Equilíbrio ecológico: Situação de perfeito equilíbrio entre os seres vivos e seu ambiente natural. É o melhor momento do jogo, em que todos estão ganhando. Pensando no planeta como um todo, podemos refletir podemos refletir sobre o conceito de Sociedade. Aquela composta de todos os agentes do grande jogo, onde cada ser contribui para a continuidade da vida e não apenas na sociedade humana, que é muito importante, mas é apenas parte de algo bem maior. Espero ter respondido à sua pergunta.
Quando falamos em equilíbrio ecológico, estamos falando sobre uma relação estabelecida entre os organismos e que são vitais para a manutenção dessa espécies.
A extinção de determinada espécie ou população pode acabar afetando o equilíbrio ecológico existente em uma comunidade.
Quando falamos em equilíbrio ecológico de populações, remetemos aos seguintes aspectos:
(1) População de tamanho estável na qual as taxas de mortalidade e emigração são compensadas pela taxa de natalidade e imigração. Equilíbrio de fluxo de energia em um ecossistema;
(2) População na qual as freqüências de genes estão em equilíbrio;
(3) O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio. Não deve ser entendido como situação estática, mas como estado dinâmico no amplo contexto das relações entre os vários seres que compõem o meio, como as relações tróficas, o transporte de matéria e energia. O equilíbrio ecológico supõe mecanismos de auto-regulação ou retroalimentação nos ecossistemas;
(4) Equilíbrio da natureza; estado em que as populações relativas das diferentes espécies permanecem constantes; o equilíbrio ecológico tem um caráter dinâmico pois é submetido às relações constantes entre os seres vivos de uma comunidade e entre as comunidades ecossistemas; a destruição do equilíbrio ecológico causa a extinção de espécies e coloca em risco os processos ecológicos essenciais.
Já discuti nesta coluna aspectos do desenvolvimento econômico em contaste com o “desenvolvimento sustentável”. Agora me preocupo em lançar questionamentos quanto ao uso dos recursos naturais no nosso mundo capitalista. E também quanto aos impactos ambientais decorrentes de empreendimentos em sua fase de construção ou operação. Toda a preocupação, seja da sociedade ou do estado, gira em torno da manutenção do “equilíbrio ecológico / ambiental” para a garantia da qualidade de vida, ou mesmo a nossa própria sobrevivência no futuro. Mas a idéia do equilíbrio é muito vaga. Resumindo, não existe um equilíbrio estático na natureza, ou seja, ter o objetivo de manter um ambiente exatamente como ele está é algo que não faz sentido, pois a natureza é dinâmica e está sempre mudando.
Então estamos falando de equilíbrio dinâmico: a idéia é manter um “ambiente saudável” onde os processos ecológicos se mantenham, independente da variação da composição de espécies e abundância de indivíduos ao longo do tempo. Deve existir, portanto, um balanço entre o que é produzido e o que é consumido no sistema. É desta maneira que o mundo ficaria mais “equilibrado e saudável”.
Entretanto, a humanidade precisa usar esses recursos naturais para viver. Não preciso dizer que o uso indiscriminado, apenas consumindo e retirando predatoriamente sem se preocupar com o ambiente de onde se consumiu / retirou é uma maneira extremamente ignorante, baseada na idéia do ganho fácil e de que os recursos são infindáveis.
Apesar de parecer algo insano, foi o mais comum no passado da nossa história e atualmente ainda é a prática mais difundida. No entanto, o Estado e a opinião pública, em sua maioria, já chegaram à conclusão de que desta maneira não teremos futuro nenhum, além de não ser economicamente viável. Daí surgiu a idéia do uso sustentável e de se controlar a execução de empreendimentos potencialmente poluidores. Só que na prática, em muitos casos, está longe do ideal de sustentabilidade e conservação.
Por exemplo, como garantir que o manejo sustentável de espécies madeireiras na Amazônia (o famoso selo verde) vai assegurar o equilíbrio da floresta utilizada, se não se sabe como a floresta responde à ausência das espécies utilizadas, normalmente árvores grandes que sustentam uma infinidade de outros seres vivos?
Na realidade, as empresas que possuem o tal selo verde já estão comprando mais áreas, pois estão percebendo que as áreas manejadas de 20 anos atrás não se recuperaram e não possuem potencial econômico.
Certamente isto é melhor que o corte raso destruidor, mas garante algum futuro?
Ou então podemos pensar no processo de licenciamento ambiental. Os estudos e avaliações de impacto ambiental e os monitoramentos da biota no decorrer da instalação e operação dos empreendimentos não garantem o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida, devido principalmente à rapidez com que são feitos esses estudos. Eles normalmente dão uma idéia geral. É praticamente impossível que impeçam um empreendimento de ser realizado. Da mesma maneira, melhor do que se não existissem, mas, e daí? E a garantia que gostaríamos de ter de um ambiente saudável? E ainda existe o problema de freqüentemente serem feitos laudos técnicos fraudulentos por consultoras sem ética, para garantir o empreendimento acima de qualquer dano ambiental relevante e irreversível, em prol do dinheiro.
Não adianta, o que manda em nosso mundo é poder do dinheiro. O papel dos ambientalistas é mostrar que destruição ambiental não é economicamente viável no médio prazo. Isso já está sendo feito e crescendo a cada dia, com o desenvolvimento de estudos de economia ambiental e outros similares. Um assunto delicado é quais parâmetros utilizar e como. Mas já é um bom começo, o convencimento das empresas de que devem cuidar - realmente - do ambiente, se não terão sérios prejuízos e mancharão sua imagem, dificultando a obtenção de um lucro significativo. É por aí que os ambientalistas devem agir. Não adianta ficar na ingenuidade de que “todos os seres vivos tem o direito de viver”, ou outros argumentos conservacionistas do tipo. Isso é papel da educação ambiental, fundamental, mas que atuará no longo prazo.
O problema ambiental é urgente e precisamos saber lidar com o capitalismo e a degradação ambiental conseqüente, agindo imediatamente. Para isso, temos que entrar no mundo e na lógica desse poder dominante e encontrar uma solução de equilíbrio, entre as necessidades humanas e o que o ambiente pode oferecer perpetuamente.
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Equilíbrio ecológico: Situação de perfeito equilíbrio entre os seres vivos e seu ambiente natural. É o melhor momento do jogo, em que todos estão ganhando. Pensando no planeta como um todo, podemos refletir podemos refletir sobre o conceito de Sociedade. Aquela composta de todos os agentes do grande jogo, onde cada ser contribui para a continuidade da vida e não apenas na sociedade humana, que é muito importante, mas é apenas parte de algo bem maior. Espero ter respondido à sua pergunta.
Quando falamos em equilíbrio ecológico, estamos falando sobre uma relação estabelecida entre os organismos e que são vitais para a manutenção dessa espécies.
A extinção de determinada espécie ou população pode acabar afetando o equilíbrio ecológico existente em uma comunidade.
Quando falamos em equilíbrio ecológico de populações, remetemos aos seguintes aspectos:
(1) População de tamanho estável na qual as taxas de mortalidade e emigração são compensadas pela taxa de natalidade e imigração. Equilíbrio de fluxo de energia em um ecossistema;
(2) População na qual as freqüências de genes estão em equilíbrio;
(3) O equilíbrio ecológico é um requisito para a manutenção da qualidade e das características essenciais do ecossistema ou de determinado meio. Não deve ser entendido como situação estática, mas como estado dinâmico no amplo contexto das relações entre os vários seres que compõem o meio, como as relações tróficas, o transporte de matéria e energia. O equilíbrio ecológico supõe mecanismos de auto-regulação ou retroalimentação nos ecossistemas;
(4) Equilíbrio da natureza; estado em que as populações relativas das diferentes espécies permanecem constantes; o equilíbrio ecológico tem um caráter dinâmico pois é submetido às relações constantes entre os seres vivos de uma comunidade e entre as comunidades ecossistemas; a destruição do equilíbrio ecológico causa a extinção de espécies e coloca em risco os processos ecológicos essenciais.
Já discuti nesta coluna aspectos do desenvolvimento econômico em contaste com o “desenvolvimento sustentável”. Agora me preocupo em lançar questionamentos quanto ao uso dos recursos naturais no nosso mundo capitalista. E também quanto aos impactos ambientais decorrentes de empreendimentos em sua fase de construção ou operação. Toda a preocupação, seja da sociedade ou do estado, gira em torno da manutenção do “equilíbrio ecológico / ambiental” para a garantia da qualidade de vida, ou mesmo a nossa própria sobrevivência no futuro. Mas a idéia do equilíbrio é muito vaga. Resumindo, não existe um equilíbrio estático na natureza, ou seja, ter o objetivo de manter um ambiente exatamente como ele está é algo que não faz sentido, pois a natureza é dinâmica e está sempre mudando.
Então estamos falando de equilíbrio dinâmico: a idéia é manter um “ambiente saudável” onde os processos ecológicos se mantenham, independente da variação da composição de espécies e abundância de indivíduos ao longo do tempo. Deve existir, portanto, um balanço entre o que é produzido e o que é consumido no sistema. É desta maneira que o mundo ficaria mais “equilibrado e saudável”.
Entretanto, a humanidade precisa usar esses recursos naturais para viver. Não preciso dizer que o uso indiscriminado, apenas consumindo e retirando predatoriamente sem se preocupar com o ambiente de onde se consumiu / retirou é uma maneira extremamente ignorante, baseada na idéia do ganho fácil e de que os recursos são infindáveis.
Apesar de parecer algo insano, foi o mais comum no passado da nossa história e atualmente ainda é a prática mais difundida. No entanto, o Estado e a opinião pública, em sua maioria, já chegaram à conclusão de que desta maneira não teremos futuro nenhum, além de não ser economicamente viável. Daí surgiu a idéia do uso sustentável e de se controlar a execução de empreendimentos potencialmente poluidores. Só que na prática, em muitos casos, está longe do ideal de sustentabilidade e conservação.
Por exemplo, como garantir que o manejo sustentável de espécies madeireiras na Amazônia (o famoso selo verde) vai assegurar o equilíbrio da floresta utilizada, se não se sabe como a floresta responde à ausência das espécies utilizadas, normalmente árvores grandes que sustentam uma infinidade de outros seres vivos?
Na realidade, as empresas que possuem o tal selo verde já estão comprando mais áreas, pois estão percebendo que as áreas manejadas de 20 anos atrás não se recuperaram e não possuem potencial econômico.
Certamente isto é melhor que o corte raso destruidor, mas garante algum futuro?
Ou então podemos pensar no processo de licenciamento ambiental. Os estudos e avaliações de impacto ambiental e os monitoramentos da biota no decorrer da instalação e operação dos empreendimentos não garantem o equilíbrio ecológico e a qualidade de vida, devido principalmente à rapidez com que são feitos esses estudos. Eles normalmente dão uma idéia geral. É praticamente impossível que impeçam um empreendimento de ser realizado. Da mesma maneira, melhor do que se não existissem, mas, e daí? E a garantia que gostaríamos de ter de um ambiente saudável? E ainda existe o problema de freqüentemente serem feitos laudos técnicos fraudulentos por consultoras sem ética, para garantir o empreendimento acima de qualquer dano ambiental relevante e irreversível, em prol do dinheiro.
Não adianta, o que manda em nosso mundo é poder do dinheiro. O papel dos ambientalistas é mostrar que destruição ambiental não é economicamente viável no médio prazo. Isso já está sendo feito e crescendo a cada dia, com o desenvolvimento de estudos de economia ambiental e outros similares. Um assunto delicado é quais parâmetros utilizar e como. Mas já é um bom começo, o convencimento das empresas de que devem cuidar - realmente - do ambiente, se não terão sérios prejuízos e mancharão sua imagem, dificultando a obtenção de um lucro significativo. É por aí que os ambientalistas devem agir. Não adianta ficar na ingenuidade de que “todos os seres vivos tem o direito de viver”, ou outros argumentos conservacionistas do tipo. Isso é papel da educação ambiental, fundamental, mas que atuará no longo prazo.
O problema ambiental é urgente e precisamos saber lidar com o capitalismo e a degradação ambiental conseqüente, agindo imediatamente. Para isso, temos que entrar no mundo e na lógica desse poder dominante e encontrar uma solução de equilíbrio, entre as necessidades humanas e o que o ambiente pode oferecer perpetuamente.
é quando a poluição no mundo não esta tão agressiva a natureza.