Alguém por favor me ajude a interpretar esse poema, não consigo entender.?

CECILIA MEIRELES

Sou entre a flor e nuvem

Estrela e mar. Por que

Havemos de ser unicamente

Humanos. Limitados em chorar?

Não encontro caminhos fáceis

De andar. Meu rosto vario

Desorienta as firmes pedras

Que não sabem de água e ar.

Comments

  • ))))))))))))))))))))))))))

    IIIIIIIIII### Há um lamento de dor nestas palavras.

    Primeiro, ela se situa. Localiza-se como habitante deste mundo, mundo feito de nuvens, estrelas, mar, flores. O "sou" dela é "existo". Tradução: "Sou existente neste mundo de flores e nuvens". Estes elementos da existência foram escolhidos pela Cecília como demonstração do encanto que ela sente por eles.

    IIIIIIIIII### Contudo, ela começa uma pergunta: "Por que...?"

    IIIIIIIIII### "Por que havemos de ser", ou seja, por que somos...?

    IIIIIIIIII### Por que somos "unicamente", apenas, tão-somente... humanos? E aqui ela qualifica a condição de sermos humanos, colocando-nos entre os limites das lágrimas. Somos limitados em chorar. Ora, quem sofre, quem chora, quem se contorce em dores dentro si e não vê saída ou solução para o seu pesar, não vê outra senão chorar.

    IIIIIIIIII### Deveríamos ser capazes de ir além das lágrimas. Aqui está a principal ideia-mensagem de Cecília. Que bom que, além de um lugar chamado "lágrimas", pudéssemos encontrar os ventos que as enxugassem prestamente, rapidamente. Infelizmente, não é assim. E ela se lamenta por não ser assim. É o lamento de todos nós.

    IIIIIIIIII### E como estava a poetisa, se não apenas o seu eu-lírico, acoada dentro de sua limitada condição humana, na qual só pode chorar...! "Não encontro caminhos fáceis...!" ("De andar"= de viver, ou para viver).

    IIIIIIIIII### "Meu rosto vario", como a amiga escreveu, não tem sentido. Deve ser "Meu rosto vário" (com acento agudo), ou seja, "meu rosto inconstante, instável". Este mesmo rosto, que é a superfície de expressão dos sentimentos de dor aí vivenciados, desorientam, desestabilizam "as firmes pedras", as convicções interiores acerca da vida, do eu --- convicções que, no entanto, não têm a ver com o mundo de água e ar, com o mundo físico. Tais "pedras" só sabem do mundo de sentimentos e emoções.

    UM BEIJO.

    ))))))))))))))))))))))))))))))))))

  • Creio que Cecília, queria demonstrar nestes versos que somos dubeis, ou seja, que somos humanos, divididos sempre em dois caminhos, dessa forma somos impossíveis de se definir.

    Boa Sorte

  • Expressa a dificuldade de "ser": "não encontro caminhos fáceis", "por que havemos de ser unicamente Humanos"...

    Ora, essa dificuldade não seria o destino do ser humano? O que vale o talento sem trabalho, e o trabalho sem amor?

  • o querer ser e o não ser.

    o querer ter e não ter.

    o concreto,contrapondo o abstrato.

    o não poder ser.

  • Eu acredito que ela faça um contra-ponto entre as dúvidas, dificuldade de ser humano, de encontrar seu objetivo no mundo, e o dos elementos, que desconhecem o mundo que os cerca, e portanto são firmes, decididos.

  • Tbm naum sei ...

  • Olé

    Para mim ela vivia muito alem da visão humana das coisas...ela se sentia em sintonia com outras coisas ...com a natureza...se sentia parte de um todo...

    Beijos

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