Ao propor uma nova visão de ciência, Kuhn elabora críticas ao positivismo lógico na filosofia da ciência e à historiografia tradicional. Em síntese, esta postura epistemológica superada pelo modelo kuhniano acredita, entre outras coisas, que a produção do conhecimento científico começa com observação neutra, se dá por
indução, é cumulativa e linear e que o conhecimento científico daí obtido é definitivo.
Ao contrário, Kuhn encara a observação como antecedida por teorias e, portanto, não neutra (apontando para a inseparabilidade entre observações e pressupostos teóricos), Ostermann, F. acredita que não há justificativa lógica para o método indutivo e reconhece o caráter
construtivo, inventivo e não definitivo do conhecimento. Esta posição, mais tarde, configurar-se-á como o que existe de consenso entre os filósofos contemporâneos da ciência. Em verdade, nos dias de hoje, assistimos a um rico e controvertido debate entre os diferentes modelos de desenvolvimento científico (modelos como o de Popper
(1972), Lakatos (1989), Feyerabend (1989), Toulmin (1972), Laudan (1977), entre outros), mas, ao mesmo tempo, podemos reconhecer que cada um, a seu modo, representa uma oposição à postura empirista-indutivista.
Em particular, para Kuhn a ciência segue o seguinte modelo de
desenvolvimento: uma seqüência de períodos de ciência normal, nos quais a comunidade de pesquisadores adere a um paradigma, interrompidos por revoluções científicas (ciência extraordinária).
Os episódios extraordinários são marcados por anomalias / crises no paradigma dominante, culminando com sua ruptura.
Um possível esquema para o modelo de ciência kuhniano seria o seguinte:
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Ao propor uma nova visão de ciência, Kuhn elabora críticas ao positivismo lógico na filosofia da ciência e à historiografia tradicional. Em síntese, esta postura epistemológica superada pelo modelo kuhniano acredita, entre outras coisas, que a produção do conhecimento científico começa com observação neutra, se dá por
indução, é cumulativa e linear e que o conhecimento científico daí obtido é definitivo.
Ao contrário, Kuhn encara a observação como antecedida por teorias e, portanto, não neutra (apontando para a inseparabilidade entre observações e pressupostos teóricos), Ostermann, F. acredita que não há justificativa lógica para o método indutivo e reconhece o caráter
construtivo, inventivo e não definitivo do conhecimento. Esta posição, mais tarde, configurar-se-á como o que existe de consenso entre os filósofos contemporâneos da ciência. Em verdade, nos dias de hoje, assistimos a um rico e controvertido debate entre os diferentes modelos de desenvolvimento científico (modelos como o de Popper
(1972), Lakatos (1989), Feyerabend (1989), Toulmin (1972), Laudan (1977), entre outros), mas, ao mesmo tempo, podemos reconhecer que cada um, a seu modo, representa uma oposição à postura empirista-indutivista.
Em particular, para Kuhn a ciência segue o seguinte modelo de
desenvolvimento: uma seqüência de períodos de ciência normal, nos quais a comunidade de pesquisadores adere a um paradigma, interrompidos por revoluções científicas (ciência extraordinária).
Os episódios extraordinários são marcados por anomalias / crises no paradigma dominante, culminando com sua ruptura.
Um possível esquema para o modelo de ciência kuhniano seria o seguinte:
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A gravura você verá em:
"A Epistemologia de Tomas Khun"