O carisma, os discursos melodramáticos e o uso da propaganda massiva produziram ícones da política que, ainda hoje, inspiram os hábitos e comportamentos das lideranças políticas. Os estudiosos dessa época definiram tal período histórico como o auge do populismo no Brasil.
Sob o aspecto teórico, o governante populista fundamentava seu discurso em projetos de inclusão social que, em sua aparência, legitimavam a crença na construção de uma nação promissora. Definindo seus aliados como imprescindíveis ao progresso nacional, o populismo saudava valores e idéias que colocavam o “grande líder” como porta-voz das massas. Suas ações não mais demonstravam sua natureza individual, mas transformavam-no em “homem do progresso”, “defensor da nação” ou “representante do povo”. Construía-se a imagem do indivíduo que desaparecia em prol de causas coletivas.
Apoiado na sua política nacionalista, o governo explorou as riquezas brasileiras, amparado em grupos nacionais, contrariando os grupos estrangeiros. Destaca-se, neste período a extração mineral, a exportação de minérios e a siderurgia.
Realizações do governo Vargas neste período:
a) Criação do Conselho Nacional de Petróleo em 1938. No ano seguinte, foi aberto o primeiro poço de petróleo em Lobato, na Bahia.
b) Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941, empresa instalada em Volta Redonda, Rio de Janeiro, para produção de aço.
c) Criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, com a meta de cuidar da extração das riquezas minerais.
d) Criação da Companhia Nacional de Álcalis em 1943.
e) Criação da Fábrica Nacional de Motores em 1943.
f) Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco em 1945.
Política trabalhista
A relação capital e trabalho ficou bem acentuada nesse período governista. Nesse sentido, as principais medidas do Governo ditatorial foram:
a) Controle dos sindicatos – Os sindicatos, que deveriam defender os trabalhadores, não cumpriam sua função histórica, comportando-se como mecanismo a favor do governo. Estava oficializado o “peleguismo”, ou seja, política de “amaciamento” das massas trabalhadoras pelos burocratas sindicais (conhecidos como pelegos) a serviço do governo e dos empresários.
b) Criação do salário mínimo (1940) – O salário mínimo foi criado a partir de pesquisas para averiguar o mínimo que uma família operária deveria ganhar para atender às suas necessidades elementares (alimentação, transporte, habitação e vestuário), garantindo a sobrevivência de uma família de 4 pessoas. Na prática, a medida governamental só atendeu ao operário urbano, não beneficiando o trabalhador rural.
CONCLUSAO: amplas alianças e o controle dos meios de comunicação, se transformou em uma grande unanimidade política. Seu discurso nacionalista e a concentração de poderes políticos lhe ofereceram uma longa carreira presidencial. Como exemplo da pluralidade de idéias desse período, podemos notar que Vargas conseguia, ao mesmo tempo, ser considerado o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”.
O governo Vargas em sua fase final (1950-1954) impulsionou bastante a industrialização, seguindo o modelo do nacional-desenvolvimentismo, que defendia a expansão industrial voltada para o mercado interno.
Foram medidas importantes:
- início da construção de hidrelétricas estatais (até então a energia elétrica era privada e não conseguir suprir o consumo de São Paulo e arredores); depois unificadas no sistema Eletrobras.
- proteção ao mercado nacional, através da CACEX; portaria criando limites à remessa de lucros das empresas estrangeiras para suas matrizes (o que as obrigava a reinvestir no Brasil).
- criação de parcerias com empresas da Alemanha e da Itália para a instalação de empresas do setor automobilístico e de motores (no primeiro caso, a Volkswagen e a Mercedes-Benz; no segundo, tecnologia FIAT para a criação da FNM).
- criação da Petrobrás.
O grande objetivo desse projeto era chegar à produção de um automóvel totalmente produzido no Brasil, o que requeria passar muitas etapas - e acabou se concretizando apenas na administração Kubitschek.
Vargas tinha o apoio de um setor industrial (Euvaldo Lodi, Roberto Simonsen, Ricardo Jafet) - que controlava então a CNI - e a colaboração de funcionários civis e militares.
Segundo esse programa, a indústria deveria progredir em etapas de "substituição de importações", ou seja, criando meios para se tornar cada vez mais vantajosa a produção de um determinado produto no Brasil, em vez de importá-lo.
Para isso, utilizavam vários instrumentos, que iam do estabelecimento de taxas diferenciadas de importação (aqui entra a CACEX), que acabavam encarecendo o produto importado, até incentivos para o estabelecimentos de empresas estrangeiras no país, criando filiais que produziriam aqui o que antes era importado.
Essa política foi contestada na época por intelectuais e economistas (Eugênio Gudin, Gouvea de Bulhões) que entendiam que dessa forma o Brasil não se capacitava tecnologicamente (ficava sempre atrás da indústria de ponta) e encarecia a produção interna, ao criar taxas para os produtos importados.
Essa corrente (que não teve apoio no governo Vargas e nem nos seus sucessores - apesar de, curiosamente, ter seu centro na Fundação Getúlio Vargas) argumentava que, no futuro, o Brasil teria dificuldades para exportar produtos industriais.
Vargas adotou o nacionalismo econômico, com o objetivo de dificultar a entrada de produtos estrangeiros no país, pois por serem mais baratos que os produtos brasileiros, nosso mercado não teria condições de competir os grupos internacionais. Vargas nacionalizou o petróleo brasileiro, esta impulsionou nossa economia, visto que além de gerar milhares de emprego, a mesma gerava bilhões de reais para o país. Para melhor organizar o trabalho, vargas criou também o ministério do trabalho.
Estas são algumas de muitas ações do governo Vargas que impulsionou a economia brasileira, espero que tenha ajudado. Até mais.
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olá!
http://www.youtube.com/watch?v=Sktct_rXeYg-assista ao video
assista ao documentario:http://www.youtube.com/watch?v=DDID7f9xk8c
O carisma, os discursos melodramáticos e o uso da propaganda massiva produziram ícones da política que, ainda hoje, inspiram os hábitos e comportamentos das lideranças políticas. Os estudiosos dessa época definiram tal período histórico como o auge do populismo no Brasil.
Sob o aspecto teórico, o governante populista fundamentava seu discurso em projetos de inclusão social que, em sua aparência, legitimavam a crença na construção de uma nação promissora. Definindo seus aliados como imprescindíveis ao progresso nacional, o populismo saudava valores e idéias que colocavam o “grande líder” como porta-voz das massas. Suas ações não mais demonstravam sua natureza individual, mas transformavam-no em “homem do progresso”, “defensor da nação” ou “representante do povo”. Construía-se a imagem do indivíduo que desaparecia em prol de causas coletivas.
Apoiado na sua política nacionalista, o governo explorou as riquezas brasileiras, amparado em grupos nacionais, contrariando os grupos estrangeiros. Destaca-se, neste período a extração mineral, a exportação de minérios e a siderurgia.
Realizações do governo Vargas neste período:
a) Criação do Conselho Nacional de Petróleo em 1938. No ano seguinte, foi aberto o primeiro poço de petróleo em Lobato, na Bahia.
b) Construção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) em 1941, empresa instalada em Volta Redonda, Rio de Janeiro, para produção de aço.
c) Criação da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, com a meta de cuidar da extração das riquezas minerais.
d) Criação da Companhia Nacional de Álcalis em 1943.
e) Criação da Fábrica Nacional de Motores em 1943.
f) Criação da Companhia Hidroelétrica do São Francisco em 1945.
Política trabalhista
A relação capital e trabalho ficou bem acentuada nesse período governista. Nesse sentido, as principais medidas do Governo ditatorial foram:
a) Controle dos sindicatos – Os sindicatos, que deveriam defender os trabalhadores, não cumpriam sua função histórica, comportando-se como mecanismo a favor do governo. Estava oficializado o “peleguismo”, ou seja, política de “amaciamento” das massas trabalhadoras pelos burocratas sindicais (conhecidos como pelegos) a serviço do governo e dos empresários.
b) Criação do salário mínimo (1940) – O salário mínimo foi criado a partir de pesquisas para averiguar o mínimo que uma família operária deveria ganhar para atender às suas necessidades elementares (alimentação, transporte, habitação e vestuário), garantindo a sobrevivência de uma família de 4 pessoas. Na prática, a medida governamental só atendeu ao operário urbano, não beneficiando o trabalhador rural.
CONCLUSAO: amplas alianças e o controle dos meios de comunicação, se transformou em uma grande unanimidade política. Seu discurso nacionalista e a concentração de poderes políticos lhe ofereceram uma longa carreira presidencial. Como exemplo da pluralidade de idéias desse período, podemos notar que Vargas conseguia, ao mesmo tempo, ser considerado o “pai dos pobres” e a “mãe dos ricos”.
http://www.youtube.com/watch?v=zVuiFkhvcRE-assista a tele aula
O governo Vargas em sua fase final (1950-1954) impulsionou bastante a industrialização, seguindo o modelo do nacional-desenvolvimentismo, que defendia a expansão industrial voltada para o mercado interno.
Foram medidas importantes:
- início da construção de hidrelétricas estatais (até então a energia elétrica era privada e não conseguir suprir o consumo de São Paulo e arredores); depois unificadas no sistema Eletrobras.
- proteção ao mercado nacional, através da CACEX; portaria criando limites à remessa de lucros das empresas estrangeiras para suas matrizes (o que as obrigava a reinvestir no Brasil).
- criação de parcerias com empresas da Alemanha e da Itália para a instalação de empresas do setor automobilístico e de motores (no primeiro caso, a Volkswagen e a Mercedes-Benz; no segundo, tecnologia FIAT para a criação da FNM).
- criação da Petrobrás.
O grande objetivo desse projeto era chegar à produção de um automóvel totalmente produzido no Brasil, o que requeria passar muitas etapas - e acabou se concretizando apenas na administração Kubitschek.
Vargas tinha o apoio de um setor industrial (Euvaldo Lodi, Roberto Simonsen, Ricardo Jafet) - que controlava então a CNI - e a colaboração de funcionários civis e militares.
Segundo esse programa, a indústria deveria progredir em etapas de "substituição de importações", ou seja, criando meios para se tornar cada vez mais vantajosa a produção de um determinado produto no Brasil, em vez de importá-lo.
Para isso, utilizavam vários instrumentos, que iam do estabelecimento de taxas diferenciadas de importação (aqui entra a CACEX), que acabavam encarecendo o produto importado, até incentivos para o estabelecimentos de empresas estrangeiras no país, criando filiais que produziriam aqui o que antes era importado.
Essa política foi contestada na época por intelectuais e economistas (Eugênio Gudin, Gouvea de Bulhões) que entendiam que dessa forma o Brasil não se capacitava tecnologicamente (ficava sempre atrás da indústria de ponta) e encarecia a produção interna, ao criar taxas para os produtos importados.
Essa corrente (que não teve apoio no governo Vargas e nem nos seus sucessores - apesar de, curiosamente, ter seu centro na Fundação Getúlio Vargas) argumentava que, no futuro, o Brasil teria dificuldades para exportar produtos industriais.
O Francisco respondeu bem, embora muitas dessa leis foram sancionadas anos, após sua morte.
Vargas adotou o nacionalismo econômico, com o objetivo de dificultar a entrada de produtos estrangeiros no país, pois por serem mais baratos que os produtos brasileiros, nosso mercado não teria condições de competir os grupos internacionais. Vargas nacionalizou o petróleo brasileiro, esta impulsionou nossa economia, visto que além de gerar milhares de emprego, a mesma gerava bilhões de reais para o país. Para melhor organizar o trabalho, vargas criou também o ministério do trabalho.
Estas são algumas de muitas ações do governo Vargas que impulsionou a economia brasileira, espero que tenha ajudado. Até mais.