O trabalho forçado é uma situação penosa, que nos envergonha a todos como sociedade, e isto ocorre infelizmente desde faz muitos anos. A imposição do trabalho forçado se prepara como uma armadilha: as pessoas são contratadas quase sempre por terceiros que os colocam em uma fazenda onde não têm contato com o mundo exterior. Ali trabalham dois ou três meses, geralmente sem que se cumpram as promessas que lhes fizeram, e quando querem ir embora do lugar não o podem fazer porque tudo o que comeram e o teto sob o qual dormiram lhes é cobrado a preço de ouro. Desta maneira, o patrão cria uma dívida que o trabalhador deve pagar e isto dura até que o patrão quer. A pessoa perde de fato sua liberdade e quando consegue sair o faz sem um tostão no bolso.Isto ocorre geralmente com pessoas que deixam suas famílias esperando, e trabalham sem que lhes seja respeitado nenhum direito trabalhista, sem contrato assinado e por isso é um delito difícil de se provar.Estimamos que na atualidade há no Brasil 20 mil trabalhadores submetidos a trabalho escravo. Este problema sempre vem acompanhado ao da violência no campo. Constantemente temos estado exposto à violência, especialmente nas “fronteiras” onde se encontram os trabalhadores sem terra e o latifúndio, porque ali sempre se apresenta uma luta pela propriedade da terra. Pode-se afirmar que nos últimos 30 anos, todo o processo de reforma agrária –há quem diga que nunca teve tal coisa no Brasil- aconteceu em função da luta dos trabalhadores rurais e dos movimentos sociais no campo brasileiro.A escravidão contemporânea é diferente da antiga, mas rouba a dignidade do ser humano da mesma maneira. No sistema antigo, a propriedade legal era permitida. Hoje, não. Mas era muito mais caro comprar e manter um escravo do que hoje. Hoje, o custo é quase zero, paga-se apenas o transporte e, no máximo, a dívida que o sujeito tinha em algum comércio ou hotel. Se o trabalhador fica doente, ele é largado na estrada mais próxima e se alicia outra pessoa. A soma da pobreza generalizada - proporcionando mão-de-obra farta - com a impunidade do crime criam condições para que perdurem práticas de escravização, transformando o trabalhador em mero objeto descartáveis.Na escravidão contemporânea, não faz diferença se a pessoa é negra, amarela ou branca. Os escravos são miseráveis, sem distinção de cor ou credo. Porém, tanto na escravidão imperial como na do Brasil de hoje, mantém-se a ordem por meio de ameaças, terror psicológico, coerção física, punições e assassinatos.
Comments
fodaaaaaaase
Larissa !
Para não ter muito trab alho, copía assim mesmo tua pergunta e coloca aí encima,... no buscador de Google...e clica Entrada ou Enter...
Vao aparececer uma infinidade páginas sobre esse tema,,, suficientes para que escrevas um ou mais livros !
Exploração infantil em carvoarias, corte de cana com salários baixo e alta carga de trabalho exaustiva.
Essas são as principais atualmente no Brasil.
O trabalho forçado é uma situação penosa, que nos envergonha a todos como sociedade, e isto ocorre infelizmente desde faz muitos anos. A imposição do trabalho forçado se prepara como uma armadilha: as pessoas são contratadas quase sempre por terceiros que os colocam em uma fazenda onde não têm contato com o mundo exterior. Ali trabalham dois ou três meses, geralmente sem que se cumpram as promessas que lhes fizeram, e quando querem ir embora do lugar não o podem fazer porque tudo o que comeram e o teto sob o qual dormiram lhes é cobrado a preço de ouro. Desta maneira, o patrão cria uma dívida que o trabalhador deve pagar e isto dura até que o patrão quer. A pessoa perde de fato sua liberdade e quando consegue sair o faz sem um tostão no bolso.Isto ocorre geralmente com pessoas que deixam suas famílias esperando, e trabalham sem que lhes seja respeitado nenhum direito trabalhista, sem contrato assinado e por isso é um delito difícil de se provar.Estimamos que na atualidade há no Brasil 20 mil trabalhadores submetidos a trabalho escravo. Este problema sempre vem acompanhado ao da violência no campo. Constantemente temos estado exposto à violência, especialmente nas “fronteiras” onde se encontram os trabalhadores sem terra e o latifúndio, porque ali sempre se apresenta uma luta pela propriedade da terra. Pode-se afirmar que nos últimos 30 anos, todo o processo de reforma agrária –há quem diga que nunca teve tal coisa no Brasil- aconteceu em função da luta dos trabalhadores rurais e dos movimentos sociais no campo brasileiro.A escravidão contemporânea é diferente da antiga, mas rouba a dignidade do ser humano da mesma maneira. No sistema antigo, a propriedade legal era permitida. Hoje, não. Mas era muito mais caro comprar e manter um escravo do que hoje. Hoje, o custo é quase zero, paga-se apenas o transporte e, no máximo, a dívida que o sujeito tinha em algum comércio ou hotel. Se o trabalhador fica doente, ele é largado na estrada mais próxima e se alicia outra pessoa. A soma da pobreza generalizada - proporcionando mão-de-obra farta - com a impunidade do crime criam condições para que perdurem práticas de escravização, transformando o trabalhador em mero objeto descartáveis.Na escravidão contemporânea, não faz diferença se a pessoa é negra, amarela ou branca. Os escravos são miseráveis, sem distinção de cor ou credo. Porém, tanto na escravidão imperial como na do Brasil de hoje, mantém-se a ordem por meio de ameaças, terror psicológico, coerção física, punições e assassinatos.