História do Brasil Imperial?

Em que período da historia do Brasil o trabalho livre virou uma opção para os proprietários de terra?

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  • Durante o segundo reinado (1950 - ...). Neste período houve uma grande imigração europeia, causada por uma crise na Europa e a necessidade de povoamento do Brasil. Com isso, o governo estabeleceu inicialmente ótimas condições para os imigrantes com o objetivo de atraí-los. Além disso, com o surgimento cada vez mais forte de ideias abolicionistas, precisavam arranjar algum outro meio de se obter mão de obra.

    A princípio, a ideia de ter mão de obra assalariada não foi muito bem aceita no geral, porém ainda assim era vantajosa para o proprietários, já que com salários, seus operários produziriam mais e melhor.

    Espero ter ajudado

  • A partir da segunda metade do Século 19, quando as pressões anti-escravistas da Inglaterra, que vinham de longa data, se acirram, e desembocam no "Bill Aberdeen" - a legislação, de cunho imperialista (ainda que voltada para o propósito progressista de combate à escravidão), que permitia aos navios ingleses abordarem navios de outras nacionalidades, em repressão ao tráfico. Essa lei - e a sua implementação pela Marinha Real Britânica - só surgiu quando os ingleses perderam (em 1842-1844) toda a esperança de renovação, por parte da monarquia brasileira, do tratado de comércio que mantinham com o Brasil, e que lhes era altamente favorável.

    O "Bill Aberdeen", ao ser posto em prática, representou uma humilhação ao Império do Brasil, cujos navios passaram a ser acossados pelos britânicos, até mesmo dentro das águas territoriais. Em consequência (e diante da impossibilidade do país se impor pelas armas à nação mais poderosa do planeta), decidiu-se por fazer passar a Lei Eusébio de Queiroz (1850), que extinguiu de vez o tráfico de escravos.

    O resultado foi a escassez de escravos, que as pressões abolicionistas internas, materializadas nas Leis dos Sexagenários e do Ventre Livre só fizeram piorar, e que o tráfico interno apenas minimizava. A tudo isso somou-se: (1) uma convicção ideológica elitista de que o país precisava de um "branqueamento", e (2) uma disponibilidade de braços em uma Europa em dificuldades, frente a: (2.1) os aumentos populacionais ocasionados pela urbanização e pela revolução agrícola, e a (2.2) a desorganização causada por fenômenos políticos como a Unificação da Itália, que reuniu sob a mesma bandeira regiões com níveis muito díspares de desenvolvimento, como o sul e o norte italianos, trazendo desemprego e miséria.

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