Alguem sabe qual era a situação econômica e política da Holanda no início do século XVII?

já li mas não entendi muito bem!

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  • Situação Política: Recém independente do Reino da Espanha, a Holanda vinha se afirmando na comunidade internacional através de guerras e maior participação no comércio mercantilista mundial.

    Situação Econômica: Uma das melhores possíveis. A maioria da população holandesa ou era Calvinista (Puritana) ou Judia. Ou seja: isso é a melhor coisa do mundo para um país que quer se tornar uma potência capitalista. Além disso a Holanda fazia parte do Ciclo do Açúcar do Brasil, e detinha grande parte dos lucros da produção, já que a distribuição do produto na Europa era cargo da Holanda. Além disso o porto de Amsterdan era um dos portos com maior movimento na Europa.

    Abraços.

  • A situação econômica da Holanda era muito boa, ela começava a se industrializar, estava se desenvolvendo tanto que a Inglaterra e a França queriam acabar com a economia holandesa. A Holanda conseguiu seu crescimento tecnológico e comercial nas actividades agrícolas, piscatórias, construção naval e manufactureira. Conseguiu-se quase imediatamente uma posição excepcional no comércio regional da área do Báltico para o qual estabeleceram importantes relações com os países nórdicos (Suécia). Exportavam essencialmente sal, peixe e vinho e importavam cereais, madeira e linho que por seu lado eram manufacturados e revendidos nos mercados da Europa Ocidental. Amsterdão começava agora a substituir Antuérpia no papel de capital comercial da região. Internamente, a Holanda revitalizava-se, aproveitavam-se novos tipos de energia e produção (moinhos de vento, turfa e diques); desenvolviam-se novas e excelentes técnicas de construção naval (o fluyt é possivelmente o auge desta afirmação naval) que lhe permitiram construir uma respeitável marinha de guerra e mercante face ao resto da Europa; a supremacia marítima no Báltico e no Mar do Norte estava assim assegurada. Contudo as ambições da Holanda não ficavam por aqui, não chegava apenas o domínio do comércio do Báltico quando havia um imenso e novo mundo comercial à espera. Era evidente a sua tentativa de expansão comercial para o resto do Mundo. Inicialmente, a Holanda procurou tomar ou instalar-se nos mercados e territórios portugueses na América do Sul (Brasil) e em África (Angola), porém sem muito sucesso; prosseguiram posteriormente para interferir nas rotas do ouro provenientes das Américas para a Espanha, conseguindo assim ter uma importante participação na destruição da marinha espanhola. A expansão prosseguiu com mais êxito para o Oriente onde encontraram mercados favoráveis no Japão (excepcionalmente), China e depois no Sudeste Asiático (Indonésia), formando para o controlo destes mercados a Companhia das Índias Orientais. Também foram igualmente instalados mercados nas Antilhas e na América do Norte (da qual resultou a fundação de Nova Amsterdão e outros pontos e cidades comerciais importantes), dando origem à designada Companhia da Índias Ocidentais. Para estes mercados internacionais, a Holanda exportava essencialmente armas (ferro sueco), açúcar (proveniente das Antilhas) e porcelana (Oriente). Porém, a Holanda não se limitava a estabelecer relações comerciais entre si e com outros mercados, servi igualmente de intermediária entre negócios com outros países. Para isso forneciam capacidade e serviços de transportes marítimos que lhes fornecia uma significativa margem de lucro através dos fretes; grande parte da sua indústria manufactureira revertia a sua produção para a venda a outros países; difusão e venda de instrumentos de precisão; sistema de importação-reexportação; portanto visavam assim a redução de custos, aumento de lucro e de salários; produção em bruto e significativamente mais barata. Devido à tamanha eficácia deste sistema capitalista, os holandeses eram vistos na Europa como excelentes mercadores e muitos tornaram-se importantes conselheiros de empresas e estados europeus. A gerir esta próspera economia estavam um vasto e eficaz conjunto de instituições económico-financeiras: companhias por acções (Companhias das Índias) e os poderosos Banco e Bolsa de Amsterdão.

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