Senti o clima tenso, confesso que é mesmo polêmico, nem sempre sendo bem recebido pelos amigos do YR. Nem todos toleram com civilidade, a necessidade de discutir um assunto sério.
Muitos pensam que o YR , deve ser apenas diversão, limitando o uso dessa importante ferramenta.
Vou propor uma forma e peço sua tolerância.
De especial interesse para refletir sua pergunta de agora (sei que ela é fruto de outra duas bombásticas), é conhecer o princípio da igualdade segundo Aristotéles.
Você pode me dizer:-
-Léxis, não enche o saco, quero só saber se é preconceito contra ex-presidiários e você fica enchendo linguiça racionalizando.
Eu teria que pedir paciência:-
-Homem, pensa comigo. Talvéz nos dois juntos possamos somar para COMPRENDER e não para CONVENCER um ao outro.
Uma coisa é uma coisa, e deve ser tratada como tal.
Outra coisa é outra coisa, e também, mereçe ser tratada como tal.
Não é justo tratar coisas iguais de formas desiguais.
Não é justo tratar coisas diferentes como se iguais fossem.
Como saber dintinguir entre o trigo e o joio, entre o alho e o bugalho ou entre o gato e a lebre.
Eis a questão:-
Aristotéles, ensina que só existe uma forma capaz, a "Virtude".
Para você não me mandar a merd@, lhe digo que Aristotéles, foi tão incrivel que no final de sua vida teve que admitir ser até a Virtude, atributo que deveria ser ponderado pelo bom senso. Virtude em demasia é indício de leviandade.
Ele propõe formas de proporcionalidade para tratar o assunto com a devida justiça que mereçe quando:-
uma coisa é uma coisa e, quando uma coisa é outra coisa.
Observe que ele usa o critério da proporcionalidade para conseguir fazer justiça, sem PRECONCEITOS, sem EGOS e sem JUÍZO DO SENSO COMUM de valores, que podem ocorrer quando estamos de cabeça quente, ou quando passamos por uma situação de vítima em atos criminosos como roubo, atentados, assalto etc.
Para saber avaliar (se um ex-presidiário merece ter chance ou não) se uma coisa é uma coisa, ou se uma coisa é outra coisa devemos tentar encaixar a texto no contexto, ou seja o fato (motivo gerador da detenção) no ato (circunstâncias geradoras da regeneração, que pode ir além do cumprimento da pena, ser por bom comportamento, trabalhos sociais etc).
Bem vamos analisar conforme Aristotéles ensina:-
Podemos considerar os ex-presidiarios por igualdade numérica ou absoluta (tudo igual para todos): seria a distribuição de benefícios e ônus, em partes idênticas, a todos, criticável do ponto de vista da inverificabilidade. Não há notícia de Sociedade que não tenha efetuado alguma espécie de discriminação (nem de normas que assim não procedam: portanto, toda regra de distribuição seria desigualitária). Mas esta concepção tem alguma relação com a promessa feita nas declarações de direitos fundamentais, que, pelo menos em aparência, atribuiriam-nos equanimemente a todos;
Podemos considerar os ex-presidiários por igualdade proporcional (ou proporcional-quantitativa: a cada qual e de cada qual segundo certas características de grau variável):- é a atribuição de benefícios maiores aos mais necessitados e ônus progressivos aos mais aquinhoados. A aplicação deste princípio depende da existência de uma regra de distribuição, cujo critério de materialização mais ou menos intensa a determine. Mas, neste caso, toda norma geral seria igualitária, por conter na hipótese elemento descritivo que serve de pauta à intensidade da distribuição;
Podemos considerar os ex-presidiários por igualdade proporcional pelo mérito (a cada qual segundo seu merecimento):- é uma variante da anterior, mas se tomando como característica decisiva o mérito individual relativo. O problema está na subjetividade da avaliação do mérito pessoal (é mais fácil determinar o valor relativo de coisas do que de pessoas), a reclamar a intermediação de critérios definidores, com o que, mais uma vez se reduz este caso ao da igualdade proporcional geral;
Podemos considerar os ex-presidiários por igualdade pelas partes iguais ou proporcional-qualitativa (o igual aos iguais e o desigual aos desiguais):- se tomado nesta pureza, resultaria, de novo, em que toda norma fosse igualitária, pois esta atribui ou exige conforme o atributo que designa como relevante, para identificar semelhança ou diferença;
Como vimos, a igualdade perante a "norma" poderia, em tese, ser atendida mediante qualquer das concepções elencadas, mas não a igualdade "na norma", posto que no caso (a) ela é desnecessária e nos demais casos a aplicação do princípio reclamaria a intermediação de uma regra de distribuição, julgar caso por caso. Isso em tese é bonito mas inviável a nivel de Brasil.
De modo que toda norma, enquanto condição sine qua non de realização do princípio, seria igualitária (sob um certo ponto de vista).
Resumindo, é possivel se definir critérios para não fazer com que todas as coisas sejam iguais a coisa (ou vice verso), mas para ter paramêtro de julgamento sobre a intensidade com que faremos as distinções é necessário ponderar com virtude.
Considero você prá caramba, não tenho medo de expor minha forma de pensar, se uso Aristotéles, não é para me esconder atrás dele. Mas para que serve o pensamento se não para nos ajudar a ir além, você e eu temos preconceitos sim. Cabe a nós ponderarmos se quisermos renovação.
Boa parte da minha vida trabalhei na área penal e lhe garanto que 99% dos ex-presidiários são considerados irrecuperáveis. Muitos daqueles que teriam alguma chance de recuperação, perdem-na durante o cumprimento da pena, até mesmo por uma questão de sobrevivência no sistema prisional tupiniquim. Outros, retornam ao crime por falta de oportunidades aqui fora, mas são uma pequena parcela.
Você generalizou as perguntas e a generalização sim, é preconceituosa. Nesse assunto, eu não tenho preconceito. Me previno. Cada caso é um caso.
Meu amigo, acho que não é preconceito, no mundo violento em que vivemos, infelizmente sempre colocamos o pé atrás para uma tomada de decisão como esta. Um abraço.
Não sei se de fato é um preconceito, acho q é apenas alguma forma de medo, pois sabemos muito bem como esta o mundo hoje em dia. Então seria um receio ou algo assim.
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Li as perguntas. Conheçi sua opinião.
Senti o clima tenso, confesso que é mesmo polêmico, nem sempre sendo bem recebido pelos amigos do YR. Nem todos toleram com civilidade, a necessidade de discutir um assunto sério.
Muitos pensam que o YR , deve ser apenas diversão, limitando o uso dessa importante ferramenta.
Vou propor uma forma e peço sua tolerância.
De especial interesse para refletir sua pergunta de agora (sei que ela é fruto de outra duas bombásticas), é conhecer o princípio da igualdade segundo Aristotéles.
Você pode me dizer:-
-Léxis, não enche o saco, quero só saber se é preconceito contra ex-presidiários e você fica enchendo linguiça racionalizando.
Eu teria que pedir paciência:-
-Homem, pensa comigo. Talvéz nos dois juntos possamos somar para COMPRENDER e não para CONVENCER um ao outro.
Uma coisa é uma coisa, e deve ser tratada como tal.
Outra coisa é outra coisa, e também, mereçe ser tratada como tal.
Não é justo tratar coisas iguais de formas desiguais.
Não é justo tratar coisas diferentes como se iguais fossem.
Como saber dintinguir entre o trigo e o joio, entre o alho e o bugalho ou entre o gato e a lebre.
Eis a questão:-
Aristotéles, ensina que só existe uma forma capaz, a "Virtude".
Para você não me mandar a merd@, lhe digo que Aristotéles, foi tão incrivel que no final de sua vida teve que admitir ser até a Virtude, atributo que deveria ser ponderado pelo bom senso. Virtude em demasia é indício de leviandade.
Ele propõe formas de proporcionalidade para tratar o assunto com a devida justiça que mereçe quando:-
uma coisa é uma coisa e, quando uma coisa é outra coisa.
Observe que ele usa o critério da proporcionalidade para conseguir fazer justiça, sem PRECONCEITOS, sem EGOS e sem JUÍZO DO SENSO COMUM de valores, que podem ocorrer quando estamos de cabeça quente, ou quando passamos por uma situação de vítima em atos criminosos como roubo, atentados, assalto etc.
Para saber avaliar (se um ex-presidiário merece ter chance ou não) se uma coisa é uma coisa, ou se uma coisa é outra coisa devemos tentar encaixar a texto no contexto, ou seja o fato (motivo gerador da detenção) no ato (circunstâncias geradoras da regeneração, que pode ir além do cumprimento da pena, ser por bom comportamento, trabalhos sociais etc).
Bem vamos analisar conforme Aristotéles ensina:-
Podemos considerar os ex-presidiarios por igualdade numérica ou absoluta (tudo igual para todos): seria a distribuição de benefícios e ônus, em partes idênticas, a todos, criticável do ponto de vista da inverificabilidade. Não há notícia de Sociedade que não tenha efetuado alguma espécie de discriminação (nem de normas que assim não procedam: portanto, toda regra de distribuição seria desigualitária). Mas esta concepção tem alguma relação com a promessa feita nas declarações de direitos fundamentais, que, pelo menos em aparência, atribuiriam-nos equanimemente a todos;
Podemos considerar os ex-presidiários por igualdade proporcional (ou proporcional-quantitativa: a cada qual e de cada qual segundo certas características de grau variável):- é a atribuição de benefícios maiores aos mais necessitados e ônus progressivos aos mais aquinhoados. A aplicação deste princípio depende da existência de uma regra de distribuição, cujo critério de materialização mais ou menos intensa a determine. Mas, neste caso, toda norma geral seria igualitária, por conter na hipótese elemento descritivo que serve de pauta à intensidade da distribuição;
Podemos considerar os ex-presidiários por igualdade proporcional pelo mérito (a cada qual segundo seu merecimento):- é uma variante da anterior, mas se tomando como característica decisiva o mérito individual relativo. O problema está na subjetividade da avaliação do mérito pessoal (é mais fácil determinar o valor relativo de coisas do que de pessoas), a reclamar a intermediação de critérios definidores, com o que, mais uma vez se reduz este caso ao da igualdade proporcional geral;
Podemos considerar os ex-presidiários por igualdade pelas partes iguais ou proporcional-qualitativa (o igual aos iguais e o desigual aos desiguais):- se tomado nesta pureza, resultaria, de novo, em que toda norma fosse igualitária, pois esta atribui ou exige conforme o atributo que designa como relevante, para identificar semelhança ou diferença;
Como vimos, a igualdade perante a "norma" poderia, em tese, ser atendida mediante qualquer das concepções elencadas, mas não a igualdade "na norma", posto que no caso (a) ela é desnecessária e nos demais casos a aplicação do princípio reclamaria a intermediação de uma regra de distribuição, julgar caso por caso. Isso em tese é bonito mas inviável a nivel de Brasil.
De modo que toda norma, enquanto condição sine qua non de realização do princípio, seria igualitária (sob um certo ponto de vista).
Resumindo, é possivel se definir critérios para não fazer com que todas as coisas sejam iguais a coisa (ou vice verso), mas para ter paramêtro de julgamento sobre a intensidade com que faremos as distinções é necessário ponderar com virtude.
Considero você prá caramba, não tenho medo de expor minha forma de pensar, se uso Aristotéles, não é para me esconder atrás dele. Mas para que serve o pensamento se não para nos ajudar a ir além, você e eu temos preconceitos sim. Cabe a nós ponderarmos se quisermos renovação.
Com carinho.
Léxis.
Nao diria preconceito mas um certo receio né...
Mas eu defendo que todos merecem uma chance...
Se eles tao a fim de trabalhar pq nao melhor do que roubar ou matar ...
bjos linda tarde pra ti...
É receio.
bjOkas
=D
...boa pergunta!
Acho q é receio...como diz a Mary andrade.....medo, falta d confiança....proteçao.
por q se acontece qulquer coisa, as pss diriam: q q vc esperava de uma pss q saiu da cadeia???
Boa parte da minha vida trabalhei na área penal e lhe garanto que 99% dos ex-presidiários são considerados irrecuperáveis. Muitos daqueles que teriam alguma chance de recuperação, perdem-na durante o cumprimento da pena, até mesmo por uma questão de sobrevivência no sistema prisional tupiniquim. Outros, retornam ao crime por falta de oportunidades aqui fora, mas são uma pequena parcela.
Você generalizou as perguntas e a generalização sim, é preconceituosa. Nesse assunto, eu não tenho preconceito. Me previno. Cada caso é um caso.
E O KIKO QUE EU TENHO A VER COM ISSO???????????
Meu amigo, acho que não é preconceito, no mundo violento em que vivemos, infelizmente sempre colocamos o pé atrás para uma tomada de decisão como esta. Um abraço.
Medo querido! Puro e simples medo!
Não sei se de fato é um preconceito, acho q é apenas alguma forma de medo, pois sabemos muito bem como esta o mundo hoje em dia. Então seria um receio ou algo assim.
Abçs.
Entrei pq achei engraçado...
Sempre falo isso......rsrss
Mas respondendo a sua pergunta...
Situação difícil mesmo, uma vez que sabemos que o nosso sistema
prisional mais acaba de destruir do que recupera.;perverte..corrompe..deprava....., qualquer um que passe por lá.....
Triste...mas verdade....Não deveria ser assim...
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