Se a alquimia prefigurou por vezes a química moderna, trazendo algumas verdadeiras descobertas, como o ácido sulfúrico, o antimônio ou o fósforo, e finalmente influenciou de maneira fecunda o desenvolvimento da técnica e da ciência em geral, suas derivas ocultas tiveram razão nela. Assim como o progresso das ciências. Porque, hoje, sabe-se como mudar o chumbo em ouro e sabe-se também quanto custa.
O principal instrumento para sondar as entranhas da matéria é o acelerador de partículas. Esquematicamente um tubo, linear ou em círculo, capaz de acelerar a grandes velocidades átomos e/ou partículas e de precipitá-los uns sobre os outros a fim de quebrá-los em mil pedaços. O estudo desses pedaços permite ver o que os átomos têm no interior do ventre.
O átomo mais leve é o hidrogênio. Ele ocupa, portanto, a primeira casa da classificação por tamanho dos átomos, que é chamada Tabela Periódica dos Elementos, e que foi "inventada" pelo químico russo Dimitri Mendeleïeve. O número 2 é o hélio, o 3 é o lítio, etc. O carbono ocupa o 6o lugar, o ferro o 26o, a prata o 47o, o ouro o 79o, o chumbo o 82o, o urânio o 92o...
Por outro lado, os átomos, artificiais e bastante grandes, são instáveis e têm tempos de vida curtos. O elemento mais pesado observado até hoje, durante 0,9 milissegundos, ocupa o 118o lugar da classificação. Batizado (provisoriamente) unuoctium, seu núcleo comporta 293 "tijolos", chamados núcleos (118 prótons e 175 nêutrons), contra 2 para o hidrogênio, 12 para o carbono ou 207 para o chumbo. O elemento 118 foi criado bombardeando-se átomos de curium-245 e de californium-249 com núcleos de cálcio-45.
"Onze núcleos, você arrancará".
Para passar do chumbo à prata é preciso, portanto, arrancar de uma só vez algumas partículas nucleares. O chumbo tem 208 (82 prótons e 126 nêutrons) e o ouro 197 (79 prótons e 118 nêutrons). Bombardeando-se o chumbo, pode-se, portanto, esperar arrancar suas 11 partículas núcleares excedentes, ou seja, três prótons e oito nêutrons. O que acontece é que a probabilidade para que isso se dê é bastante baixa. Logo, seria necessário que o bombardeamento durasse meses, mesmo anos, para que se obtivesse ouro. E quando se conhece o custo de funcionamento desses aceleradores (alguns milhares de euros por hora (um euro ~ 2,75 reais)), melhor será ir diretamente a um joalheiro, onde o ouro esteja a um preço razoável.
O ouro é reputado como sendo o metal mais nobre de todos, por ser o mais inalterável. Apresenta uma resistência excepcional à oxidação, mesmo a temperaturas elevadas, porque ele se "recusa" a reagir com outros elementos. Por isso, ele se tornou "o queridinho" das jóias e também da alta tecnologia. Ele é, assim, bastante utilizado como indicador de pressão a níveis de pressão superiores a 1 milhão de atmosferas (1 milhão de vezes a pressão atmosférica). Não obstante, uma experiência recente realizada na instalação européia de radiação síncrotron (ESRF, em Grenoble - França) mostrou que mesmo o ouro tinha seus limites. Ele torna-se alterável quando submetido a pressões superiores a 2,4 milhões de atmosferas. Pressão esta, da ordem da que reina no centro da Terra.
O ouro poderia igualmente brilhar onde não se esperava. Assim, o Centro Nacional de Pesquisas Científica (CNRS, na sigla francesa) recentemente criou um grupo especial de pesquisadores encarregado de estudar as aplicações do ouro nas nanotecnologias. Graças à sua não-toxicidade, seu poder catalítico, sua biocompatibilidade e suas propriedades ópticas, o ouro sob forma de nanopartículas (de um tamanho inferior à bilionésima parte do metro) encontrou novas aplicações: circuitos eletrônicos ultraminiaturizados com "nanocabos" de ouro, catalisadores menos caros, tratamento de células cancerosas... Nessa escala nanométrica o ouro perde sua luminosa cor dourada para assumir os reflexos vermelho ou violeta e, sobretudo, tornar-se mais reativo. A verdade é que o ouro nos reserva ainda muitas surpresas!
Nota do Managing Editor: texto de Jean-Luc Nothias, publicado primeiramente no site do jornal francês Le Figaro, em 21 de março de 2007 (Tradução/Adaptação MIA/OLA).
Dizem que na teoria eh possivel, porem na pratica se torna um pouco inviavel devido ao alto custo, mas jah ouvi dizer que fizeram testes para fazer ouro a partir do chumbo........Mas nao sei se conseguiram....Porem eu consegui esse site para que sane todas suas duvidas.....
Atualmente, existe a possibilidade de fazer diamantes sintéticos, submetendo grafite a pressões elevadas. No entanto, o resultado são quase sempre cristais de dimensões demasiado reduzidas para poderem ser comercializados como gemas. O risco de se adquirir um diamante artificial é quase nulo, sendo inclusivamente inferior à possibilidade de encontrar gemas que os comerciantes dizem ser diamante mas que não o são realmente.
Embora já em 1880 J. Balentine Hannay, um químico escocês, tivesse produzido minúsculos cristais, só em 1955 cientistas da General Electric Company conseguiram um método eficaz para a síntese de diamantes artificiais. Este feito foi creditado a Francis Bundy, Tracy Hall, Herbert M. Strong e Robert H. Wentorf, depois de investigações efetuadas por Percy W. Bridgeman na Universidade de Harvard. Os diamantes assim conseguidos eram de qualidade industrial sendo hoje em dia produzidos em larga escala. Cristais com a qualidade de pedras preciosas, só se conseguiram sintetizar em 1970 por Strong e Wentorf, num processo que exige pressões e temperaturas extremamente elevadas.
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Sim. Basta consultar a Internet.
Hoje é possível transformar chumbo em ouro ?
Se a alquimia prefigurou por vezes a química moderna, trazendo algumas verdadeiras descobertas, como o ácido sulfúrico, o antimônio ou o fósforo, e finalmente influenciou de maneira fecunda o desenvolvimento da técnica e da ciência em geral, suas derivas ocultas tiveram razão nela. Assim como o progresso das ciências. Porque, hoje, sabe-se como mudar o chumbo em ouro e sabe-se também quanto custa.
O principal instrumento para sondar as entranhas da matéria é o acelerador de partículas. Esquematicamente um tubo, linear ou em círculo, capaz de acelerar a grandes velocidades átomos e/ou partículas e de precipitá-los uns sobre os outros a fim de quebrá-los em mil pedaços. O estudo desses pedaços permite ver o que os átomos têm no interior do ventre.
O átomo mais leve é o hidrogênio. Ele ocupa, portanto, a primeira casa da classificação por tamanho dos átomos, que é chamada Tabela Periódica dos Elementos, e que foi "inventada" pelo químico russo Dimitri Mendeleïeve. O número 2 é o hélio, o 3 é o lítio, etc. O carbono ocupa o 6o lugar, o ferro o 26o, a prata o 47o, o ouro o 79o, o chumbo o 82o, o urânio o 92o...
Por outro lado, os átomos, artificiais e bastante grandes, são instáveis e têm tempos de vida curtos. O elemento mais pesado observado até hoje, durante 0,9 milissegundos, ocupa o 118o lugar da classificação. Batizado (provisoriamente) unuoctium, seu núcleo comporta 293 "tijolos", chamados núcleos (118 prótons e 175 nêutrons), contra 2 para o hidrogênio, 12 para o carbono ou 207 para o chumbo. O elemento 118 foi criado bombardeando-se átomos de curium-245 e de californium-249 com núcleos de cálcio-45.
"Onze núcleos, você arrancará".
Para passar do chumbo à prata é preciso, portanto, arrancar de uma só vez algumas partículas nucleares. O chumbo tem 208 (82 prótons e 126 nêutrons) e o ouro 197 (79 prótons e 118 nêutrons). Bombardeando-se o chumbo, pode-se, portanto, esperar arrancar suas 11 partículas núcleares excedentes, ou seja, três prótons e oito nêutrons. O que acontece é que a probabilidade para que isso se dê é bastante baixa. Logo, seria necessário que o bombardeamento durasse meses, mesmo anos, para que se obtivesse ouro. E quando se conhece o custo de funcionamento desses aceleradores (alguns milhares de euros por hora (um euro ~ 2,75 reais)), melhor será ir diretamente a um joalheiro, onde o ouro esteja a um preço razoável.
O ouro é reputado como sendo o metal mais nobre de todos, por ser o mais inalterável. Apresenta uma resistência excepcional à oxidação, mesmo a temperaturas elevadas, porque ele se "recusa" a reagir com outros elementos. Por isso, ele se tornou "o queridinho" das jóias e também da alta tecnologia. Ele é, assim, bastante utilizado como indicador de pressão a níveis de pressão superiores a 1 milhão de atmosferas (1 milhão de vezes a pressão atmosférica). Não obstante, uma experiência recente realizada na instalação européia de radiação síncrotron (ESRF, em Grenoble - França) mostrou que mesmo o ouro tinha seus limites. Ele torna-se alterável quando submetido a pressões superiores a 2,4 milhões de atmosferas. Pressão esta, da ordem da que reina no centro da Terra.
O ouro poderia igualmente brilhar onde não se esperava. Assim, o Centro Nacional de Pesquisas Científica (CNRS, na sigla francesa) recentemente criou um grupo especial de pesquisadores encarregado de estudar as aplicações do ouro nas nanotecnologias. Graças à sua não-toxicidade, seu poder catalítico, sua biocompatibilidade e suas propriedades ópticas, o ouro sob forma de nanopartículas (de um tamanho inferior à bilionésima parte do metro) encontrou novas aplicações: circuitos eletrônicos ultraminiaturizados com "nanocabos" de ouro, catalisadores menos caros, tratamento de células cancerosas... Nessa escala nanométrica o ouro perde sua luminosa cor dourada para assumir os reflexos vermelho ou violeta e, sobretudo, tornar-se mais reativo. A verdade é que o ouro nos reserva ainda muitas surpresas!
Le Figaro (http://www.lefigaro.fr/), consultado em 22 de março de 2007.
Nota do Managing Editor: texto de Jean-Luc Nothias, publicado primeiramente no site do jornal francês Le Figaro, em 21 de março de 2007 (Tradução/Adaptação MIA/OLA).
Dizem que na teoria eh possivel, porem na pratica se torna um pouco inviavel devido ao alto custo, mas jah ouvi dizer que fizeram testes para fazer ouro a partir do chumbo........Mas nao sei se conseguiram....Porem eu consegui esse site para que sane todas suas duvidas.....
http://www.crqmg.org.br/artigo.php?artigo=24
Eu sei que jah conseguem produzir diamantes......
Atualmente, existe a possibilidade de fazer diamantes sintéticos, submetendo grafite a pressões elevadas. No entanto, o resultado são quase sempre cristais de dimensões demasiado reduzidas para poderem ser comercializados como gemas. O risco de se adquirir um diamante artificial é quase nulo, sendo inclusivamente inferior à possibilidade de encontrar gemas que os comerciantes dizem ser diamante mas que não o são realmente.
Embora já em 1880 J. Balentine Hannay, um químico escocês, tivesse produzido minúsculos cristais, só em 1955 cientistas da General Electric Company conseguiram um método eficaz para a síntese de diamantes artificiais. Este feito foi creditado a Francis Bundy, Tracy Hall, Herbert M. Strong e Robert H. Wentorf, depois de investigações efetuadas por Percy W. Bridgeman na Universidade de Harvard. Os diamantes assim conseguidos eram de qualidade industrial sendo hoje em dia produzidos em larga escala. Cristais com a qualidade de pedras preciosas, só se conseguiram sintetizar em 1970 por Strong e Wentorf, num processo que exige pressões e temperaturas extremamente elevadas.
Creio que não, se for possível o processo será mais caro e demorado que comprar o proprio ouro.
Se fosse facil, já teria milhoes de pessoas fazendo isso.
Abraços
a tecnologia a cada dia se acentua porisso eu não duvido de mais nada...quem sabe um dia...
Teoricamente e na pratica também:
Eu estou fazendo isso há muitos
anos. Mas tem um segredo. Eu vou
contar o segredo para você: Tem que
misturar um pouco de açúcar com
chumbo e vai aquecendo o chumbo
com o açúcar até ficar dourado.
Por favor não descubras este segredo
porque me fazes perder o negocio.
Nem na teoria e nem na prática,chumbo é chumbo e ouro é ouro,caso contrario não precisaria nem mais existirem ouros!