As Testemunhas de Jeová de casa em casa - fazem proselitismo ou cumprem a ordem de Cristo?

Em tempos mais recentes, o termo “proselitismo” adquiriu, em alguns lugares, a conotação de conversão forçada. A Bíblia não apóia essa prática. Muito pelo contrário, ela ensina que os homens foram criados com livre-arbítrio, dotados da faculdade e da responsabilidade de escolher como viver a vida. Isso inclui decidir de que forma irão prestar culto a Deus. — Deuteronômio 30:19, 20; Josué 24:15.

Jesus respeitava esse direito dado por Deus. Em nenhuma ocasião ele fez uso de seu extraordinário poder e autoridade para forçar, ou coagir, alguém a aceitar as suas palavras. (João 6:66-69) Ele motivava os ouvintes com raciocínio bem fundado, ilustrações e perguntas de ponto de vista, sempre visando atingir o coração deles. (Mateus 13:34; 22:41-46; Lucas 10:36) Jesus ensinou seus discípulos a ter esse mesmo respeito pelos outros. — Mateus 10:14.

É evidente que Paulo seguia a Jesus como modelo no ministério. Ele persuadia os ouvintes, raciocinando com base nas Escrituras, sem deixar de respeitar os sentimentos e as opiniões deles. (Atos 17:22, 23, 32) Ele estava bem ciente de que é o amor a Deus e a Cristo que nos deve mover a servir ao Criador por meio de obras. (João 3:16; 21:15-17) A nossa decisão, portanto, é individual.

A pessoa de bom senso, ao tomar grandes decisões na vida, como o tipo de casa para comprar, onde trabalhar e como criar os filhos, não se deixa levar por caprichos, por impulso. Ela analisa as opções, estuda as alternativas e, às vezes, consulta outros. Não decide nada antes de fazer uma boa avaliação dos fatos que tem diante de si.

A decisão de como prestar culto a Deus merece mais tempo e esforço do que qualquer outra decisão na vida. Isso porque ela afetará nossa vida agora e principalmente a perspectiva de vida eterna no futuro. Alguns habitantes de Beréia, no primeiro século, mostraram que estavam bem cientes disso. Apesar de serem instruídos sobre as boas novas pessoalmente pelo apóstolo Paulo, eles faziam questão de se certificar de que seu ensino era a verdade. Como? Examinando as Escrituras diariamente. O resultado foi que “muitos deles tornaram-se crentes”. — Atos 17:11, 12.

Atualmente, as Testemunhas de Jeová continuam a ensinar e a fazer discípulos assim como Jesus ordenou. (Mateus 24:14) Fazem isso sem deixar de mostrar respeito pelo direito das pessoas de ter uma religião. Falam com elas sobre suas crenças religiosas, seguindo o modelo bíblico de usar a Bíblia para uma palestra franca, convictas de que essa é uma obra de salvação. — João 17:3; 1 Timóteo 4:16.

Comments

  • "os homens foram criados com livre-arbítrio, dotados da faculdade e da responsabilidade de escolher como viver a vida. Isso inclui decidir de que forma irão prestar culto a Deus. "

    Assim sendo porque pessoas da sua religião continuam vindo à minha porta apesar de eu já ter, inúmeras vezes, pedido para que não venham mais pois não somente não concordo com os ensinamentos de vocês mas também possuo outra fé. Isso não é proselitismo?

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    "Pressionar pessoas para que mudem de religião é errado. As Testemunhas de Jeová certamente não agem assim."

    Então as palavras e atitudes dos membros da religião TJ são diferentes.

    Quase toda semana vem alguém da religião de vocês à minha porta. O que você me diz disso? Não me venha com aquele argumento de que "você não sabe do que fala" pois falo do que tenho vivido e não o que me disseram.

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    " Falam com elas sobre suas crenças religiosas, seguindo o modelo bíblico de usar a Bíblia para uma palestra franca, convictas de que essa é uma obra de salvação"

    Você está dizendo que estudar a bíblia é um REQUISITO para a salvação ou que se tem que estudar a bíblia com vocês para ser salvo? Fiquei confuso...

  • Em primeiro lugar quero pedir desculpas pela minha última resposta, usei palavras duras que podem ter magoado você.

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    Para sabermos se as TdJ fazem proselitismo é bom sabermos o que essa palavra realmente significa. Na língua grega há a palavra pro·sé·ly·tos, que significa “convertido”. É desta palavra que deriva a portuguesa “proselitismo”, que significa basicamente a atividade de converter pessoas. Hoje em dia, alguns dizem que o proselitismo é prejudicial. Um documento publicado pelo Conselho Mundial de Igrejas até fala do “pecado do proselitismo”. Por quê? O Catholic World Report declara: “Diante das persistentes queixas da Igreja Ortodoxa, o ‘proselitismo’ assumiu a conotação de conversão forçada.”

    É o proselitismo prejudicial? Às vezes, sim. Jesus disse que o proselitismo dos escribas e dos fariseus era prejudicial para as pessoas que eles convertiam. (Mateus 23:15) A “conversão forçada” certamente é errada. Segundo o historiador Josefo, por exemplo, quando o macabeu João Hircano subjugou os idumeus, ele “permitiu que permanecessem no seu país desde que fossem circuncidados e estivessem dispostos a observar as leis dos judeus”. Se os idumeus quisessem viver sob o domínio judeu, teriam de praticar a religião judaica. Historiadores nos dizem que, no oitavo século EC, Carlos Magno conquistou os saxões pagãos do norte da Europa e obrigou-os brutalmente a se converterem. No entanto, quão sinceras eram as conversões dos saxões ou dos idumeus? Por exemplo, quão genuíno era o apego do rei idumeu, Herodes — que tramou o assassinato do menino Jesus — à divinamente inspirada Lei de Moisés? — Mateus 2:1-18.

    Existem hoje conversões forçadas? Em certo sentido, sim. Relata-se que alguns missionários da cristandade oferecem a conversos em potencial bolsas de estudo em outros países. Ou podem obrigar um refugiado faminto a assistir a um sermão para conseguir uma ração de comida. Segundo uma declaração feita em 1992 por uma convenção de primazes ortodoxos, “há às vezes proselitismo por meio de incentivos materiais e outras vezes por várias formas de violência”.

    Pressionar pessoas para que mudem de religião é errado. As Testemunhas de Jeová certamente não agem assim. Por isso não fazem proselitismo no sentido moderno da palavra. Antes, assim como os cristãos do primeiro século, pregam as boas novas a todos. Quem as aceita de bom grado é convidado a obter mais conhecimento por meio de um estudo da Bíblia. Esses interessados aprendem a depositar fé em Deus e nos propósitos dele, com base sólida no conhecimento exato da Bíblia. Em resultado disso, invocam o nome de Deus, Jeová, para obter salvação. (Romanos 10:13, 14, 17) Aceitarem ou não as boas novas é uma questão de escolha pessoal. Não há nenhuma coação. Se houvesse, a conversão não teria valor. Para ser aceitável a Deus, a adoração tem de originar-se no coração. — Deuteronômio 6:4, 5; 10:12.

  • No mesmo texto em que ordenou os discípulos saírem de dois a dois, Jesus também ordenou que expulsassem demônios e curassem enfermos! Tj's nem nisto acreditam, contrariando a bíblia Mc 16:17 e 18, At 2:39.

  • Liw, você menciona Paulo com muita propriedade quando diz: "É evidente que Paulo seguia a Jesus como modelo no ministério. Ele persuadia os ouvintes, raciocinando com base nas Escrituras, sem deixar de respeitar os sentimentos e as opiniões deles".

    Jesus respeitava os sentimentos das pessoas, mas e o inflexívell fariseu Paulo de Tarso? Estaria seguindo Jesus como modelo, quando revelou seu preconceito contra os homossexuais, nivelando-os com os ladrões, prostitutas, assassinos, feiticeiros e criminosos da pior espécie? Paulo imitava Jesus no ministério quando chamou os Cretenses de ventres preguiçosos? Responda por si mesmo.

    A Lei Mosaica respeitava o livre arbítrio de cada um na escolha entre a vida e a morte. Como não previa a promessa da vida eterna num corpo espiritual, seria sábio obedecer as leis e ordenanças divinas para uma vida prolongada sendo fiel a Jeová por medo ou interesse, jamais por amor.

    Nos dias do Novo Pacto, a mensagem cristã era a novidade da vida eterna num plano superior a este para todos que cumprissem a Lei do Amor revelada pelo Moisés Maior, Cristo Jesus. Será que a mensagem tão badalada pelos superfinos apóstolos da cristandade (TJs) é a promessa cristã da vida eterna, mediante o cultivo dos frutos do espírito, ou a antiga ameaça do "dá ou desce" (Bispo Macedo), tipo sirva a Jeová do nosso lado ou serás destruído eternamente no famigerado e sempre furtivo Armagedom? Responda por si mesmo.

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