Hoje em dia, quase nenhum brasileiro é capaz de bater no peito e dizer que é puramente “da terra”. Sejam portugueses, árabes, italianos, japoneses e de qualquer outra nacionalidade; o sangue o brasileiro é fruto da mais diversa mistura étnica que se pode imaginar.
Quando a Europa estava vivendo seu pior período econômico e as pessoas morriam de fome e sem trabalho nas ruas das grandes cidades e nos campos; milhares de europeus deixaram suas pátrias e vieram “fazer a vida” aqui no Brasil. Sempre bem recebidos, a maioria acabou fincando raízes por aqui e fazendo de nossa pátria a sua segunda nação.
Da mesma forma, quando a Europa viveu sua época mais negra e perversa, nossos filhos deixaram suas famílias aqui e foram dar seu sangue nos campos de batalha contra o Nazismo. A contribuição heróica e definitiva para a vitória aliada em muitas batalhas foi reconhecida até mesmo pelo exército americano que condecorou várias unidades de nossas tropas (uma honra raramente dispensada).
Nós aceitamos seus filhos e os sustentamos com nossas riquezas. Nos sangramos e ajudamos a libertá-los da prisão do obscurantismo nazista. Nós amamos seus campos e suas cidades como se nossos fossem. Temos, para com a Europa, uma relação de amor e respeito inominável.
Mas, hoje, quando situação se inverte e nossos filhos vão procurar um porto seguro em seu solo; como são recebidos? Prisão, deportação, banimento, tratamento desrespeitoso e vergonhoso e escárnio.
Aos nossos irmãos europeus e a seus líderes xenófobos; gostaria de dizer que é muito simples culpar os imigrantes por sua própria incompetência e corrupção. É muito fácil culpar o estrangeiro que aporta em suas terras de todas as mazelas que lhes afligem. Mas, pensem bem; quantos de vocês não têm em sua família um parente próximo ou distante que teria morrido de fome, doenças ou seria condenado à mendicância por não ter como se sustentar e foi salvo ao ser abraçado por nossa pátria com todo o amor?
Pensem bem que nos dias de hoje, nosso país já desponta como uma futura potência econômica enquanto vocês entram em seu ocaso e esgotamento produtivo. Pensem muito bem em como tratam os imigrantes hoje; pois, talvez num futuro muito próximo, sejam vocês a mendigarem uma ajuda novamente.
Os maus cidadãos ou imigrantes existem em todas as nacionalidades. Afinal de contas; o mal é inerente ao ser humano. Tenham a hombridade de, pelo menos, tratarem nossos filhos com respeito e com o mesmo carinho que tratamos os seus quando aqui chegaram
Comments
muita coisa pra ler, hein...
espero q não tenhas aversão....
tem mais:
Hoje em dia, quase nenhum brasileiro é capaz de bater no peito e dizer que é puramente “da terra”. Sejam portugueses, árabes, italianos, japoneses e de qualquer outra nacionalidade; o sangue o brasileiro é fruto da mais diversa mistura étnica que se pode imaginar.
Quando a Europa estava vivendo seu pior período econômico e as pessoas morriam de fome e sem trabalho nas ruas das grandes cidades e nos campos; milhares de europeus deixaram suas pátrias e vieram “fazer a vida” aqui no Brasil. Sempre bem recebidos, a maioria acabou fincando raízes por aqui e fazendo de nossa pátria a sua segunda nação.
Da mesma forma, quando a Europa viveu sua época mais negra e perversa, nossos filhos deixaram suas famílias aqui e foram dar seu sangue nos campos de batalha contra o Nazismo. A contribuição heróica e definitiva para a vitória aliada em muitas batalhas foi reconhecida até mesmo pelo exército americano que condecorou várias unidades de nossas tropas (uma honra raramente dispensada).
Nós aceitamos seus filhos e os sustentamos com nossas riquezas. Nos sangramos e ajudamos a libertá-los da prisão do obscurantismo nazista. Nós amamos seus campos e suas cidades como se nossos fossem. Temos, para com a Europa, uma relação de amor e respeito inominável.
Mas, hoje, quando situação se inverte e nossos filhos vão procurar um porto seguro em seu solo; como são recebidos? Prisão, deportação, banimento, tratamento desrespeitoso e vergonhoso e escárnio.
Aos nossos irmãos europeus e a seus líderes xenófobos; gostaria de dizer que é muito simples culpar os imigrantes por sua própria incompetência e corrupção. É muito fácil culpar o estrangeiro que aporta em suas terras de todas as mazelas que lhes afligem. Mas, pensem bem; quantos de vocês não têm em sua família um parente próximo ou distante que teria morrido de fome, doenças ou seria condenado à mendicância por não ter como se sustentar e foi salvo ao ser abraçado por nossa pátria com todo o amor?
Pensem bem que nos dias de hoje, nosso país já desponta como uma futura potência econômica enquanto vocês entram em seu ocaso e esgotamento produtivo. Pensem muito bem em como tratam os imigrantes hoje; pois, talvez num futuro muito próximo, sejam vocês a mendigarem uma ajuda novamente.
Os maus cidadãos ou imigrantes existem em todas as nacionalidades. Afinal de contas; o mal é inerente ao ser humano. Tenham a hombridade de, pelo menos, tratarem nossos filhos com respeito e com o mesmo carinho que tratamos os seus quando aqui chegaram
Posso sim vamos lá!
1-O retorno da xenofobia
Antes t mostro esta frase de reflexão! ai embaixo...
Quando o passado deixa de clarear o futuro, o espÃrito tateia no escuro. (Tocqueville)
O fenômeno da xenofobia está de volta. Ou ele nem sequer foi superado? Normalmente só se discute sobre isso quando um perigo emergente já se torna tão perceptÃvel que a situação possa vir a piorar. Até então, costuma-se acreditar que esse problema seja coisa passada e que a discriminação nos últimos anos tenha diminuÃdo. Mas a realidade, que novamente confirma o caráter contraditório da existência humana, demonstra que a história não necessariamente ruma numa direção positiva, como se quer acreditar, mas que avanços contrastam com recuos. Idéias que se tinha como fora de moda, absurdas e retrógradas, podem novamente vir a ser atuais e modernas. Isso significa que as idéais não morrem pelo simples decurso do tempo e que, em conformidade com o espÃrito de uma época, podem retornar.
Na Europa, muitas pessoas estão chocadas com o avanço do neofascismo. A maioria não queria acreditar que partidos de extrema direita pudessem ter sucesso nos “democráticos” paÃses industrializados europeus. Na Alemanha, onde especialmente o anti-semitismo marcou a história, impera o silêncio diante do avanço da extrema-direita nos paÃses vizinhos. O NPD (Partido Democrático Nacional da Alemanha) que, segundo o atual governo, deveria ser proibido, comemora o sucesso da extrema-direita na Europa, especialmente na França e na Holanda. Apesar dos partidos de extrema-direita na Alemanha estarem fragmentados e até agora não terem conseguido o mÃnimo de 5% de votos necessários para ocupar uma vaga no Congresso, eles vislumbram, agora, boas perspectivas para a frente. A organização da extrema-direita também cresceu com a utilização da Internet. Mais de 800 sites na Internet oferecem textos, músicas e informações sobre demonstrações neonazistas, o que o governo não pode proibir, pois muito do que é oferecido provém do exterior. à notável, também, que o fenômeno do neonazismo tem aumentado nas escolas.
Aproximadamente 10% da população alemã é composta por estrangeiros, dos quais 28% são turcos, os mais atingidos pela discriminação. A discriminação é especialmente visÃvel em demonstrações da extrema-direita e músicas, sendo que estas últimas já criaram um novo mercado: o mercado do rock de direita. Felizmente, ocorrem, paralelo a muitas demonstrações nazistas – que já há bastante tempo vêm acontecendo, com ódio a imigrantes e resistência contra o governo alemão –, manifestações contrárias de combate a um possÃvel crescimento da xenofobia. Mas, também, entre o leste e o oeste da Alemanha, o “muro na cabeça” dos alemães ainda não caiu. Os salários mais baixos e o maior desemprego no leste demonstram que, após 12 anos, a unificação alemã ainda não foi alcançada. A divisa continua sendo publicamente reforÂçada através das constantes comparações e da rotulagem do leste como “os novos Estados” o que, de fato, confirma a existência de uma Alemanha no leste e outra no oeste.
Evidentemente, o avanço da extrema-direita não ocorre por acaso. A crise da economia e do Estado de bem-estar social, associada à s rápidas transformações tecnológicas, ocasionou um crescente desemprego e colocou a competitividade a qualquer custo como única alternativa de sobrevivência. Esta conjuntura gera insegurança, ressentimento e violência. Com o gradativo desmonte do Estado de bem-estar social por parte dos governos social-democratas, os quais até agora se apresentaram como alternativa contra os partidos de direita, a população ficou desorientada, especialmente os desempregados, trabalhadores e jovens. Se, nestas circunstâncias, as alianças de “centro-esquerda” ainda estão sem perspectiva e não oferecem uma clara linha e alternativas polÃticas, abre-se o espaço aos velhos charlatões polÃticos. A extrema direita procura enfocar os problemas dos paÃses que afetam diretamente a maioria da população e propõe soluções simples e discriminadoras, mas que exercem um forte poder de atração. Ã, por exemplo, mais fácil responsabilizar os estrangeiros pelo desemprego, pela criminalidade e pela insegurança, do que entender as complexas razões dos problemas. As soluções apresentadas são, então, também bem simples e conduzem à xenofobia, quando os estrangeiros são tratados como concorrência indesejada.
Mas, a xenofobia expõe os paÃses europeus a uma séria contradição econômica. Por causa do baixo Ãndice de natalidade e da crescente expectativa de vida da população, existe a tendência de que a Europa venha a ser a sociedade mais idosa do mundo. Nesta perspectiva, conforme um estudo da ONU (Organização das Nações Unidas), publicado em 2000, 1,5 milhão de estrangeiros teriam de imigrar para a Europa por ano, somente para sustentar o atual número de pessoas em idade de trabalho até 2050. Para manter constante a proporção entre trabalhadores e pensionistas, seriam necessários 13,
A Europa, tal como os restantes continentes, vive sob o impacte da globalização, de uma maior mobilidade internacional e do incremento dos fluxos migratórios. O aumento da intolerância polÃtica, religiosa e étnica bem como o desencadear de vários conflitos armados, dentro e fora do espaço europeu, provocaram a saÃda de inúmeros contingentes populacionais das suas terras, refugiados nem sempre bem acolhidos em ambientes que lhes são pouco familiares. Carências económicas, a par de problemas sociais vividos pelos cidadãos de determinado Estado, têm contribuÃdo para o surgimento de tensões evidenciadas sob formas de racismo "flagrante" e "subtil" contra determinados grupos, entre os quais comunidades migrantes e minorias étnicas ou religiosas (por exemplo, os ciganos, os judeus, os muçulmanos). Tais ressentimentos têm sido agravados pelo fomento de doutrinas xenófobas por parte de partidos polÃticos, designadamente os de extrema-direita, que não só deles se aproveitam para justificar perÃodos de maior vulnerabilidade económico-social no seu próprio paÃs, como ainda, através dos nacionalismos exacerbados patentes nos seus discursos, adicionam à s ideologias já enraizadas novas ondas de intolerância. Embora tendo presentes os maus exemplos do passado (Holocausto, apartheid, etc.), a verdade é que sentimentos desta natureza persistem na Europa, em prejuÃzo de indivÃduos ou colectivos segregados, independentemente do seu nÃvel económico e da partilha ou não dos valores, princÃpios e matrizes fundamentais da sociedade de acolhimento