Os argumentos mais comuns contra a renda mínima (mais equivocados também)?

1 - A renda mínima causaria uma revolta nos indivíduos que pagam impostos. (FALSO)

Os próprios pagadores de impostos receberiam uma renda mínima também, TODOS receberiam, então se eles se revoltassem contra a mesma, estariam pedindo redução do próprio salário.

2 - A renda mínima não é meritocracia. (FALSO) Casa, comida, saúde e informação são direitos básicos, e tais direitos não conseguem ser implementados objetivamente através de projetos estatais inúteis. Portanto, uma renda para custear necessidades básicas seria muito mais eficaz, apesar de que os custos também precisam diminuir no caso do Brasil.

3 - Não existirá motivação na renda mínima. (FALSO) A renda mínima será uma tremenda motivação para aqueles que querem aumentar sua renda, portanto eles se esforçarão na mesma eficiência que se esforçariam em um capitalismo atual, pois esses indivíduos visam uma contribuição financeira para eles mesmos de maneira mais ampla. Trabalho não deve ser forçado, forçar trabalho é um confronto contra a liberdade individual alheia, especialmente quando o trabalho não é exercido para uma contribuição social, mas na maioria das vezes para sustentar involuntariamente o mercado e o governo.

3 - A renda mínima levaria ao colapso do mercado (FALSO). Aquela área que precisa de trabalhadores iria achar com mais facilidade, devido a voluntariedade em jogo e a pouca intervenção. Quanto mais ofertas, melhor seria o número de pessoas produtivas.

4 - E se todo mundo parasse de trabalhar?

Se todos parassem de trabalhar, então algo está errado com o sistema trabalhista atual, e este erro precisa ser consertado.

Claro, o sistema de renda mínima é infuncional na sociedade atual, pois não vivemos em uma meritocracia, mas sim em uma imposição capitalista que se diz libertária. No entanto, o sistema de renda mínima SÓ conseguiria operar em uma sociedade voluntária, onde o trabalho não é exercido pela obrigatoriedade, mas sim pela contribuição que pode emergir dele.

Esquerda, socialismo? Só na mente involuída de conservadores cristãos de classe média que se auto-intitulam capitalistas selvagens. Renda mínima é a possibilidade de escolher, e a garantia de uma competição justa, de onde os competidores partem de boas condições e assim conseguem prosperar baseando-se no mérito, e não no lucro (o que acontece no capitalismo atual). Ainda melhor será o fato de que o trabalho não será feito somente para sustentar hierarquias, mas também para a contribuição individual e coletiva. Lembrando que TODOS (o sujeito do mais alto e mais baixo grau econômico) receberiam esta renda. No mais, assistam este vídeo, ele explica bem sobre como seria a economia com a renda mínima:

Sejam livres para opinar se quiserem. Me ataquem pessoalmente se quiserem também e preferencialmente opinem inteligentemente.

Update:

Não estou condenando o lucro, só estou dizendo que ele não deve vir antes do conteúdo e do mérito. E nesta proposta que eu postei, ele só viria se existisse mérito e conteúdo, pois todos partiriam de um condicionamento justo que faria a competição justa.

Renda individual e coletiva existem sim, pois alguns indivíduos que estão limitados pela sua estrutura social não conseguirão obter o suficiente devido á falta de cooperação estatal com os mesmos. E o "se vire" neste caso não levará á nada.

Comments

  • De qual renda mínima você fala? existe algumas rendas mínimas proposto pelos economistas como Hayek e Milton Friedman que eu acho interessante, que é diferente desse assistencialismo petralha que tira recursos do setor produtivo para dar para setores que improdutivos visando as próximas eleições. Eu concordo que programas de assistência monetária direta do tipo "imposto de renda negativo" são uma forma mais eficaz de "combater" a miséria do que alternativas do tipo distribuição de rações e outros serviços.

    Milton Friedman defendia isso. Em particular, ele defendia a privatização das escolas publicas, e a distribuição de cheques para cada família empregar na educação de seus filhos, e o mesmo para serviços de saúde e etc.

    Isso permitiria uma industria privada se organizar e competir pelo mercado artificialmente criado pela assistência monetária aos miseráveis, reduzindo a quantidade de decisões a serem tomadas por burocratas.

    A objeção obvia e a de que os pobres usariam esses recursos para beber pinga e não trabalhar. E de fato, isso e verdade para muitos deles. Mas outros aprenderiam a tomar decisões com o dinheiro.

    De qualquer maneira, mesmo com alguns pobres usando essas transferências para outros fins que não a amenização de sua própria miséria e de suas famílias, o saldo global seria melhor do que o saldo produzido por burocratas tomando todas as microdecisões no lugar deles.

    Esse sistema me parece muito mais eficaz, entre as alternativas de cunho socialista, porque ele ao menos confere ao miserável a dignidade de decidir como usar o seu dinheiro, e assim permite empregar o agregado das decisões que esses miseráveis tomam com esse dinheiro para formar um mercado muito mais eficiente do que os sistemas de educação e saúde e ração públicos centralizados.

    Cada pobre escolheria suas marcas de comida e produtos domésticos, seus médicos e suas escolas, e pagaria pelo serviço deles com preços de mercado servindo para selecionar os melhores e eliminar os piores.

    No sistema centralizado, esse processo e completamente eliminado e as decisões de burocratas deslocados no espaço e tempo que definem as marcas das cestas básicas, os currículos e profissionais de educação e a qualidade dos serviços médicos prestados a essas populações.

    E claro que esse e no meu ponto de vista um menor dos males.

    Essa alternativa só e a melhor dentro da aceitação da hipótese de que miseráveis continuarão miseráveis se nenhuma medida governamental for tomada no sentido de transferir renda de pessoas mais ricas para eles a forca.

    Essa hipótese me parece completamente inconsequente e em contradição com a historia do processo de enriquecimento de todos os povos do mundo, que atesta que miseráveis saem da miséria quando as barreiras para que as oportunidades de trabalho e enriquecimento que lhes impedem de se desenvolver são removidas, e não quando um sistema de esmolas compulsórias é criado.

  • 1- o problema no Brasil não é o salário ou renda.

    mas sim os altos impostos que encarecem os produtos

    impedindo que o povo tenha acesso a eles e melhore de vida.

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&...

    2- quando o governo estabelece um salário mínimo

    está automaticamente levando pessoas a sair do trabalho formal

    para o trabalho informal (autonômos de rua) ou desemprego.

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&...

    3- condenar o lucro é um erro fatal que condena a sociedade ao retrocesso.

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&...

    4- não existe isso de "renda coletiva, renda nacional"

    o que existe é renda individual e cada qual tem que se preocupar em obter a sua.

    cada qual que se vire.

    ...

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