Informações: Descoberto por JA Afrvedson em 1817 em Estocolmo, Suécia. Os minerais mais importantes são a Spodumena (LiAlSi206) e a petalita (LiAlSi4O10). O metal é obtido por redução eletrolítica , geralmente de uma mistura de haletos fundidos ou hidróxidos. Assim, o lítio é produzido de uma mistura de LiCl-KCl, na qual o KCl serve para abaixar o ponto de fusão.
Propriedades: Litio é um metal prateado suave que é um bom condutor de eletricidade e térmico. O lítio é muito reativo, e assim normalmente é armazenado em óleo. É o elemento sólido mais claro.
Usos: Hoje o lítio está sendo usado na fabricação de baterias recarregáveis, e em plataformas espaciais onde remove gás carbônico de ar.
Função Biológica: Tem relativamente baixa toxicidade. É usado, como um sal, no tratamento de depressão maníaca. O mecanismo de ação neste tratamento ainda é desconhecido. Porém, pode causar deformidade no feto ao nascer.
Na pressa de construir a próxima geração de carros elétricos híbridos, um fato se impõe perante a indústria automobilística e os governos que buscam independência do petróleo: quase metade do lítio do mundo, o mineral usado na confecção de baterias para os carros, é encontrado na Bolívia – um país que não vai vendê-lo com facilidade.
Empresas do Japão e da Europa estão trabalhando duro para conseguir contratos que lhes permitam exploração do recurso, mas um sentimento nacionalista com relação ao lítio está tomando o governo do presidente Evo Morales.
As reservas de gás bolivianas estão nas províncias próximas ao Brasil, onde vivem aqueles que Evo Morales costuma chamar de elite branca. A nova Constituição dá alguma autonomia às províncias. O lítio, por outro lado, está na terra ocupada pelos índios. São eles que ditarão as regras de quem, como e quando vai explorar o mineral.
É uma estupenda oportunidade para a Bolívia – mas o país corre o risco de jogá-la pela janela.
As baterias mais duráveis são, sim, feitas à base de lítio. Hoje, existe uma grande indústria no mundo que funciona a base de petróleo e gás. Ainda não existe uma grande indústria que depende do lítio. Mas pode vir a haver. Uma quantidade imensa de dinheiro só será investida nessa possível nova indústria por EUA, Japão e Europa se todos tiverem certeza de que terão lítio à disposição e uma noção razoável de quanto ele custará.
Aí entra a delicada tarefa de Evo Morales. Por um lado, ele não pode, e não deve, entregar um recurso natural de seu país de mão beijada para a exploração estrangeira. Por outro, deve agir como homem de negócios responsável. Deixar claras as regras e os custos claros. Não deve ameaçar ninguém. Se não tiver condições tecnológicas de fazer a exploração com uma empresa estatal, deve firmar contratos com quem souber fazê-lo.
A questão, no fundo, é a seguinte: em algum momento nos próximos anos, uma série de decisões a respeito de combustíveis alternativos serão tomadas. Investir pesadamente em alternativas a baterias de lítio é uma opção. Se Morales parecer instável demais, continuará sentado sob uma quantidade imensa do mineral e quase ninguém estará interessado. Há uma alternativa.
Infelizmente, se a história recente da Bolívia é guia, Evo Morales muito provavelmente a jogará fora.
Atualização – O Hermenauta escreveu mais sobre o assunto.
Tags: América Latina · Energia e Aquecimento global
122 Comentários até agora ↓
1 Sblargh // 4/February/2009 às 0:54
A minha pergunta é se, mesmo querendo, o Evo pode fazer esse tipo de coisa sem ser chamado de traidor pelo seu eleitorado e, mais importante, pela Venezuela.
2 sleo // 4/February/2009 às 1:03
O hermenauta falou disso lá no blogue dele e lembra que boa oparte dessas reservas ficam numa das maravilhas naturais bolivianas, o Salar de Uyuini. Tem um problema ambiental nessa história aí também.
3 Zictor // 4/February/2009 às 1:08
No final das contas, a decisão não será somente dele, haverá outras.
O negócio é torcer pra que a Bolívia não tenha um surto de doença holandesa.
4 Patriarca da Paciência // 4/February/2009 às 1:28
Pois eu não só “acho”, como tenho certeza, que o Evo vem sendo
O lítio (grego lithos, pedra ) é um elemento químico de símbolo Li, número atómico 3 e massa atómica 7 u, contendo na sua estrutura três prótons e três elétrons. Na tabela periódica dos elementos químicos, pertencente ao grupo (ou família) 1 (anteriormente chamado 1A), entre os elementos alcalinos.
Na sua forma pura, é um metal macio, de coloração branco-prateada, que se oxida rapidamente no ar ou na água. É um elemento sólido porém leve, sendo empregado especialmente na produção de ligas metálicas condutoras de calor, em baterias elétricas e, seus sais, no tratamento de transtorno bipolar.
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Informações: Descoberto por JA Afrvedson em 1817 em Estocolmo, Suécia. Os minerais mais importantes são a Spodumena (LiAlSi206) e a petalita (LiAlSi4O10). O metal é obtido por redução eletrolítica , geralmente de uma mistura de haletos fundidos ou hidróxidos. Assim, o lítio é produzido de uma mistura de LiCl-KCl, na qual o KCl serve para abaixar o ponto de fusão.
Propriedades: Litio é um metal prateado suave que é um bom condutor de eletricidade e térmico. O lítio é muito reativo, e assim normalmente é armazenado em óleo. É o elemento sólido mais claro.
Usos: Hoje o lítio está sendo usado na fabricação de baterias recarregáveis, e em plataformas espaciais onde remove gás carbônico de ar.
Função Biológica: Tem relativamente baixa toxicidade. É usado, como um sal, no tratamento de depressão maníaca. O mecanismo de ação neste tratamento ainda é desconhecido. Porém, pode causar deformidade no feto ao nascer.
DADOS:
Ponto de Fusão: 454 K (Kelvin)
Ponto de Ebulição: 1620.0K (Kelvin)
Densidade: 0.53 g/cm3
No. Atômico: 3
Isótopos: 7 ; 6
S.E.P.: -3.04 Li+ILi
u.m.a.: 6.941
Estado de Oxidação: -1; 0; +1
Eletronegatividade: 1.0
Na pressa de construir a próxima geração de carros elétricos híbridos, um fato se impõe perante a indústria automobilística e os governos que buscam independência do petróleo: quase metade do lítio do mundo, o mineral usado na confecção de baterias para os carros, é encontrado na Bolívia – um país que não vai vendê-lo com facilidade.
Empresas do Japão e da Europa estão trabalhando duro para conseguir contratos que lhes permitam exploração do recurso, mas um sentimento nacionalista com relação ao lítio está tomando o governo do presidente Evo Morales.
As reservas de gás bolivianas estão nas províncias próximas ao Brasil, onde vivem aqueles que Evo Morales costuma chamar de elite branca. A nova Constituição dá alguma autonomia às províncias. O lítio, por outro lado, está na terra ocupada pelos índios. São eles que ditarão as regras de quem, como e quando vai explorar o mineral.
É uma estupenda oportunidade para a Bolívia – mas o país corre o risco de jogá-la pela janela.
As baterias mais duráveis são, sim, feitas à base de lítio. Hoje, existe uma grande indústria no mundo que funciona a base de petróleo e gás. Ainda não existe uma grande indústria que depende do lítio. Mas pode vir a haver. Uma quantidade imensa de dinheiro só será investida nessa possível nova indústria por EUA, Japão e Europa se todos tiverem certeza de que terão lítio à disposição e uma noção razoável de quanto ele custará.
Aí entra a delicada tarefa de Evo Morales. Por um lado, ele não pode, e não deve, entregar um recurso natural de seu país de mão beijada para a exploração estrangeira. Por outro, deve agir como homem de negócios responsável. Deixar claras as regras e os custos claros. Não deve ameaçar ninguém. Se não tiver condições tecnológicas de fazer a exploração com uma empresa estatal, deve firmar contratos com quem souber fazê-lo.
A questão, no fundo, é a seguinte: em algum momento nos próximos anos, uma série de decisões a respeito de combustíveis alternativos serão tomadas. Investir pesadamente em alternativas a baterias de lítio é uma opção. Se Morales parecer instável demais, continuará sentado sob uma quantidade imensa do mineral e quase ninguém estará interessado. Há uma alternativa.
Infelizmente, se a história recente da Bolívia é guia, Evo Morales muito provavelmente a jogará fora.
Atualização – O Hermenauta escreveu mais sobre o assunto.
Tags: América Latina · Energia e Aquecimento global
122 Comentários até agora ↓
1 Sblargh // 4/February/2009 às 0:54
A minha pergunta é se, mesmo querendo, o Evo pode fazer esse tipo de coisa sem ser chamado de traidor pelo seu eleitorado e, mais importante, pela Venezuela.
2 sleo // 4/February/2009 às 1:03
O hermenauta falou disso lá no blogue dele e lembra que boa oparte dessas reservas ficam numa das maravilhas naturais bolivianas, o Salar de Uyuini. Tem um problema ambiental nessa história aí também.
3 Zictor // 4/February/2009 às 1:08
No final das contas, a decisão não será somente dele, haverá outras.
O negócio é torcer pra que a Bolívia não tenha um surto de doença holandesa.
4 Patriarca da Paciência // 4/February/2009 às 1:28
Pois eu não só “acho”, como tenho certeza, que o Evo vem sendo
O lítio (grego lithos, pedra ) é um elemento químico de símbolo Li, número atómico 3 e massa atómica 7 u, contendo na sua estrutura três prótons e três elétrons. Na tabela periódica dos elementos químicos, pertencente ao grupo (ou família) 1 (anteriormente chamado 1A), entre os elementos alcalinos.
Na sua forma pura, é um metal macio, de coloração branco-prateada, que se oxida rapidamente no ar ou na água. É um elemento sólido porém leve, sendo empregado especialmente na produção de ligas metálicas condutoras de calor, em baterias elétricas e, seus sais, no tratamento de transtorno bipolar.