Prefeito Kassabão compra vereadores que nem tomaram posse ainda?
Kassab reserva R$ 142 milhões para emendas da Câmara
Para manter base, prefeito dá R$ 2 mi até para os 16 parlamentares que nem tomaram posse
Diego Zanchetta
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Com o objetivo de manter a maioria folgada na Câmara dos Vereadores de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) ofereceu aos 16 novos parlamentares que vão tomar posse em 1º de janeiro a possibilidade de apresentarem até R$ 2 milhões cada um em emendas ao Orçamento de 2009. Os recursos seriam solicitados via liderança de seus partidos. A cota é a mesma oferecida aos 39 vereadores reeleitos e aos 16 que se despedem da Casa.
Ao todo, a Prefeitura vai disponibilizar R$ 142 milhões para o Poder Legislativo prever em projetos que podem ser executados no próximo ano. As emendas são o principal meio de os parlamentares proporem obras e intervenções em seus redutos eleitorais. Nesses dois anos, a gestão Kassab tem cumprido parcialmente até emendas da bancada do PT, o que facilitou a aprovação de projetos polêmicos como o Cidade Limpa, que vetou outdoors, e o reembolso dos R$ 52,89 da inspeção veicular.
Especialistas e caciques da Câmara dizem acreditar que a aproximação entre o prefeito e os novos vereadores vai facilitar a aprovação de projetos considerados vitrines para a segunda gestão, como a isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) aos autônomos. A aprovação de outro projeto de isenção fiscal, para as empresas que vão se instalar na Nova Luz, região central, também é fundamental para o governo já no primeiro semestre de 2009.
Para o professor Marco Antonio Teixeira, cientista político da Fundação Getúlio Vargas (FGV), conceder emendas aos novos vereadores é uma estratégia de quem está sem espaço no governo para compor com os aliados. "Como o Kassab tem de manter a maior parte da equipe, até para não abrir uma crise logo no início do segundo mandato, ele está sem espaço nas secretarias para os aliados que se juntaram à sua campanha. O prefeito, com as emendas, tenta abrir uma nova frente de negociação para manter maioria no Legislativo", avalia o cientista.
"A própria entrada do Marcos Cintra (secretaria do Trabalho) contemplou o PR, mas ele é uma pessoa de perfil mais técnico do que partidário. O prefeito vai mexer muito pouco em sua equipe. Ele se elegeu com maioria expressiva e não está tão refém dos parlamentares ", afirma Teixeira.
Questionado ontem se tentava com o recurso obter o apoio dos parlamentares ainda sem mandato, Kassab negou. "Seria uma injustiça (não fazer essa oferta). Acho correto, é para todos os vereadores. Os vereadores podem propor soluções", argumentou o prefeito. "É algo suprapartidário, independente das questões de apoio ou não", completou Kassab.
Apesar de ceder nas emendas, o governo não vai abrir espaço para os vereadores indicarem subprefeitos, apurou o Estado. Os vereadores aliados vão poder indicar no máximo assessores de segundo e terceiro escalões nas 31 subprefeituras, como já ocorre.
Um dos novatos na Câmara, o vereador Floriano Pesaro (PSDB) disse que pretende apresentar emenda para incrementar verbas de cursos profissionalizantes voltados para jovens. "Acho uma medida correta do prefeito (oferecer a emenda). Afinal, nós estaremos fiscalizando a execução orçamentária de 2009, então nada mais justo que propor projetos."
Cláudio Fonseca (PPS), que volta ao Legislativo após ficar de fora por quatro anos, recebe a oferta com ceticismo. "O efetivo exercício do mandato ocorre no ano que vem, não sei se haveria legitimidade", argumentou o parlamentar, ligado à base dos professores municipais.
Segundo parlamentares há mais de quatro mandatos na Câmara, somente os prefeitos Jânio Quadros (1986-1989) e Paulo Maluf na segunda gestão (1993-1996) ofereceram a parlamentares a possibilidade de propor emendas prestes a tomarem posse do mandato. "O Kassab está certo, pois esses 16 novos vão ser vereadores a partir de 1º de janeiro. E o prefeito quer ter apoio para aprovar os projetos de interesse da cidade", disse Carlos Apolinário (PDT).
O presidente da Câmara, Antonio Carlos Rodrigues (PR), aliado do prefeito, também considerou legal a oferta. "Não existe problema legal algum, eu vejo como correta a medida do prefeito", disse Rodrigues, que deve ser reeleito em 2009 pela segunda vez para a presidência da Mesa Diretora. Publicação do Estadão, edição deste sábado 15/11
Comments
Em política também nada se cria, tudo se copia. Como bom político que o prefeito é, ele observa o que se passa nos níveis estaduais e federal de nosso país e percebe que é a maneira mais fácil (não correta) de administrar. Para não ser atropelado no jogo dos interesses e do poder, ele simplesmente faz o que quase todos fazem. Não sou do tipo que justifica um erro apresentando outros (como é o caso dos sectários ) nem muito menos julgo os fatos pelos agentes (como também fazem os sectários, que só enxergam erros nos outros, os de casa, nunca) esses por certo desconhecem o que é disciplina intelectual e suas opiniões no máximo merecem o desprezo, cobram dos adversários e convenientemente ignora os erros cometidos pelos seus.
Muito pior dos que compram consciências, são aqueles que as vendem e traem os eleitores e no Congresso Federal está cheio deles, basta verificar quantos mudaram de partido e pularam da oposição para os braços do fisilogismo fácil da situação. É meu caro, o exemplo (mau) vem de cima!
esse é o prefeito que são paulo escolheu, o povo tem o que merece
um safadão como prefeito
E cadê a independência dos poderes?
E por acaso os vereadores foram eleitos para o q? Para aprovarem projetos no interesse da cidade
Qual a necessidad d dar a eles o direito d emendas no orçamento, se eles já possuem? O orçamento é lei como qq outra, q precisa ser aprovada pela câmara d vereadores
à isso ae,
Ele sabe que não tem apoio total dos vereadores precisa governar e aprovar projetos de seu interesse e assim pensa que manterá a base.
Só que isso custara R$ 142 milhões de reais a prefeitura dinheiro do povo do contribuinte,
Ou seja, isso em outras palavras é roubo, comprar com o dinheiro do povo a governabilidade.
Isso é só um dos atos que esse ernegumeno promovera em sua gestão, aguardem vira coisas piores.
Tenho pena dos paulistanos de bem, o cidadão trabalhador que votou nesse cara por intermédio do estelionato eleitoral aplicado pelo impostor $errupto,
Pois não adianta ninguém querer tapar o sol com a peneira que o Nunkassb é filho (politico) de $erra digo o que sobrou da placenta.
Os paulistanos vivem discriminando os nordestinos, e por fim nem sabem votar.Escolheram para Prefeito,um cara que chamou, um pai de famÃlia de vagabundo.
Eu preferia a coroa velha,rapariga do Lula.kkkkkkkk
Olha essa:
http://blogdofavre.ig.com.br/2008/11/secretario-de...
Comprar o Legislativo já faz parte da tradição polÃtica brasileira.
Na minha cidade já foi eleito um Prefeito com minoria absoluta na Câmara de Vereadores, mas quando assumiu a Prefeitura já contava com mais de 90% a seu lado.
A MÃdia até apelidou de "Jumbão" tal foi a desbandana de vereadores para debaixo das asas do Prefeito eleito.
Essa é a nossa infeliz realidade.
Um abraço!!!
Esse não nega o clã dos demos