Tenho sérias dúvidas é se essa lei seca vingará. O “novo” código nacional de trânsito vai a duras penas. Aqui no RJ, nada foi feito (sim, eu sei que moro num Estado-Zona) em matéria de punição ao motorista alcoolizado. Aliás, aqui vai minha principal crítica. Antes de baixarem essa lei rigorosíssima, podiam de fato efetivar a anterior.
Porque a tolerância zero vai criar situações absurdas, que aqui prevejo:
Bafômetros adulterados por policiais menos, digamos, honestos.
Um cara sai pra jantar com a namorada, toma uma mísera taça de vinho, e é PRESO. Enquanto isso, em Brasília…
Um cara que encheu a cara no dia anterior,acorda no dia seguinte e vai dirigir, crente que não havia bebido nada. O bafômetro ainda acusará nível alcoólico. Vamos ter que andar com bafômetros para saber quando dirigir?
O efetivo policial é menor à noite, justamente quando a galera sai para beber. Será que a PM e PRF ficarão felizes se inverterem esse paradoxo?
Um drogado ou fumado não vai preso, e o cara que bebeu uma latinha vai? Legal.
Se o cara comer alguns bombons de licor? Vai acusar no bafômetro? A lei não só é cega. Ela gosta de uma *******. crédito
Bom, o fato é que não há dúvidas que álcool e direção não combinam, então, apesar de rigorosa demais, a intenção da lei não deixa de ser positiva. Euzinho, que só bati de carro sóbrio, terei que me conformar em abdicar de minha amada cerveja, em prol do social.
Paciência. Prisão, R$ 955,00 e confisco de carteira, para alguém que precisa do carro como eu, serão fatais.
Finalizando…
Finalizando, o que eu queria ver é se essa mesma tolerância zero no trânsito (se pegar, claro), vai também ser aplicada à corrupção em uma certa cidade do Planalto Central brasileiro. Queria também ver o meu dinheiro do IPVA aplicado na conservação de estradas e ruas.
O problema desse paÃs não está na "lei seca" ou "molhada", está na cultura hipócrita, que ganha força sempre de cima para baixo.
E desta forma vamos vivendo, procurando desculpas para as mazelas que nossa sociedade faz questão de conservar. E assim, só nos resta seguirmos cantando aquela velha, mas eterna música do poeta Cazuza. "Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades....
Comments
Tenho sérias dúvidas é se essa lei seca vingará. O “novo” código nacional de trânsito vai a duras penas. Aqui no RJ, nada foi feito (sim, eu sei que moro num Estado-Zona) em matéria de punição ao motorista alcoolizado. Aliás, aqui vai minha principal crítica. Antes de baixarem essa lei rigorosíssima, podiam de fato efetivar a anterior.
Porque a tolerância zero vai criar situações absurdas, que aqui prevejo:
Bafômetros adulterados por policiais menos, digamos, honestos.
Um cara sai pra jantar com a namorada, toma uma mísera taça de vinho, e é PRESO. Enquanto isso, em Brasília…
Um cara que encheu a cara no dia anterior,acorda no dia seguinte e vai dirigir, crente que não havia bebido nada. O bafômetro ainda acusará nível alcoólico. Vamos ter que andar com bafômetros para saber quando dirigir?
O efetivo policial é menor à noite, justamente quando a galera sai para beber. Será que a PM e PRF ficarão felizes se inverterem esse paradoxo?
Um drogado ou fumado não vai preso, e o cara que bebeu uma latinha vai? Legal.
Se o cara comer alguns bombons de licor? Vai acusar no bafômetro? A lei não só é cega. Ela gosta de uma *******. crédito
Bom, o fato é que não há dúvidas que álcool e direção não combinam, então, apesar de rigorosa demais, a intenção da lei não deixa de ser positiva. Euzinho, que só bati de carro sóbrio, terei que me conformar em abdicar de minha amada cerveja, em prol do social.
Paciência. Prisão, R$ 955,00 e confisco de carteira, para alguém que precisa do carro como eu, serão fatais.
Finalizando…
Finalizando, o que eu queria ver é se essa mesma tolerância zero no trânsito (se pegar, claro), vai também ser aplicada à corrupção em uma certa cidade do Planalto Central brasileiro. Queria também ver o meu dinheiro do IPVA aplicado na conservação de estradas e ruas.
Gelada !!!
A lei seca, na verdade, existe desde 98, quando o Novo Código entrou em vigor. A diferença é que a tolerância era de 6 decigramas por litro de sangue. Isso era aproximadamente uma lata de cerveja.
Naquela época, mais precisamente em janeiro e fevereiro daquele ano, na época das férias e carnaval, assim como agora, houve uma boa acomodação dos acidentes de trânsito onde o álcool estava envolvido.
No ano seguinte, já vÃamos os acidentes aumetarem novamente, e assim, sucessivamente, ano após ano. Sabe por quê? Simples. Na mesma medida em que a mÃdia deixava de lado a polêmica da nova lei, a fiscalização diminuÃa, os aparelhos estragavam e o Estado, como sempre, passou a deixar o trânsito ao léu da sorte.
E agora chegou o momento da história começar a se repetir. A tal "lei seca", gradativamente, vai deixando de ser notÃcia. As pessoas vão se sentindo menos vigiadas, a fiscalização perde força, a educação é deixada de lado e, com o tempo, infelizmente, as mazelas vão retornando bem devagar, mas com muito mais força. à como uma bactéria maldita, que toda vez que não é tratada como deveria, volta mais resistente e muito mais difÃcil de ser tratada. O paÃs adoece amigo, dia após dia, sem fazer alarde para os leigos.
O problema desse paÃs não está na "lei seca" ou "molhada", está na cultura hipócrita, que ganha força sempre de cima para baixo.
E desta forma vamos vivendo, procurando desculpas para as mazelas que nossa sociedade faz questão de conservar. E assim, só nos resta seguirmos cantando aquela velha, mas eterna música do poeta Cazuza. "Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades....
Pensem bem nisso!
Abraços
não tão seca quanto deveria...
abraço!