Quando você acredita que uma criança precisa de uma escola especial?

Cada vez mais busca-se integrar a PPNE na comunidade  educativa dita "normal" para desenvolver as potencialidades do indivíduo além, claro, de garantir seus direitos de cidadania. Entretanto, a prática cotidiana mostra que alguns casos requerem realmente um atendimento em condições diferenciadas. Qual é o conjunto de fatores que devem ser levados em consideração para se chegar à esta conclusão, quando ainda nos dias de hoje apesar de todos os avanços, a questão ainda é tratada preconceituosamente.

Comments

  • Sou a favor da inclusão pois é o único caminho para a diminuição do preconceito contra os "deficientes". Mas o modo que ela está implantada mostra que eles não refletindo muito sobre o assunto. "Jogar" essas pessoas em salas regulares e esperar como se fosse um passe de mágica que elas se integrem à Sociedade é ingenuidade.

    Na minha opinião a socialização dos alunos ditos "normais" com os "especiais" deveria ocorrer em aulas como Educação Artística, Educação Física, Informática etc.

    Na nossa realidade como um professor dará conta de uma "criança especial" tendo em média 35 alunos na classe? A maioria dos professores trabalham em período integral por isso quando é que terão tempo para fazer algum curso na área de Educação Especial?

    Infelizmente o que passa nas propagandas de inclusão do Governo é que só a construção de rampas solucionará o problema da inclusão, mas a questão vai muito além da adaptação de escolas...

    As instituições de Educação Especial possuem papel fundamental pois somente elas podem dar a estimulação adequada ao desenvolvimento dessas crianças!

  • Quando o psicologo indica.........

  • Olá!

    Os fatos que tem que ser levados em conta são:

    Condições de ralacionamento da criança, se a mesma se sente aceita no meio de outras sem a deficiencia.

    Se a escola tem condições físicas e humanas de acolher esta criança ( já que hoje em dia o que vemos é que o PNE existe e há uma busca por esta integração, só que muitas escolas não tem professores adaptados para lidar com crianças que tem algumas limitações específicas).

    Então é importante avaliar o todo antes de tomar esta decisão, já que é o futuro da criança que esta em questão.

    Particularmente, dependendo do tipo de necessidade especial, procuraria uma escola diferenciada, pois assim a criança estaria com pessoas aptas para tirar dela o melhor desempenho.

    Um grande abraço e boa Sorte

  • Depende do grau de comprometimento físico ou mental da pessoa. Trabalho em uma escola pública q vem tratando a questão da inclusão dos PNEs há bastante tempo.Eu, inclusive, já tive vários alunos com deficiências as mais diversas.

    Em geral, o aluno surdo ou com deficiência física leve/moderada se integra muito bem na sala regular. No caso do surdo, o professor tem q dominar a língua de sinais ou ter um intérprete na sala (como é o caso da minha escola).

    Em alguns casos, porém, a coisa ñ é tão. fácil. Temos uma aluna portadora de deficiência mental com 6 anos, q ataca c/ violência os colegas, mesmo c/ uma estagiária de apoio o tempo todo ao seu lado. Vários pais de alunos agredidos ameaçaram tirar seus filhos da escola caso a violência se repita ( com razão). Então, a inclusão de um está excluindo outros.O professor também tem q estar muito preparado e receptivo, senão o aluno se torna apenas integrante, mas excluído na sala de aula.

    Sou a favor da inclusão, mas aprendi na prática q deficiências severas exigem um acompanhamento específico, fato impossível nas salas numerosas e problemáticas da Escola Pública brasileira.

  • Preliminarmente cabe destacar os deficiência segundo a Organização Mundial de Saúde que são: Deficiência física (tetraplegia, paraplegia, hemiplegia e outras); Deficiência mental (leve, moderada, severa e profunda), aqui incluídos que apresentam patologias neuropsiquiátricas; Deficiência auditiva (total ou parcial); Deficiência Visual (cegueira total ou visão reduzida); Deficiência múltipla (quando houver duas os mais deficiências associadas).

    Há uma discussão entre os especialistas sobre a questão. Alguns são contra as Escolas Especializadas (Um exemplo são as APAEs) outros são favoráveis tendo em vista que dependendo do tipo de deficiência, o aluno necessita não tão-somente de professor especializado, mas também de um corpo docente multidisciplinar que incluem principalmente fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, médicos e recreadores especializados que muitas escolas não estão preparadas para formar o cidadão em sua plenitude.

    No Brasil, a lei de acessibilidade demorou aproximadamente 10 anos para ser regulamentada. A nossa lei já começou errada. Ela é uma cópia infiel da Lei de Acessibilidade da Espanha, pois alguns artigos existentes nela foram suprimidos, principalmente no que diz respeito a responsabilidade por não ter construído um prédio sem acessibilidade (Lá, a responsabilidade é de todos envolvidos - proprietário, engenheiro, prefeitura e a própria autarquia de classe que tem o dever de fiscalizar os profissionais - aqui no Brasil seria a CONFEA/CREA de cada estado), onde todos os envolvidos seriam multados e o valor arrecadado iria para um fundo de acessibilidade.

    Outro grande problema que o Brasil ainda não resolveu foi adequar o grau de deficiência que está previsto no C.I.F. e não no C.I.D (Código Internacional de Doença), a maioria dos médicos não conhece o CIF.

    No CIF a avaliação do tipo de deficiência e seu grau é feito por uma equipe multiciplinar, onde é avaliado todos os aspectos sociais, ambientais (barreiras arquitetônicas e sociais) de onde a pessoa com deficiência mora, pois deficiência não pode ser considerado doença exclusivamente.

    Para se ter um exemplo, no CIF, duas pessoas com cegueiras podem ter graus diferentes de deficiência, ou seja, se uma sabe ler braile e a outra não, se uma consegue andar sozinha na rua e a outra não, o grau de uma será bem maior que a da outra que consegue levar uma vida mais independente (percebeu a diferença?).

    O CIF no Brasil quase que exclusivamente quem a utiliza é o IBGE em suas pesquisas, mas de um modo bastante subjetivo.

    O problema começa nas escolas superiores, principalmente de engenharia, arquitetura e medicina que não ensinam as normas técnicas de acessibilidade e no caso da medicina o CIF (da OMS), passando pelas leis que dão direito aos portadores de deficiência que teriam que ser adequadas ao CIF.

    Ressalto que houve um avanço, principalmente com relação ao governo federal ao regulamentar a lei de acessibilidade, hoje, os municípios e estados não conseguem verbas para construir escolas sem que estas, em seu projetos arquitetônicos, estejam contempladas com a acessibilidade. Outro avanço importante é que o Ministério Público conseguiu através de termo de ajustamento de conduta com a ABNT que as normas inerentes ao assunto "acessibilidade" sejam disponibilizadas de graça, o que facilita o trabalho dos profissionais da área de engenharia responsavéis pelos projetos arquitetônicos, tanto dos prédios, transportes e de urbanismos (veja o site da Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - CORDE, da Secretaria Nacional dos Direitos Humanos, do Ministério da Justiça.

    Como se vê, há muitas barreiras a serem rompidas (arquitetônicas, de qualificação profissional e de preconceito), mas estamos evoluindo. É um processo, a título de exemplo, sonho com o dia em que as Olimpíadas sejam integradas (as provas e o quadro de medalhas sejam integradas), utopia? Com certeza não! Basta começar a levantar a questão junto aos comitês de cada país.

    Finalizando, enquanto as barreiras arquitetônicas existirem e a falta de formação de pessoal qualificado, as Escolas Especiais terão um papel fundamental na formação da cidadania plena, dependendo da classificação da deficiência.

    Um abraço.

  • amiga

    quando uma criança nasce com algum tipo de deficiência ou inteligência é preciso sim de escola especial

    beijos seu amigo Leandro(amigo especial)

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