O hábito de limpar os dentes é tão antigo quanto a própria espécie humana. O homem primitivo o fazia com os dedos, com o auxílio de folhas e gravetos. Posteriormente, foram utilizadas plantas, chás e substâncias naturais abrasivas . Este homem primitivo, entretanto, apresentava altíssima incidência de doença gengivais, ainda que com uma alimentação muito mais fibrosa e com uma atividade mastigatória muito mais intensa.saúde da população.
As primeiras escovas dentais eram, simplesmente, pequenas varetas que tinham suas pontas amassadas com o objetivo de aumentar sua superfície de limpeza. Os aristocratas da Roma Antiga utilizavam escravos especiais apenas para limpar seus dentes. O ato de escovar os dentes fazia parte de rituais religiosos antigos. As cerdas das escovas foram inventadas pelos chineses e chegaram à Europa somente durante o século XVII.
Assim como as escovas dentais, componentes para a limpeza dos dentes (e para manter o hálito refrescante) eram usados desde tempos remotos. Escritas do Egito, China, Grécia e Roma descrevem numerosas misturas em forma de pasta e pó utilizadas para este fim. Os ingredientes mais saborosos incluíam frutas, cascas de frutas queimadas e moídas, talco, mel e flores secas, enquanto que os menos apetitosos incluíam rato, cabeça de lebre, fígado de lagarto e urina. As fórmulas de pastas e pós foram utilizadas durante toda a Idade Média. Entretanto, muitas das receitas utilizavam agentes com caráter corrosivo e abrasivo que atacavam o esmalte dos dentes.
A partir do século XVII, com a Revolução Industrial e a utilização maciça da sacarose nos alimentos, a cárie dental explode no mundo de forma crescente. Entre as doenças crônicas orais existentes, a cárie é a que afeta o maior número de pessoas em todo o mundo.
A cárie é conseqüência da formação da placa bacteriana, uma película fina e invisível que adere ao dente e que, aos poucos, com o auxílio dos restos de alimentos e da má higiene bucal, vai ficando cada vez mais espessa. Ao entrar em contato com o dente, a sacarose retira a proteção existente contra o ataque das bactérias da placa, num processo chamado desmineralização.
A defesa do dente é feita pela saliva, que contém flúor proveniente do sangue, que força a reação química inversa, ou seja, a remineralização. O flúor interfere nos microorganismos produtores da cárie a altera os cristais do esmalte tornando-os mais resistentes. Entretanto, essa defesa é limitada e sua eficiência varia em função de quanto açúcar se ingere e de quando é ingerido. A recomendação para não comer doces antes de dormir, por exemplo, deve-se ao fato de que a saliva não é ativada durante o sono e, portanto, o ataque ao esmalte dos dentes é muito maior neste período.
O flúor está presente em todos os cremes dentais de uso geral que estão no mercado. Apesar de ser benéfico, ele deve ser ingerido na dosagem correta, para que a prevenção não resulte em efeitos nocivos à saúde.
Os cremes e fios dentais e os enxaguatórios bucais não são as únicas fontes de flúor existentes as quais a população tem acesso. Os governos estaduais e federal, através de programas de prevenção da cárie dental, utilizam métodos para fazer chegar o flúor à toda a população, inclusive a mais carente, com o objetivo de reduzir a incidência de cárie, como por exemplo:
adição de flúor à água de abastecimento público (água fluoretada)
adição de flúor ao leite (geralmente em programas alimentares em escolas públicas) sob a forma de comprimidos ou gotas
distribuição gratuita de escovas e cremes dentais
Como exemplo do sucesso destes métodos, a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, constatou, através de uma pesquisa epidemiológica, que a incidência de cáries entre crianças do Estado de São Paulo, de 8 a 12 anos de idade, teve um declínio de 48% (quarenta e oito por cento) no período de 1982 e 1998. Essa redução atingiu 69% (sessenta e nove por cento) entre crianças de até 7 anos de idade.
Entretanto, devem ser tomados cuidados. A ingestão excessiva de flúor (acima de 0,07 mg/kg de peso da pessoa, diariamente) pode ocasionar a fluorose dental, uma doença que afeta somente crianças e que faz aparecer pequenos pontos brancos nas pontas dos dentes recém-formados, tornando-os porosos, podendo levar até a perda do dente. Esse risco pode ser diminuído pelo acompanhamento das crianças durante a escovação, a fim de evitar práticas comuns como, por exemplo, a ingestão da pasta de dente.
Com base nos dados relatados, o Inmetro decidiu realizar análise de conformidade em amostras de 12 (doze) diferentes marcas de pasta de dente (uso adulto e uso infantil), que foram submetidas a ensaios que verificaram características físico-químicas, microbiológicas e de rotulagem.
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O hábito de limpar os dentes é tão antigo quanto a própria espécie humana. O homem primitivo o fazia com os dedos, com o auxílio de folhas e gravetos. Posteriormente, foram utilizadas plantas, chás e substâncias naturais abrasivas . Este homem primitivo, entretanto, apresentava altíssima incidência de doença gengivais, ainda que com uma alimentação muito mais fibrosa e com uma atividade mastigatória muito mais intensa.saúde da população.
As primeiras escovas dentais eram, simplesmente, pequenas varetas que tinham suas pontas amassadas com o objetivo de aumentar sua superfície de limpeza. Os aristocratas da Roma Antiga utilizavam escravos especiais apenas para limpar seus dentes. O ato de escovar os dentes fazia parte de rituais religiosos antigos. As cerdas das escovas foram inventadas pelos chineses e chegaram à Europa somente durante o século XVII.
Assim como as escovas dentais, componentes para a limpeza dos dentes (e para manter o hálito refrescante) eram usados desde tempos remotos. Escritas do Egito, China, Grécia e Roma descrevem numerosas misturas em forma de pasta e pó utilizadas para este fim. Os ingredientes mais saborosos incluíam frutas, cascas de frutas queimadas e moídas, talco, mel e flores secas, enquanto que os menos apetitosos incluíam rato, cabeça de lebre, fígado de lagarto e urina. As fórmulas de pastas e pós foram utilizadas durante toda a Idade Média. Entretanto, muitas das receitas utilizavam agentes com caráter corrosivo e abrasivo que atacavam o esmalte dos dentes.
A partir do século XVII, com a Revolução Industrial e a utilização maciça da sacarose nos alimentos, a cárie dental explode no mundo de forma crescente. Entre as doenças crônicas orais existentes, a cárie é a que afeta o maior número de pessoas em todo o mundo.
A cárie é conseqüência da formação da placa bacteriana, uma película fina e invisível que adere ao dente e que, aos poucos, com o auxílio dos restos de alimentos e da má higiene bucal, vai ficando cada vez mais espessa. Ao entrar em contato com o dente, a sacarose retira a proteção existente contra o ataque das bactérias da placa, num processo chamado desmineralização.
A defesa do dente é feita pela saliva, que contém flúor proveniente do sangue, que força a reação química inversa, ou seja, a remineralização. O flúor interfere nos microorganismos produtores da cárie a altera os cristais do esmalte tornando-os mais resistentes. Entretanto, essa defesa é limitada e sua eficiência varia em função de quanto açúcar se ingere e de quando é ingerido. A recomendação para não comer doces antes de dormir, por exemplo, deve-se ao fato de que a saliva não é ativada durante o sono e, portanto, o ataque ao esmalte dos dentes é muito maior neste período.
O flúor está presente em todos os cremes dentais de uso geral que estão no mercado. Apesar de ser benéfico, ele deve ser ingerido na dosagem correta, para que a prevenção não resulte em efeitos nocivos à saúde.
Os cremes e fios dentais e os enxaguatórios bucais não são as únicas fontes de flúor existentes as quais a população tem acesso. Os governos estaduais e federal, através de programas de prevenção da cárie dental, utilizam métodos para fazer chegar o flúor à toda a população, inclusive a mais carente, com o objetivo de reduzir a incidência de cárie, como por exemplo:
adição de flúor à água de abastecimento público (água fluoretada)
adição de flúor ao leite (geralmente em programas alimentares em escolas públicas) sob a forma de comprimidos ou gotas
distribuição gratuita de escovas e cremes dentais
Como exemplo do sucesso destes métodos, a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, constatou, através de uma pesquisa epidemiológica, que a incidência de cáries entre crianças do Estado de São Paulo, de 8 a 12 anos de idade, teve um declínio de 48% (quarenta e oito por cento) no período de 1982 e 1998. Essa redução atingiu 69% (sessenta e nove por cento) entre crianças de até 7 anos de idade.
Entretanto, devem ser tomados cuidados. A ingestão excessiva de flúor (acima de 0,07 mg/kg de peso da pessoa, diariamente) pode ocasionar a fluorose dental, uma doença que afeta somente crianças e que faz aparecer pequenos pontos brancos nas pontas dos dentes recém-formados, tornando-os porosos, podendo levar até a perda do dente. Esse risco pode ser diminuído pelo acompanhamento das crianças durante a escovação, a fim de evitar práticas comuns como, por exemplo, a ingestão da pasta de dente.
Com base nos dados relatados, o Inmetro decidiu realizar análise de conformidade em amostras de 12 (doze) diferentes marcas de pasta de dente (uso adulto e uso infantil), que foram submetidas a ensaios que verificaram características físico-químicas, microbiológicas e de rotulagem.