Produzir um pequeno texto sobre a expansão da pecuária na colônia?
Alguem pode mim ajudar a construir um texto com esses itens abaixo:
1° - O emprego do gado nos engenhos;
2° - A interiorização da pecuária;
3° - O tipo de mão-de-obra utilizada nas fazendas de gado;
4° - As diferenças entre a pecuária nordestina e a pecuária sulista.
Por favor gente mim ajudem !!!
Grato!!!
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Pecuária no Brasil Colônia
A criação bovina começa com a colonização, como atividade de subsistência das fazendas e para o abastecimento das vilas e cidades do litoral. Nos séculos XVII e XVIII, com o incremento da agricultura canavieira na faixa litorânea e o desenvolvimento da mineração na região das gerais, a atividade desloca-se do litoral. Os rebanhos avançam em direção aos sertões nordestino e mineiro, dispersando-se ao longo da bacia do São Francisco, de Minas Gerais até o Piauí e Maranhão.
Com a aceleração da colonização do Sul, na primeira metade do século XVIII, a pecuária bovina também se estende pela campanha gaúcha. Fornecendo carnes salgadas e couros para diversas regiões da colônia, a pecuária mantém-se como criação extensiva estável e de baixo custo. Nas épocas de crise é capaz de incorporar mão-de-obra excedente das áreas exportadoras, contribuindo para aliviar problemas sociais. No Nordeste, em particular, essa função adicional da pecuária contribui para o crescimento populacional, pois, apesar do declínio econômico do litoral em certos períodos, os habitantes encontram meios de subsistência no interior
A colonização da América, e consequentemente do Brasil, foi uma das marcas da expansão capitalista no início da Idade Moderna, caracterizada pela política mercantilista como meio para a acumulação capitalista na Europa.
A burguesia ascendente, utilizou-se de um Estado centralizado para executar seus interesses mercantis, ao mesmo tempo em que buscava diminuir as influências da nobreza e do clero sobre as definições econômicas.
As primeiras cabeças a chegarem no Brasil vieram das Ilhas de Cabo Verde, em 1534, para a capitania de São Vicente. Em 1550, Tomé de Sousa mandou uma caravela a Cabo Verde para trazer um novo carregamento, desta vez para Salvador. Da capital da colônia o gado dispersou-se em direção a Pernambuco e daí para o nordeste, principalmente Maranhão e Piauí.
Como a atividade canavieira se desenvolveu no nordeste, a atividade pecuarista também nesta região se concentrou, em terras do interior, reservando a zona litorânea á cana-de-açúcar. Dessa maneira a atividade criatória cumpriu um duplo papel: complementar a economia do açúcar e iniciar a penetração, conquista e povoamento do interior do Brasil, principalmente do sertão nordestino.
No entanto esse processo não ocorreu de imediato. Num primeiro momento o gado foi criado no próprio engenho, sendo utilizado como força de tração e alimento. O senhor de engenho era o dono dos animais.
Com o correr do tempo, a exigência cada vez maior de terras para o cultivo da cana-de-açúcar expulsou a boiada dos limites da área agrícola. Iniciou-se então uma segunda etapa, na qual existia uma nítida delimitação entre dois tipos de atividade, a agricultura e a pecuária, embora seguissem ainda vizinhos e interdependentes.
A partir do início do século XVII a atividade criatória torna-se mais independente, ocupa terras cada vez mais para o interior, pois o desenvolvimento dos rebanhos exige grandes extensões de terras para as pastagens. Os rebanhos se destinam ao mercado interno, principalmente aos engenhos, porém se tornam atividades separadas, e as feiras de gado tornam-se o elo de ligação entre ambos interesses. A primeira feira realizou-se na Bahia em 1614. É nesse momento que a pecuária pode ser vista como um fator de povoamento do interior.
Desde o século XVII, até meados do século XVIII a pecuária ocupou diversas regiões do interior do nordeste, tendo como centros de irradiação as capitanias da Bahia, onde o gado ocupou terras do "sertão de dentro" e de Pernambuco, ocupando as terras do "sertão de fora", sempre através dos rios, ao longo dos quais desenvolveram-se os currais. Diversos rios serviram como canais de integração entre o litoral, onde se concentrava a maioria da população da colônia e as novas terras ocupadas, abrangendo as regiões do Ceará, Piauí e Maranhão, para aqueles que partiam da Bahia, e as terras da Paraíba, e Rio Grande do Norte.