O que é MMDC ?

É sobre o Estado Novo.

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  • No início do 20 ocorrem manifestações esporádicas, principalmente dos jovens de escolas militares como a Revolta da Vacina, em 1904, a Revolta dos 18 do Forte (1922), a Revolução Paulista (1924), que se desdobra na Coluna Prestes. A derrota destes movimentos que se opunham à oligarquia que governava o Brasil canalizou forças, em 1930 conseguiram derrubar a república Velha quando Getúlio Vargas tomou o poder, em um governo que se estendeu até 1945.

    Sentindo-se traídos por Getúlio Vargas, dois anos depois, muitos estudantes que defendiam o liberalismo econômico, voltaram-se também contra o seu governo e tiveram forte participação na guerra civil de São Paulo, conhecido como Movimento Constitucionalista, contra o regime inaugurado em 1930. Este movimento, durou de janeiro de 1932, com a realização de um grande comício na Praça da Sé, na capital paulista, até maio daquele ano, quando estudantes e populares atacaram redações de jornais governistas, tendo ocorrido a morte, no conflito de quatro estudantes de direito: Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo. Suas iniciais serviram, posteriormente, para designar o movimento paulista: MMDC. O levante paulista foi derrotado, mas Getúlio convocou uma assembléia constituinte que, dois anos depois, em 1934, promulgou uma nova Carta Magna.

    Naquela época já eram muitos os grupos políticos que defendiam ideologias distintas. Como reação contra a revolução socialista que, vitoriosa na Rússia, em 1917, que pairava como um espectro sobre as repúblicas capitalistas, a década de 1930 assistiu a diversas formações de grupos de uma direita radical. No Brasil a Juventude Hitlerista era ligada ao partido nazista, que no Brasil, antes de 1937, chegou a ter quase três mil membros. Multiplicaram-se os conflitos entre estudantes democratas e de esquerda contra seus colegas militantes do movimento integralista. Neste contexto, juventude da ala progressista criou, no início de 1935, a Aliança Nacional Libertadora (ANL).

    A ANL foi fechada pelo governo Vargas em 11 de julho de 35 e o Partido Comunista Brasileiro (PCB), que estava clandestino, com Luiz Carlos Prestes à frente, preparou um levante armado, deflagrado em novembro de 1935. O levante foi derrotado e Vargas, apresentando uma tendência claramente fascista, rasga a Constituição de 1934 impondo uma ditadura, em 1937, que passou à história com o nome de Estado Novo.

  • E *****

  • Foi um episódio que se desencadeou em SP após a Revolução de 30 e que contribuiu para a Revolução Constitucionalista de 1932, neste estado. Os paulistas estavam insatisfeitos com as atitudes autoritárias de Getúlio, dentre estas a nomeação do tenente paraibano João Alberto para a interventoria do Estado e a protelação da convocação das eleições para Assembléia Constituinte. S. Paulo queria a Constituição. As tentativas de solucionar os problemas, pouco adiantaram para aliviar a tensão e o mal-estar existentes no Estado.

    A insatisfação dos paulistas devia-se à tensão da crise cafeeira e à política governamental de proteção ao café, que não atendia plenamente aos interesses dos cafeicultores. Essa situação de intranquilidade acabou provocando choques armados. Em um deles, no dia 23 de maio de 1932, quatro jovens estudantes foram mortos em conflito em frente da sede da Legião de Outubro ( associação de partidários do governo federal). No dia seguinte, as iniciais dos nomes dos quatro estudantes - Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo - serviram para designar uma milícia cívica que liderou o movimento constitucionalista: MMDC.

    Finalmente em 9 de julho de 1932 explodiu a Revolução Constitucionalista, sob a chefia do general Isidoro Dias Lopes, que oito anos antes liderara uma revolta tenentista em Sâo Paulo.

  • M.M.D.C. é o acrônimo pelo qual se tornou conhecido o levante revolucionário paulista, em virtude das iniciais dos nomes dos estudantes paulistas Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido em 23 de maio de 1932, que antecedeu e originou a Revolução Constitucionalista de 1932.

    Em 13 de janeiro de 2004, foi promulgada a lei estadual paulista número 11.658, denominando o dia 23 de maio como "Dia dos Heróis MMDCA", em homenagem a Orlando de Oliveira Alvarenga, alvejado também em 23 de maio e que veio a falecer em 12 de agosto de 1932. A toponímia da cidade de São Paulo homenageia todos os nomes e datas da Revolução: as ruas Martins, Miragaia, Dráusio, Camargo, Alvarenga e MMDC se intercruzam no bairro do Butantã, assim como duas das vias arteriais da cidade homenageiam as datas mais importantes do evento: 23 de Maio e 9 de Julho.

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