Entre os séculos XII e XIII a produção era essencialmente agrícola, e os marxistas denominaram “feudal” e Georges Duby prefere chamar de “senhorial”, já que o feudo, nada tem a ver. Este “modo de produção” baseia-se na exploração da terra por camponeses, submetidos a um senhor, que exerce sobre os súditos da senhoria um conjunto de poderes e direitos.
O senhor vive da renda feudal que os camponeses lhe entregam em produtos. Com a venda dos produtos da terra, o senhor adquire os bens de que tem necessidade, e investe em equipamento militar, e com as despesas necessárias a uma vida nobre. A existência do mercado urbano é fundamental, pois o senhor cobra sobre o transporte, a venda das mercadorias, taxas e pedágios.
Para os burgueses, tinham como preocupação; o direito de enriquecer, o direito de administrar e a possibilidade de dispor facilmente da mão-de-obra. As reivindicações da burguesia se pautam sobre a produção artesanal e o comércio, para que não haja direitos exorbitantes por parte dos senhores da mesma forma a liberdade e o direito de se reunir livremente, e a possibilidade de controlar a vida econômica e administrativa da cidade, e com isto facilidade na obtenção de mão-de-obra.
Para a burguesia, não existiam razões para se opor ao modo de produção senhorial; o mesmo não pode ser dito entre o clero que sempre usou o discurso da condenação ao lucro e todas as operações financeiras. As cidades se adaptavam ao modo de produção senhorial e do mesmo modo os senhores aceitavam as cidades.
Todas as cidades produzem ou vendem o máximo de bens para o consumo urbano, mas a atividade “industrial” e a atividade “comercial”, variam de acordo com as cidades. Os produtos do grande comércio são: os grãos, o vinho, o sal, os couros, as peles, os tecidos, os minerais e os metais. Praticamente em todas as cidades, o comércio, é marcado com grãos, couros e as peles. A grandes cidades, tem como características a importação de grãos. O comércio de vinhos passa por cidades como: Rouen, La Rochelle, Bordeaux, Laon, Auxerre e Beaune.
No século XIII, as grandes cidades flamengas começaram a fabricar tecidos mais pesados, mais lisos e mais finos do que antes, pois estavam distantes de se dedicar exclusivamente aos tecidos de luxo. O grande objetivo era o abastecimento de sua própria população destinadas às pessoas modestas e humildes. Os artesãos se multiplicam por toda à parte.
Em Narbonne, 940 artesãos prestam juramentos ao visconde. Em Toulouse, somente no burgo, conhecem-se mais de 200 deles em 1335. Em Paris, se conhece 101 categorias de artesãos organizados, aos quais devem-se acrescentar os açougueiros. Em Marselha, seu porto se transformou em escala e mercado onde se trocam notadamente as especiarias do Levante, os couros da Barbaria e os tecidos de Flandres. O comércio marselhês.ocorre em Levante, África do Norte, Itália do Sul, Itália do Norte e Espanha, sendo freqüentado por diversos mercadores estrangeiros.como genoveses, toscanos, piacenzianos, languedocianos e catalães.
Nas cidades no século XIII, os homens envolvidos na vida econômica eram compostos por “três tipos de negociantes”. Os modestos artesãos-lojistas que vendem à sua clientela os objetos que fabricam. Seguem-se os mercadores, que com bastante freqüência acrescentam ao seu negócio o comércio do dinheiro, mas só praticando a usura muito secundariamente, e por fim, homens para quem a economia é secundária e que são antes de tudo banqueiros.
A feira de Chalon se torna importante em meados do século XIII, coincidindo com a prosperidade do ducado de Borgonha, e a crescente importância do tráfico, na qual o duque da Borgonha passa a oferecer salvo-conduto para os mercadores, franquias, segurança das feiras e de suas operações. O comércio era quase exclusivamente de mercadorias, sendo que as operações financeiras desempenhavam um papel insignificante.
O sucesso da feira de Champagne se encontra em diversos motivos: sua situação geográfica, próxima de regiões economicamente ativa como Flandres, França, países germânicos do oeste, países mediterrâneos. A sua duração sucede durante praticamente todo o ano; o papel dos senhores protetores, a segurança dos mercadores, a garantia das operações mercantis e as isenções fiscais.
As feiras são fenômenos urbanos, ali se trocam os produtos que são fabricados ou financiados pelas cidades. É importante se observar que para se alimentar, as grandes cidades deviam tanto mais assegurar o controle de fontes de abastecimento em cereais quanto queriam também se proteger das altas de preços dos grãos fornecidos pelas pequenas aglomerações regionais nos casos de penúria. O que era bastante lucrativo era o monopólio das matérias-primas, como a lã e o grão, que assegurava a prosperidade das classes dominantes urbanas.
Na indústria têxtil trazia recursos suficientes para fornecer trabalho à massa da população, mas a
Posso te dizer que havia muita sujeira, não havia agua encanada, esgoto corria a céu aberto, pelas janelas eram jogados todos os tipos de dejetos nas ruas, era tomada por ratom, havia ainda muito piolho...Eu não gostaria nem de visitá-las por 15 minutos.
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a vida na cidade medieval
Entre os séculos XII e XIII a produção era essencialmente agrícola, e os marxistas denominaram “feudal” e Georges Duby prefere chamar de “senhorial”, já que o feudo, nada tem a ver. Este “modo de produção” baseia-se na exploração da terra por camponeses, submetidos a um senhor, que exerce sobre os súditos da senhoria um conjunto de poderes e direitos.
O senhor vive da renda feudal que os camponeses lhe entregam em produtos. Com a venda dos produtos da terra, o senhor adquire os bens de que tem necessidade, e investe em equipamento militar, e com as despesas necessárias a uma vida nobre. A existência do mercado urbano é fundamental, pois o senhor cobra sobre o transporte, a venda das mercadorias, taxas e pedágios.
Para os burgueses, tinham como preocupação; o direito de enriquecer, o direito de administrar e a possibilidade de dispor facilmente da mão-de-obra. As reivindicações da burguesia se pautam sobre a produção artesanal e o comércio, para que não haja direitos exorbitantes por parte dos senhores da mesma forma a liberdade e o direito de se reunir livremente, e a possibilidade de controlar a vida econômica e administrativa da cidade, e com isto facilidade na obtenção de mão-de-obra.
Para a burguesia, não existiam razões para se opor ao modo de produção senhorial; o mesmo não pode ser dito entre o clero que sempre usou o discurso da condenação ao lucro e todas as operações financeiras. As cidades se adaptavam ao modo de produção senhorial e do mesmo modo os senhores aceitavam as cidades.
Todas as cidades produzem ou vendem o máximo de bens para o consumo urbano, mas a atividade “industrial” e a atividade “comercial”, variam de acordo com as cidades. Os produtos do grande comércio são: os grãos, o vinho, o sal, os couros, as peles, os tecidos, os minerais e os metais. Praticamente em todas as cidades, o comércio, é marcado com grãos, couros e as peles. A grandes cidades, tem como características a importação de grãos. O comércio de vinhos passa por cidades como: Rouen, La Rochelle, Bordeaux, Laon, Auxerre e Beaune.
No século XIII, as grandes cidades flamengas começaram a fabricar tecidos mais pesados, mais lisos e mais finos do que antes, pois estavam distantes de se dedicar exclusivamente aos tecidos de luxo. O grande objetivo era o abastecimento de sua própria população destinadas às pessoas modestas e humildes. Os artesãos se multiplicam por toda à parte.
Em Narbonne, 940 artesãos prestam juramentos ao visconde. Em Toulouse, somente no burgo, conhecem-se mais de 200 deles em 1335. Em Paris, se conhece 101 categorias de artesãos organizados, aos quais devem-se acrescentar os açougueiros. Em Marselha, seu porto se transformou em escala e mercado onde se trocam notadamente as especiarias do Levante, os couros da Barbaria e os tecidos de Flandres. O comércio marselhês.ocorre em Levante, África do Norte, Itália do Sul, Itália do Norte e Espanha, sendo freqüentado por diversos mercadores estrangeiros.como genoveses, toscanos, piacenzianos, languedocianos e catalães.
Nas cidades no século XIII, os homens envolvidos na vida econômica eram compostos por “três tipos de negociantes”. Os modestos artesãos-lojistas que vendem à sua clientela os objetos que fabricam. Seguem-se os mercadores, que com bastante freqüência acrescentam ao seu negócio o comércio do dinheiro, mas só praticando a usura muito secundariamente, e por fim, homens para quem a economia é secundária e que são antes de tudo banqueiros.
A feira de Chalon se torna importante em meados do século XIII, coincidindo com a prosperidade do ducado de Borgonha, e a crescente importância do tráfico, na qual o duque da Borgonha passa a oferecer salvo-conduto para os mercadores, franquias, segurança das feiras e de suas operações. O comércio era quase exclusivamente de mercadorias, sendo que as operações financeiras desempenhavam um papel insignificante.
O sucesso da feira de Champagne se encontra em diversos motivos: sua situação geográfica, próxima de regiões economicamente ativa como Flandres, França, países germânicos do oeste, países mediterrâneos. A sua duração sucede durante praticamente todo o ano; o papel dos senhores protetores, a segurança dos mercadores, a garantia das operações mercantis e as isenções fiscais.
As feiras são fenômenos urbanos, ali se trocam os produtos que são fabricados ou financiados pelas cidades. É importante se observar que para se alimentar, as grandes cidades deviam tanto mais assegurar o controle de fontes de abastecimento em cereais quanto queriam também se proteger das altas de preços dos grãos fornecidos pelas pequenas aglomerações regionais nos casos de penúria. O que era bastante lucrativo era o monopólio das matérias-primas, como a lã e o grão, que assegurava a prosperidade das classes dominantes urbanas.
Na indústria têxtil trazia recursos suficientes para fornecer trabalho à massa da população, mas a
era bem legal
Posso te dizer que havia muita sujeira, não havia agua encanada, esgoto corria a céu aberto, pelas janelas eram jogados todos os tipos de dejetos nas ruas, era tomada por ratom, havia ainda muito piolho...Eu não gostaria nem de visitá-las por 15 minutos.
Bem tinhamos tambem a vida na organizacao dasuniversidades