Porque os Paulistanos estão sofrendo com a falta de trnsporte publico ?

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ALSTON CONTRA ALCKMIN

A última pesquisa do Datafolha mostra Geraldo Alckmin em boa vantagem na disputa pela prefeitura de São Paulo. Ele está em empate técnico com Marta Suplicy no primeiro turno e é o único capaz de vencê-la no segundo turno, por uma margem de dez pontos. Do ponto de vista estratégico, essa é vantagem é até mais importante do que seu desempenho no primeiro turno, pois ninguém acha que a eleição paulistana será resolvida na primeira fase.

A pesquisa é uma ótima notícia para Alckmin, que enfrenta a oposição do próprio José Serra a sua candidatura. Onze, entre os 12 vereadores tucanos, apoiam o prefeito Gilberto Kassab. Uma pesquisa desse tipo pode deixá-los mais animados com o candidato do partido.

O problema é que um fantasma ronda a campanha de Alckmin: a investigação sobre pagamento de propinas da Alston, multinacional francesa, envolvendo a construção do Metrô. A denúncia contra o PSDB paulista é gravíssima: diz que o partido recebeu um suborno de U$ 6,8 milhões entre 1995 e 2003, quando Mário Covas e depois Geraldo Alckmin governavam o Estado, berço e principal vitrine da legenda. Até o momento, o partido tem dito que é “preciso apurar”, reação de curta duração que exige maiores esclarecimentos em breve.

A experiência ensina que as denúncias de corrupção não são o critério decisivo da população para escolher um candidato. A maioria condena a corrupção – mas está convencida de que se trata de uma praga lamentável que acompanha todos os partidos. Por essa razão, sete ministros já deixaram o governo Lula acusados de envolvimento com diversos tipos de malfeitoria mas a popularidade do presidente da República não foi abalada. Pode ser que esse comportamento se repita diante do caso Alston. Pode ser que o candidato do PSDB seja mais prejudicado, porém.

A diferença é que a denúncia não envolve questões distantes do eleitorado, como as votações no Congresso que alimentaram as denúncias do mensalão, por exemplo, mas uma tragédia que é o drama número 1 do paulistano – a questão dos transportes. A ausência do metrô provoca sofrimentos em quem tem carro próprio, e é obrigado a enfrentar a bárbarie de um trânsito sufocante, e também prejudica quem não tem dinheiro nem para o transporte coletivo – e é obrigado a fazer longas jornadas a pé. Para completar, há a memória do acidente na Linha 4 do metrô, ocorrido dias depois do final do mandato de Alckmin.

Num cenário desse tipo, uma denúncia de corrupção pode ser um presente no colo dos adversários. O que você acha?

(enviada por Paulo Moreira Leite)

Comments

  • Relacionar o escandalo mencionado ao problema do transporte público na cidade de São Paulo é, no mínimo, ação puramente eleitoreira.

    Não há dúvida que é preciso apurar os fatos, e punir os culpados, caso comprovado o pagamento de propina. Porém, esses fatos não tiveram impacto nenhum no desenvolvimento das linhas de metrô - quem é paulistano sabe que pela primeira vez duas linhas estão em construção simultâneamente (amarela e ampliação da verde, que quase chega ao ABC). O problema é que a velocidade da construção de tais linhas não acompanha o desenfreado aumento da frota de veículos, este sim o grande problema que tornou o trânsito de São Paulo caótico. O rodízio é uma ideia ultrapassada, que coloca mais carros velhos nas ruas, atrapalhando ainda mais o trânsito.Acho que num lance de oportunismo, estão misturando dois assuntos que não se relacionam.

    Analisando os últimos eventos, especialmente do governo Lula, diria que esses fatos, mesmo que comprovados, não terão nenhum impacto na campanha de Alckmin. Os maiores adversários de Alckmin não estão no PT, mas no DEM e no próprio PSDB, que numa disputa patética fazem com que os adversários políticos ganhem força.

  • Quem manda nascer pobre,né?!!!

  • Porque paulista é tudo "Mala sem alça"

    Tem mais é que sofrer, mesmo, caramba!

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