qual a diferença das mulheres do romantismo com as do realismo?

qual a diferença em relação a mulher do livro "a viuvinha" com uma viúva do realismo.. por favor respondam? 10 pontos para melhor

Comments

  • Olá, Kassio!

    Há dois anos uma pergunta similar a esta sua foi feita aqui no Y!R e foi brilhantemente respondida pela colega VIVIANE MARTINS (não entendi por que não foi escolhida como a melhor resposta!).

    Trata-se de uma resposta inteligente, bem fundamentada, que demonstra uma pesquisa rigorosa.

    http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=200...

    Apenas para complementar, gostaria de dizer que para a gente pesquisar as diferenças entre ambas, as mulheres viúvas dos romances românticos e as mulheres viúvas dos romances realistas, temos que partir de duas diferenças fundamentais: ÉPOCA E ESPAÇO.

    ÉPOCA:

    "A Viuvinha" foi publicado em 1860. Carolina mantém-se fiel ao marido que imagina morto, e passa a usar apenas roupas pretas. Carolina reencontra o amor de outrora.

    Como exemplo de viúvas do Realismo podemos citar duas personagens machadianas, a Dona Glória (mãe de Bento Santiago de "Dom Casmurro") e Eugênia (a protagonista do conto "Confissões de uma viúva".

    ESPAÇO:

    Carolina é uma personagem que foi criada para viver suas peripécias na sociedade carioca do início do século XIX, quando o país ainda estava vivendo as primeiras décadas de sua independência: uma vida trivial com os preconceitos sociais, as festas, a economia doméstica, os saraus familiares, as conversas de comadre, as pequenas e grandes intrigas, os ciúmes mesquinhos, os namoros até certo ponto ingênuos de estudantes e donzelas, que quase sempre acabavam em casamento feliz.

    Eugênia é uma personagem que foi criada para viver suas peripécias no casamento, enfocando um lar burguês aparentemente feliz e perfeito, mas com bases falsas. A história de Eugênia deveria funcionar como arma de combate social. O conto termina com a partida de Emílio - o qual fugira, deixando-a sem apoio. Eugênia fora usada, então. Não houve qualquer sentimento. Ela traiu o marido, quando era comprometida. E ficou desimpedida, foi abandonada.

    Mariana Estevam

  • basicamente romantismo é um amor de perdição,,que mata e morre pela pessoa amada gota de cimitérios, ecuridão e idealiza as coisas apenas na mente .não faz só imagina

    realis é tudo ao contrário e usa + a razão!!!!!!!!!

    espero ter te ajudado e q VC me ajude com 10 pontos

    brigado..............

  • Mulher do Romantismo, ela leva em consideração o sentimento, ao o que está sentido, já a do Realismo pensa no seu carater, mostra a realidade, não viaja como as dos Romantismo.

    Bjoo

    Espero que tenha ajudado.

  • Amigo,nunca li A Viuvinha,mas conhecem umas 20 pessoas que já leram,à diferença entre as realismo é que:

    -No romantismo as mulheres usavam os vestidos até tampar seus pés.

    Também eram muito amadas e idolatradas.

    Já no realismo isso não existiam mais, as mulheres já começaram a subir os vestidos e toda a importância da história já não era mais para ela.

    Espero ter ajudado.

    Abraço.

  • Mas mesmo no Romantismo, as mulheres já começavam a ganhar força e mais personalidade, apesar de continuarem um pouco pálidas. Joaquim Manuel de Macedo dá o primeiro passo para escurecer um pouco a pele de nossas heroínas com A moreninha. Carolina é um tipo mais brasileiro, morena; mas ainda é uma morena clara, pois a morena mesmo, ainda é demais para a época! José de Alencar escreve Iracema, cujo personagem principal é uma índia, mas o herói a deixa no final para voltar para sua virgem branca e loura na Europa. Por outro lado, em seus romances urbanos, José de Alencar criou personagens femininas fortes para seu tempo: Lúcia (a prostituta que ousa amar) em Lucíola; Aurélia (a esposa dominadora que comprou o marido) em Senhora e Emília, a jovem voluntariosa que submete seu amor à prova em Diva. Mesmo assim, ao final elas acabam felizes e domadas ao lado de maridos, com exceção de Lúcia, que morre. A sociedade da época não perdoaria uma prostituta, nem a deixaria ter um final feliz.

    Quanto às mulheres autoras da época, no Brasil não tivemos muita sorte. Mas na Inglaterra, por exemplo, algumas mulheres lançaram-se como romancistas no Romantismo: Emily Brontë e suas irmãs e Jane Austen.

    No movimento que se seguiu: Realismo e Naturalismo, uma mulher mais real foi surgindo. Essa nova mulher já não é inocente: trai o marido, tem prazeres e vontades próprias. Vemos isso em Madame Bovary de Gustave Flaubert (francês), em O primo Basílio de Eça de Queirós (português) e em Dom Casmurro de Machado de Assis. Em O cortiço, uma camada da sociedade que nunca pôde se dar ao luxo de viver segundo as normas da sociedade aristocrática, revela mulheres que se nivelam aos homens em tudo: no desejo sexual, no trabalho, na astúcia...inclusive na opção sexual, já que há referências ao homossexualismo feminino no romance.

    Com o Pré-modernismo e o Modernismo, e a literatura que se segue, vemos uma mulher cada vez mais próxima do que é a mulher de hoje em dia, dando os primeiros passos para adquirir os direitos que hoje lhe são dados. Em Cabocla, temos já uma heroína sensual e moreníssima, admirada e amada desse jeito. Já estava decretado o fim do império das "branquelas". E em Grande Sertão Veredas, nossa heroína é um cangaceiro. Vestida de homem, ela mostra que a mulher pode realmente fazer tudo o que o homem faz, só que ainda não pode fazê-lo vestida de mulher.

    Paralelamente, as mulheres lançam-se como autoras e criam heroínas sob a perspectiva feminina e fazem uma poesia feminina, tomando de vez o espaço da mulher da literatura: Rachel de Queiroz, Clarice Lispector, Cecília Meireles. Na Inglaterra, a incrível Virginia Woolf.

    Bem, espero ter ajudado

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