FURUNCULO COMO EM OUTROS LUGARES KKK
acho que é a Fonética...Existem palavras que para algumas pessoas são impronunciáveis...célebro, cabeleireira, palarelepipedo entre outras. O cérebro comanda a voz, porém o comando não segue o que foi aprendido.
bjkas !!!
é questão de fonética, as pronúncias rá ré são mais fáceis que as lá lé, quem não consegue deve procurar um fonoaudiólogo, geralmente corrige-se com exercícios de pronúncia.
Por que tudo que é errado e proibido o povo gosta
(6)
o/
PoRRque Noiiiss e Anarrfabeto!!!
eu naum acho +gostoso naum, rs...falo essas palavras corretamente
mas tenho uma amiga q ja ta na 2ªfaculdade, ganha qse 5 mil por mês e fala salxicha e célebro.
Pode até ser gostoso, mas falar errado é muito mau.
-v/c acha????
pelo visto vc ainda não conhece o cérbero