Com o processo de urbanização brasileira, o movimento migratório aliado à taxa de
crescimento da população constituíram na causa da explosão urbana.
Concomitantemente, a inexistência de uma política de desenvolvimento integrado veio
gerar profundos desequilíbrios, acentuando as diferenças regionais e promovendo o
abandono do campo.
Cidade e campo passaram a possuir problemas: a cidade, por não estar preparada para
receber o alto contigente populacional; o campo, por ter sido atingido pela agricultura
mecanizada. Dessa forma, a problemática advinda do processo de urbanização atinge
cidade e campo, conforme explica ARGAN (1995): “ao drama das cidades que se
incham sem ter uma estrutura, acrescenta-se como está na lógica das coisas, a tragédiado interior que se esvazia, criando um problema rural não menos angustiante que o da
cidade".
Estudos visando solucionar a problemática urbana devem estar centrados não só no
âmbito das cidades, mas também no do campo, o qual vem se caracterizando como
espaço segregado, desprovido de infra-estrutura e de investimentos capazes de gerar
melhor qualidade de vida das pessoas e evitar seu êxodo em direção ao inchaço dos
centros urbanos.
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do interior que se esvazia, criando um problema rural não menos angustiante que o da
cidade".
Estudos visando solucionar a problemática urbana devem estar centrados não só no
âmbito das cidades, mas também no do campo, o qual vem se caracterizando como
espaço segregado, desprovido de infra-estrutura e de investimentos capazes de gerar
melhor qualidade de vida das pessoas e evitar seu êxodo em direção ao inchaço dos
centros urbanos.
2. A CONFIGURAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL DAS CIDADES E O
SISTEMA DE TRANSPORTES
Com o passar do tempo, o processo de crescimento dinâmico das cidades, modificou o
traçado urbano e as suas formas de expansão e trouxe problemas relacionados à
configuração sócio-espacial das mesmas, resultando na chamada “segregação”.
Para DELGADO (1993), na segunda metade do século XX, as grandes cidades latino
americanas definem um padrão complexo de organização espacial, conseqüência da
articulação de três fatores que promoveram o surgimento de espaços diferenciados para
as classes sociais existentes. Dentre esses fatores, pode-se citar os diferenciais de
capacidade dos grupos sociais para financiar seu acesso à terra urbana e à habitação
(especulação imobiliária), a forte tendência dos grupos de alta renda a segregar-se e a
contribuição do Estado na locação espacial diferenciada dos meios de consumo
coletivos.
A segregação sócio-espacial caracteriza o espaço urbano das cidades: de um lado,
pessoas com alto poder aquisitivo e de mobilidade, formando a “cidade legal” dotada de
infra-estrutura; do outro, a classe formada por pobres e miseráveis, com baixíssima
condição de mobilidade, habitando as chamadas “cidades ilegais” desprovidas de
equipamentos, serviços e de infra-estruturas; e ainda, mais distante, os que vivem na
área rural, a qual se constitui em um espaço isolado dentro do contexto da cidade.
A rede de transporte está diretamente relacionada com a segregação sócio-espacial,
visto que o seu funcionamento e a sua configuração espacial podem incentivar a
segregação e determinar o controle sobre a mobilidade social de determinados grupos
Houve um grande crescimento das cidades quando grande parte das pessoas que viviam no campo foram para a cidade em busca de uma vida melhor, antes as pessoas viviam mais no campo do que na zona urbana com a industrialização as pessoas vieram loucas para trabalhar em maquinas e melhorar suas condições de vida.
O ritmo das mudanças nas relações sociais e de trabalho no campo transforma as noções de "urbano" e "rural" em categorias simbólicas construídas a partir de representações sociais que, em algumas regiões, não correspondem mais a realidades distintas cultural e socialmente. Torna-se cada vez mais difícil delimitar fronteiras claras entre as cidades e os pequenos vilarejos ou arraiais a partir de uma classificação sustentada em atividades econômicas ou mesmo em hábitos culturais. No entanto, tal processo não resulta, a nosso ver, numa homogeneização que reduziria a distinção entre o rural e o urbano .
Contudo, é importante considerar que o "campo" não está passando por um processo único de transformação em toda a sua extensão. Se as medidas modernizadoras sobre a agricultura foram moldadas no padrão de produção (e de vida) urbano-industrial, seus efeitos sobre a população local e a maneira como esta reage a tais injunções não são, de modo algum, uniformes, assim como tais medidas não atingem com a mesma intensidade.
Ainda que os efeitos da expansão da "racionalidade urbana" sobre o campo, provocada pela generalização da lógica do processo de trabalho e da produção capitalista intensificados pelos mecanismos da globalização, não possam, de forma alguma, ser tratados com negligência, é precipitado concluir que tal processo resultaria na dissolução do agrário, e na tendência à transformação uniformizadora das condições de vida no campo. "O tecido urbano prolifera-se, estende-se, consumindo os resíduos da vida agrária. Por tecido urbano não se entende, de maneira estreita, a parte construída das cidades, mas sim o conjunto de manifestação do predomínio da cidade sobre o campo".
Com a saída de muitas pessoas do campo para a cidade, processo este, chamado de êxodo rural, o processo de urbanização começou a tomar forma e expansão ao longo dos tempos, incluindo também o processo de industrialização, que anda junto com a urbanização !
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Com o processo de urbanização brasileira, o movimento migratório aliado à taxa de
crescimento da população constituíram na causa da explosão urbana.
Concomitantemente, a inexistência de uma política de desenvolvimento integrado veio
gerar profundos desequilíbrios, acentuando as diferenças regionais e promovendo o
abandono do campo.
Cidade e campo passaram a possuir problemas: a cidade, por não estar preparada para
receber o alto contigente populacional; o campo, por ter sido atingido pela agricultura
mecanizada. Dessa forma, a problemática advinda do processo de urbanização atinge
cidade e campo, conforme explica ARGAN (1995): “ao drama das cidades que se
incham sem ter uma estrutura, acrescenta-se como está na lógica das coisas, a tragédiado interior que se esvazia, criando um problema rural não menos angustiante que o da
cidade".
Estudos visando solucionar a problemática urbana devem estar centrados não só no
âmbito das cidades, mas também no do campo, o qual vem se caracterizando como
espaço segregado, desprovido de infra-estrutura e de investimentos capazes de gerar
melhor qualidade de vida das pessoas e evitar seu êxodo em direção ao inchaço dos
centros urbanos.
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do interior que se esvazia, criando um problema rural não menos angustiante que o da
cidade".
Estudos visando solucionar a problemática urbana devem estar centrados não só no
âmbito das cidades, mas também no do campo, o qual vem se caracterizando como
espaço segregado, desprovido de infra-estrutura e de investimentos capazes de gerar
melhor qualidade de vida das pessoas e evitar seu êxodo em direção ao inchaço dos
centros urbanos.
2. A CONFIGURAÇÃO SÓCIO-ESPACIAL DAS CIDADES E O
SISTEMA DE TRANSPORTES
Com o passar do tempo, o processo de crescimento dinâmico das cidades, modificou o
traçado urbano e as suas formas de expansão e trouxe problemas relacionados à
configuração sócio-espacial das mesmas, resultando na chamada “segregação”.
Para DELGADO (1993), na segunda metade do século XX, as grandes cidades latino
americanas definem um padrão complexo de organização espacial, conseqüência da
articulação de três fatores que promoveram o surgimento de espaços diferenciados para
as classes sociais existentes. Dentre esses fatores, pode-se citar os diferenciais de
capacidade dos grupos sociais para financiar seu acesso à terra urbana e à habitação
(especulação imobiliária), a forte tendência dos grupos de alta renda a segregar-se e a
contribuição do Estado na locação espacial diferenciada dos meios de consumo
coletivos.
A segregação sócio-espacial caracteriza o espaço urbano das cidades: de um lado,
pessoas com alto poder aquisitivo e de mobilidade, formando a “cidade legal” dotada de
infra-estrutura; do outro, a classe formada por pobres e miseráveis, com baixíssima
condição de mobilidade, habitando as chamadas “cidades ilegais” desprovidas de
equipamentos, serviços e de infra-estruturas; e ainda, mais distante, os que vivem na
área rural, a qual se constitui em um espaço isolado dentro do contexto da cidade.
A rede de transporte está diretamente relacionada com a segregação sócio-espacial,
visto que o seu funcionamento e a sua configuração espacial podem incentivar a
segregação e determinar o controle sobre a mobilidade social de determinados grupos
populacionais.
Houve um grande crescimento das cidades quando grande parte das pessoas que viviam no campo foram para a cidade em busca de uma vida melhor, antes as pessoas viviam mais no campo do que na zona urbana com a industrialização as pessoas vieram loucas para trabalhar em maquinas e melhorar suas condições de vida.
O ritmo das mudanças nas relações sociais e de trabalho no campo transforma as noções de "urbano" e "rural" em categorias simbólicas construídas a partir de representações sociais que, em algumas regiões, não correspondem mais a realidades distintas cultural e socialmente. Torna-se cada vez mais difícil delimitar fronteiras claras entre as cidades e os pequenos vilarejos ou arraiais a partir de uma classificação sustentada em atividades econômicas ou mesmo em hábitos culturais. No entanto, tal processo não resulta, a nosso ver, numa homogeneização que reduziria a distinção entre o rural e o urbano .
Contudo, é importante considerar que o "campo" não está passando por um processo único de transformação em toda a sua extensão. Se as medidas modernizadoras sobre a agricultura foram moldadas no padrão de produção (e de vida) urbano-industrial, seus efeitos sobre a população local e a maneira como esta reage a tais injunções não são, de modo algum, uniformes, assim como tais medidas não atingem com a mesma intensidade.
Ainda que os efeitos da expansão da "racionalidade urbana" sobre o campo, provocada pela generalização da lógica do processo de trabalho e da produção capitalista intensificados pelos mecanismos da globalização, não possam, de forma alguma, ser tratados com negligência, é precipitado concluir que tal processo resultaria na dissolução do agrário, e na tendência à transformação uniformizadora das condições de vida no campo. "O tecido urbano prolifera-se, estende-se, consumindo os resíduos da vida agrária. Por tecido urbano não se entende, de maneira estreita, a parte construída das cidades, mas sim o conjunto de manifestação do predomínio da cidade sobre o campo".
Com ctza!!
Com a saída de muitas pessoas do campo para a cidade, processo este, chamado de êxodo rural, o processo de urbanização começou a tomar forma e expansão ao longo dos tempos, incluindo também o processo de industrialização, que anda junto com a urbanização !
Espero ter lhe ajudado!