Uma breve história da natureza do Universo.?

As primeiras explicações para a natureza do Universo eram todas metafísicas. Atribuíam poderes sobre-humanos a entidades divinas capazes de criar o cosmo, a Terra e a vida. Quem primeiro buscou pensar a natureza de um modo objetivo foram os filósofos gregos no século V a. C. Entre eles, uma escola liderada por Leucipo de Míleto e seu discípulo Demócrito de Abdera. Seu objeto de reflexão era o mundo palpável, aquele que se descortinava a seus olhos. Leucipo e Demócrito acreditavam que o cosmo, o sistema harmônico do mundo natural, consistia em duas partes fundamentais: os átomos e o vazio. Para esses pensadores, chamado anatomistas, a menor partícula do cosmo era o átomo, palavra grega que significava indivisível. Esse cosmo, diziam, era eterno e existia para se transpor o caos. Ainda apresentaram outras idéias bonitas sobre o assunto da doutrina de Demócrito, chamada de teoria atômica, que vem se mantendo há mais de dois mil anos. Exemplo: nosso mundo é formado de átomos, e nossas experiências e reconhecimentos são telegramas atômicos.

“Quando, no mundo, aparece uma coisa nova, na realidade não é nada de novo que surge, senão apenas o fato de que os átomos invisíveis, que sempre existem, se juntam em bandos, como os pombos para a comida”.

“Quando uma coisa some, nada se destrói, mas os átomos separam-se, como os pombos esvoaçam depois de se nutrirem, para tornarem a ficar sozinhos e invisíveis debaixo das cornijas até que, em dado momento, voltam a formar um bando”.

“Quando, no azul do céu, se agrega uma nuvem, é porque os grupos de átomos da água, que até então pairavam individualmente e, portanto, eram invisíveis, acumularam-se para formar neblina visível; quando a água da chuva se evapora das pedras úmidas, os átomos tornam a dispersar-se”. A criança que cresce representa átomos que se criam em seu corpo, e o cadáver que se decompõe faz os átomos voltarem à circulação da natureza que “temporariamente neste corpo haviam-se juntado para o bem e/ou para o mal”.

Mas naquele tempo a visão atomista estava longe de ser consensual entre os gregos. Platão, o grande filósofo ateniense, rejeitava a idéia dos átomos. Para ele, o cosmo não era eterno. Fora criado. Apesar da oposição platônica, a concepção atomista sobreviveu para ser adotada, no século III a. C., por outro filósofo do mundo antigo, Aristóteles, partidário do tempo sem início (eterno), invocava o princípio de que do nada, nada vem. Se o Universo não poderia nunca ter passado do não ser para o ser, deveria ter existido sempre.

Hoje, é curioso notar que, aproximadamente 24 séculos após os atomistas pensar pela primeira vez a natureza de um modo objetivo eu descrevi um novo fato: se a vida surge de vida pré-existente, é óbvia a infinitude da vida no ciclo da Nossa História alternado com o ciclo da Pré-História. Cada homem é parte integrante do passado, presente e futuro da espécie humana. O patrimônio genético comum a todos é transferido de geração em geração, assim como tudo que foi descoberto, inventado e realizado. Círculo que repete a genética das vidas na Terra – quer sejam elas humanas, animais ou vegetais. Tudo isto faz parte do ciclo da química, que está ligada ao meio ambiente: fauna, flora e os microrganismos que constituem os fatores de equilíbrio geológico, atmosférico, meteorológico e biológico; matérias e energias do ecossistema da Terra.

Toda teoria é um jogo justo "ataques implacáveis", a quem puder refutar.

Se algo é falso, ele merece ser refutada. Se for verdade, não tem nada a temer, não pode ser negado que a vida sempre existiu.

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