Sobre o filme "Jogando com prazer". Crítica.?

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Meus amigos gostam de ver filmes "água com açúcar", então, acabamos sempre assistindo comédias românticas (que eu costumo detestar). Outro dia, fiquei encarregada de encontrar opções e tinha a comédias românticas "Falando grego" e "Jogando com Prazer". Li rapidinho as resenhas e propus para eles. Fomos assistir o segundo. Levei um baita susto! Não tem nada de comédia romântica! É um drama erótico! Cenas de sexo muito picantes, uma depois da outra. Filme podre.

Ashton Kutcher, o ator principal (marido da Demi Moore) é colocado como um homem maravilhoso e sexy. Pra mim, ele tem cara de abobalhado, se veste de forma ridícula e meio efeminada. Não conseguimos assistir o filme todo e abandonamos o cinema.

Comments

  • A direção David Mackenzie (”Paixão sem Limites”) é a mais superficial possível. Um ligeiro envolvimento ali, um outro mais tarde, mas nada que aprofunde demais. Tudo é muito previsível e impessoal. Sem qualidades que o identifiquem. O roteiro de Jason Dean Hall também não ajuda. Fraco e previsível ele não consegue direcionar a obra que mais parece perdida em seu desenvolvimento e, em diversos momentos, parece está se arrastando. E para tentar esconder essa fragilidade, é só pôr uma cena de sexo. Isso é o que eles devem ter pensado.

    No início do filme, percebe-se a utilização de vários recursos alternativos como uma forma de suprir a falta de qualidade técnica da produção. Em um dos planos iniciais, a cena em que Nikki chega à festa segue por quase 10 minutos sem um corte se quer. O efeito é bem interessante tendo em vista a dificuldade de gravação de uma cena assim. Em seguida, já começa o festival de cenas de sexo que recheiam o filme durante os seus 97 minutos. Quanto a elas, realmente fica a impressão que sua utilização demasiada deixou um ar de exagero que em vez de aproximar o público, acaba afastando principalmente os que não estão ali apenas para ver a saúde do garanhão.

    Kutcher consegue cumprir bem o seu papel de galã esperto e experiente com as mulheres, mas também com um papel que parece ter sido feito para ele, fica fácil. As demais atuações são as mais fracas possíveis. Ninguém consegue chamar a atenção do público que não tira os olhos do rapaz galanteador. Margarita Levieva que faz a garçonete Heather por quem Nikki surpreendentemente se apaixona, mesmo com uma relativa importância no longa, demonstra sua inexperiência através de uma atuação apagada e inconsistente.

    Em algumas partes, A trilha sonora dá um tom bem adolescente ao longa. Nas cenas em que Nikki reflete sobre a vida, a trilha cai de forma bem interessante, e o filme adquire uma outra identidade, mais jovem e bem mais leve. Nada que se estenda muito, já que logo vem uma cena de sexo e acabe com essa imagem. O romance entre ele e a garçonete também é embalado por essa trilha, mas isso ocorre de forma bem tímida.

    O tempo todo, o filme demonstra a falta de recursos de filmagem. A precariedade da produção poderia ser disfarçada com um bom desenvolvimento como já se viu em muitas obras, mas aqui, isso não acontece, e essa falta é perceptível a todos os olhos. Além disso, os cenários, a iluminação, a própria fotografia, tudo deixa muito a desejar. Fica a dúvida sobre qual a intenção da obra, promover mais ainda Kutcher? Falar sobre prostituição? Mostra um lado fantasioso de Los Angeles? Essas e muitas outras dúvidas vão surgir ao fim da sessão de “Jogando com Prazer”.

    Que Ashton Kutcher está em forma, isso o filme não deixa nenhuma dúvida. Quanto ao argumento, a obra não diz a que veio e a lição de vida que ela tenta levantar acaba por passar batida e sem nenhuma força. A superficialidade é uma marca de toda a obra que não consegue mostrar consistência em sua história e tão pouco em seus personagens. No mais, não se pode descartar as dicas de sexo que o filme, implícita ou explicitamente, mostra.

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